Julia-7

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Uma semana de trabalho, e pela primeira vez em toda a minha vida eu quis desistir de algo.
A Verônica era ótima, animada, e toda a primeira impressão que tive sobre ela foi por água abaixo, eu estava me adaptando a tudo, respondia e encaminhava os e-mails do Robert, marcava suas reuniões e desmarcada quando ele se dignava a me enviar uma e-mail solicitando, não o vejo a alguns dias, até então não voltou da sua viagem de negócios não sei como conseguiria acompanha-lo no futuro.

As provas do semestre estão me matando, mas nada me preparou para o Doutor Fausto, ele me sugava até a alma com relatórios.
Eu não sabia que alguém poderia ser tão exigente, nem se o odiava ou o admirava por isso.
Eu estava indo ao limite. Não conseguia nem atender as ligações do Liam, tentei mandar algumas mensagens falando que estava muito ocupada, mas me sentia mal por deixa-lo assim, gostei do nosso encontro, ele respeitou os meus limites, enquanto o idiota do Rob avançou sobre eles.
Eu estava confusa sobre com lidar com ele quando voltasse. Como iria reagir perto dele, depois da forma que ficamos na cozinha, apesar que no meu primeiro dia ele agiu tão frio, não frio, não. Ele foi profissional, não me dignou nem mesmo um olhar que durasse muito, eu gostei e me incomodei com aquele tratamento. Eu queria a sua atenção em mim...

Era contraditório para caralho.

- Senhorita Browen, poderia me enviar o arquivo do último caso que revisamos? - Eram 19h30min da noite, estava livre da faculdade hoje e tiver que ficar para o estágio.
Eu já havia enviado o arquivo, mas esse velho parece que foi pago para me atormentar.

- Sim, senhor!- Novamente eu fiz o que solicitado, e ele me enviou alguns relatórios para revisar. Estava exausta quando sair de lá as 22h00min horas da noite. Só queria me jogar na cama, o Liam insistia em fazer algo hoje, mas tinha condições de ser nada além de um zumbi esse fim de semana.

Cheguei em casa arranquei a roupa e entrei no chuveiro, eu queria desmaia na cama após o banho. E assim foi, até as 02:00 da manhã, quando a gritaria começou.

Não era normal o Mike briga com as suas garotas, elas entendiam a posição que tinham na vida dele. Mas, toda aquela quebradeira não fazia sentido algum. Cheguei à sala e encontrei a Michele no chão, em meio aos cacos dos portas retratos que ela estilhaçou, eu queria arranca a cabeça dela do lugar, mas ao ver o quão triste estava, eu abaixei a guarda.

- Não me diga que você vai ficar assim por causa dele? - Ela era linda, não nos dávamos bem, mas não queria vê-la assim também, pensei que soubesse que nada dura na vida daquele ali. Já falei que ele tem que tratar isso, não é possível, nem normal.

- Eu... não sei o que fiz. -Ela disse entre as lágrimas, chorava muito.

-Eu não sei lidar com as pessoas, principalmente nesse estado, você sabe, me dar gatilhos, não quero ter que escrever sobre você. Mas, me conta o que aconteceu. Mas não aqui, vamos lavar esse rosto e tomar alguma coisa em algum lugar duvidoso, não posso passar por isso sóbria. - Estendi a mão para ajudar ela a se levantar. E por mais bizarro que fosse ela pegou, e me olhou confusa com o gesto, não éramos amigas. E pela dependência emocional que ela criou com o meu irmão não sei se ela tem alguma, não consigo deixa-la chorando e quebrando a minha sala enquanto eu durmo como se nada tivesse acontecendo.
Eu só queria um sábado normal de sono e tranquilidade.

Mas, nunca nada é como eu quero. Então vamos lá. Consolar a ex do meu irmão, estou mesmo precisando de um robe.

O bar estava lotado, achamos um lugar bem escondido no final, eram 03h00min e fomos ao mais perto do bairro, não queria ir muito longe, eu não me arrumei para badalações só queria encher a cara para passar por isso. Mas a Michele colocou a melhor e menor sainha do armário.

My Malefic Boss.Onde histórias criam vida. Descubra agora