Primeiros: Filhos

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Foi num domingo qualquer observando a afilhada, Thia, filha de sua melhor amiga, maquiando Castiel que Emma sentiu que estava pronta para aquele passo pela primeira vez na vida.

Não que ela não quisesse filhos antes, apenas não sabia se estava pronta para a responsabilidade. Castiel deixava seu desejo em ser pai explícito desde o ensino médio, chateado demais por não ter irmãos para brincar quando mais novo e pais ocupados demais quando mais velho.

Eles já tinham tudo: uma casa, carreiras de sucesso, um relacionamento de anos baseado em amor, respeito e confiança e dois animais de estimação de treino. Não eram exatamente crianças mas…

Quando Emma abordou o marido naquela noite e proferiu as palavras “amor, eu quero bebês”, Castiel quase teve um derrame. Ele não sabe se foi de surpresa ou animação, mas sua pressão caiu por um instante até ele assimilar as palavras.

Olivia Veilmont-Edwards nasceu dia vinte e três de março, um mês adiantada e de cabelos pretos. Foi uma surpresa quando os fios simplesmente caíram, a bebê ficou careca e eles voltaram a nascer loiros. De olhos acinzentados como os do pai, era uma bebê gorducha e fofa, embora ficasse mal humorada com facilidade.

Odette Veilmont-Edwards não foi necessariamente planejada, mas muito bem recebida. Quem quase desmaiou dessa vez foi Emma, que havia parido Olivia há menos de três meses. Dessa vez a bebê não ficou careca, o cabelo preto se manteve (até a adolescência, o guitarrista serviu de influência para mechas brancas), era quase uma cópia feminina de Castiel, com exceção dos olhos em esmeralda puxados da mãe. Foi uma bebê mais calma e manhosa, especialmente apegada ao gatinho da família.

Eles tinham uma dinâmica agitada, barulhenta e amorosa. A filha mais velha era boa em esportes, atuação e uma clássica líder de torcida de ensino médio, coberta de rosa dos pés a cabeça, Castiel deu graça a Deus quando ela se assumiu lésbica e não teve que lidar com jogadores de futebol de clichê americano na sua porta.

Odette era mais introvertida, dividindo os hobbies de música e estilo com o pai. Se você a visse na rua, poderia julgá-la como alguém rude pela cara sempre fechada, mas era apenas timidez demais. Não era muito receptivo ser filha de um astro do rock e de uma das melhores coreógrafas dos últimos anos. Mas sua família era simplesmente a mais compreensiva, ajudando-a a fugir de compromissos sociais enquanto deixavam Olivia sair pela porta da frente para se divertir com eles.

Eles viviam em harmonia, sintonia e muitas melodias. Sério, às vezes até demais, Liv comprou abafadores de ouvido por causa da quantidade de música que tinha naquela casa. E seria assim para sempre.

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Aliás o que acham do nome Odette? Originalmente e segunda filha deles se chamava Mary mas achei meio básico e tô obcecada pela Barbie, acho que soa bem Olivia e Odette 🤩

Primeiras Vezes [Castiel, Amor Doce] (shortfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora