S/n Ferreira | Point of view
Maiara e eu passamos toda a sexta-feira como combinamos. Deitadas, aproveitando de nós duas, assistindo filmes, comendo pipoca. Não teve nada sexual no nosso dia, afinal Maiara ainda estava fragilizada e eu não queria me aproveitar do momento. Sendo assim, eu me contive.
Me contive na manhã, com seus olhares em mim, me contive quando ela foi para o banho, reclamando do calor e entrou no quarto completamente nua.
Minha vontade era de desligar o botãozinho da sanidade e fazer o que ela tanto queria. Mas ainda tinha um lado sensato meu, que dizia que ela provavelmente só queria cobrir seus sentimentos com sexo.
De tanto ignorar suas investidas, ela desistiu. E passamos toda a tarde em um clima confortável, ignorando o mundo fora do meu apartamento.
Hoje, no entanto. No dia seguinte a nossa maravilhosa sexta-feira, sua vida teria que voltar ao normal, e consequentemente, a minha.
Bem... Quase.
Parei meu carro em frente a sua casa, ela respirou fundo, antes de se levantar e ir até a porta. Eu prometi que passaria esse dia com ela também, caso alguém tentasse algo. Ela faria suas coisas, seus trabalhos, suas ligações, e eu ficaria ali, do seu lado. Como um cão de guarda.
Tranquei a porta do carro, vendo ela na entrada, esperando por mim. Assim que entramos, seu celular tocou estridente.
— É minha mãe — Maiara murmurou, demorando um pouco para atender.
— Eu vou... — tentei dizer que iria dar espaço para as duas conversarem, apontando em direção a cozinha, mas Maiara me interrompeu.
— Não precisa, não irei atender — ela jogou o celular no sofá — Eu vou fazer alguma coisa para a gente comer, quer panqueca? — respondi com um "Sim" alto, ouvindo mais uma vez seu celular tocar.
Eu sabia que Maiara não poderia ignorar a mãe dela para sempre, e isso me deixava com medo.
Nunca vi Almira Henrique zangada, e muito menos queria.
...
Ela estava tentando.
Eu sei que Maiara estava tentando se concentrar para fazer um bom trabalho, mas a cada segundo que se passava e a cada traço que ela fazia no caderno a sua frente, ela rasgava e começava de novo.
Era um looping infinito.
E lá estava ela, mais uma vez batucando o lápis na enorme folha de papel, com uma feição pensativa.
— Maiara... Tudo bem? — perguntei, vendo ela deitar com a cabeça no enorme tablet a sua frente.
— Não consigo me concentrar — ela soltou um grunhido alto.
Maiara ficou um tempo olhando para mim, depois se levantou. A segui, vendo ela ir até o quarto que ficava sempre trancado, ela foi em direção ao macbook, usado nas lives. Fui até ela, curiosa para saber seus próximos caminhos. Ela ligou o wi-fi, acessando o perfil tão conhecido por mim.
Não prestei atenção no que ela fez a seguir, mas poderia imaginar.
— Pronto! A Carla. A Carla camgirl que fazia vídeos se masturbando por dinheiro, por pura luxúria não existe mais — lá no fundo eu sentia que ela estava abalada.
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ONLYFANS - MAIARA CARLA
Fanfiction🔹ADAPTAÇÃO🔹 - @okaytamys Ao saber que existe uma rede social um pouco diferente, mas que você recebe dinheiro a cada conteúdo publicado e a cada acesso a sua plataforma, Maiara decide criar sua conta. As coisas no entanto não saem como ela havia...