𝕊ℂ𝔸ℝ𝕃𝔼𝕋𝕋

𝔽𝕆𝕌ℝ

Quanto tempo havia se passado? Nem ao menos sabia dizer.

Tudo parecia um turbilhão, tudo estava muito confuso.

Sua mente estava um completo caos.

Isso iria continuar assim daqui pra frente, né?

A partir de agora as coisas só iriam piorar, não iriam?

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Quando a jovem acordou, ela estava atordoada, sua mente estava uma confusão.

A sensação que tinha era que parecia que havia acabado de acordar de um sono profundo.

Ou melhor dizendo, um pesadelo.

Ela momentaneamente não reconheceu o local em que se encontrava, mas depois de alguns segundos, ela despertou completamente e seu cérebro voltou a funcionar.

- "Ah, eu estou na minha casa, no meu quarto.. "

Se sentou na cama e olhou ao redor, tudo parecia normal?

Então... Será que aquilo tudo, em seu aniversário ontem, foi apenas um sonho?

Seu coração se encheu de esperança por alguns segundos momentâneos.

Ela se levantou de forma apressada, quase caindo no chão, embolada nas cobertas, e foi apressadamente para a frente do espelho de sua penteadeira, para se olhar nele.

Entretanto, a imagem que ela viu refletida ali, a fez ter um terrível choque de realidade.

Suas pernas perderam a força e ela caiu no chão, pateticamente, na frente do espelho, com sua mão apoiada nele, bem em cima de seu próprio reflexo.

Seus olhos, que um dia já foram azuis cristalinos, como as safiras mais puras do mundo, agora estavam tão vermelhos quanto sangue.

Eram.... Feios.

Ela arregalou os seus olhos ao fazer essa constatação, olhando para seu reflexo.

- Eu... Eu sou um monstro..

Ela murmurou para si mesma, completamente assustada.

Aquela era mesmo ela?

Ela já não se parecia mais com um lindo e angelical anjo, agora a sua imagem se assemelhava mais a um terrível e feio demônio.

Seus olhos se encheram de lágrimas, que se recusavam a sair.

Os acontecimentos da noite de ontem não foram apenas um pesadelo então? Aquilo realmente aconteceu?!

Ela fechou suas mãos em punhos e mordeu seu lábio inferior com muita força.

Por que esse tipo de coisa continuava acontecendo consigo?

Por que ela apenas não poderia viver feliz?

Será que Deus a odiava, para fazer tantas desgraças acontecerem com ela durante toda a sua vida?

Seu pai...

O que seu pai iria pensar de si quando visse aqueles olhos horrendos?

Será que ele iria a abandonar na rua de novo?

Ela encarou o seu reflexo no espelho mais uma vez, com o cenho franzido em puro ódio e desgosto.

- Eu odeio esses olhos.

Sua voz soou carregada de raiva.

Aqueles olhos malditos.. Eles erão tão feios, tão malignos, quase a faziam parecer um monstro....