18. de volta.

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TW: T.A E SUICIDIO.

Verônica estava caminhando até a sala transparente coberta por uma imensa janela de vidro. Um pouco hesitada, sem bater ou avisar, Verônica entrou na sala, dando-se de cara com uma Anita que a fuzilava com os olhos de maneira questionável.

Anita a encarava com um fio de raiva por entrar na sala sem avisar. — Sua mãe não te deu educação, porra?

Verônica apenas ignorou revirando os olhos.

— Você esqueceu isso ontem. — A escrivã falou deixando um caderno encima da mesa da delegada, que arregalou os olhos quando viu aquele objeto nas mãos da escrivã

Anita desviou os olhos da tela, encarando a escrivã.
Nervosa, não se conteve e fez a primeira pergunta que surgiu em sua mente — Você leu? - Questionou com os olhos arregalados de maneira nervosa

— Pode ser que sim, pode ser que não... — Revirou os olhos rindo da expressão nervosa que se estampou no rosto de Anita.

— Sai daqui. — Apontou para a porta de seu escritório

— Nossa, não vai me dar um beijinho antes? - Provocou forjando um bico. — Igual há alguns dias atrás... lembra? Ou você se esqueceu?

O estômago da delegada repugnou ao ouvir a pergunta. — Verônica, sai daqui. — Falou em um ranger de dentes enquanto teclava em seu computador.

— Às vezes eu esqueço que você é bem nojentinha. — Cruzou os braços enquanto a encarava sorrindo. — Sabe, Anita... não me lembrava que você era tão boa com as palavras. Tô impressionada. — Balançou a cabeça.

Foi ali que Anita percebeu que a escrivã havia lido o que ela escreveu, e foi quando ela sentiu os seus nervos ferverem em uma mistura de raiva e vergonha. — Porra, você é tão irritante. Eu não te aguento mais! —Ergueu-se rangendo os dentes tentando conter o seu nervosismo.

— Tá nervosa? — Sorriu de forma satisfeita com a expressão da delegada. — Não fica assim... — Apoiou suas mãos na mesa da delegada, inclinando-se para mais perto.

Anita, notando a sua aproximação; engoliu seco com o nível de proximidade que Verônica se encontrava.
Anita respirava de maneira ofegante, em uma tentativa de disfarçar o nervosismo que estava sentindo entretanto, a escrivã notou o quão ofegante estava a sua respiração, então assoprou os fios de cabelo que estavam sob a face da mulher, fazendo-a se arrepiar com o pequeno ato.

— Tá com calor, Anita? — Perguntou aproximando-se do rosto da delegada. — Cê tá suando... — Sussurrou contra o rosto da mulher.

Cada fio, cada partícula, cada célula do corpo de Anita se arrepiava quando notava que a escrivã se aproximava cada vez mais.

—Escrivã, eu não vou falar de novo. — Resmungou se afastando. — Você passou de todos os limites. Primeiramente; você entrou aqui dentro sem avisar; você leu as coisas que eu escrevi; e você fez isso de novo! — Recitou um por um em uma linha de estresse.

— Isso o que? — Questionou curiosa franzindo o cenho

Anita revirou os olhos murmurando cansada. Era muito exaustivo ter que explicar o que Verônica havia feito. Tipo, porra? Você é burra?

Não. Na verdade, Anita não queria confessar que o que Verônica havia feito era: excita-la.
— Você me cansa, sabia? — Resmungou — Esse seu jeito infantil me irrita. Porra, já deu né?

Verônica cerrou os olhos em confusão.
— Eu não consigo te entender, Anita. — Suspirou. — Você me deixa confusa, de verdade. - Forçou uma risada histérica. — Caralho... você contraria literalmente tudo aquilo que fala! — Exclamou em um fio de raiva.

You belong to me • VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora