Meu telefone tocou violentamente no meu balcão.Era segunda-feira, dois dias pós o-quase-sexo, e eu estava pensando sobre como eu ia me encontrar com Mon em apenas alguns minutos para o almoço. Eu estava limpando o balcão e me lembrando da vista desta localização exata duas noites atrás.
Eu nem sequer tentei decifrar o que a mensagem dizia. Era do Bispo Bove, e meu chefe não era apenas terrível em mensagens de texto, mas também muito inseguro sobre sua terrível habilidade de mandar mensagens, então eu sabia que ele iria ligar logo depois que ele enviou a mensagem para se certificar de que eu entendi (e, em seguida, a traduzir para mim.)
De certo, meu telefone tocou um momento depois, o tema de The Walking Dead ecoando na minha cozinha. Normalmente eu iria atender tranquilamente, normalmente eu estaria mais do que feliz em falar com o homem rude, a princípio, que estava reformando nossa diocese e lutando pela reforma ao meu lado, mas hoje, eu só senti um formigamento trepidando, como se ele soubesse de alguma forma o que eu tinha feito na outra noite. Como se ele pudesse imaginar isso no minuto em que ouvisse a minha voz. – Olá?
- Você vai no próximo ano do Mid-America Clero Convenção? – perguntou o bispo Bove, pulando direto para o assunto. - Eu quero essa palestra lá. E eu quero você nela.
- Eu ainda não decidi, – eu disse, e eu percebi que minhas mãos estavam realmente ficando suadas, como se eu tivesse sido chamado à sala do diretor ou meus pais ou algo assim. Merda. Se eu me senti tão nervosa no telefone com ele, o que eu faria quando eu o visse em pessoa?
- Acho que este é finalmente o ano que vamos obter a palestra que queremos lá, – disse o bispo. – Você sabe quanto tempo eu empurrei isso.
A palestra que queremos... o painel sobre abuso. Bispo Bove tinha apresentado propostas para a organização de educação continuada para o clero nos últimos quatro anos e isso tinha sido abatido o tempo todo. Mas a liderança dentro da organização havia mudado, os organizadores mais jovens estavam no comando, e eu sabia que Bove tinha dito em privado que ele iria finalmente obter seu painel controverso.
Mas como eu iria me sentar no salão de festas do hotel olhando para um mar de sacerdotes e palestrar para eles sobre os perigos da errante sexualidade de um padre? Olhei para a minha bancada, onde eu tinha deslizado para dentro de Mon. Não todo o caminho. Não foi todo o caminho, mas o suficiente para gozar. O suficiente para fazê-la gozar. Eu esfreguei os olhos, tentando bloquear a visão.
Poderia ser um voto não todo o caminho quebrado? Poderia ser um pecado não todo o caminho cometido?
Claro que não. E mesmo que ninguém nunca soubesse sobre isso, eu percebi que eu tinha destruído a minha legitimidade comigo mesma, e talvez isso fosse pior do que a minha legitimidade pública que está sendo destruída. Onde eu tinha me metido? Eu iria ser capaz de falar – pregar – sobre as coisas que eu me importava o máximo de novo?
- Sam?
- Se você fizer a palestra, – eu estarei lá, eu murmurei, ainda esfregando os olhos. Eu estava vendo faíscas.
Melhor do que ver os meus pecados.
- Eu sabia que você iria. Como está St. Margaret? Como está Millie? Ela deu uma dura no contador diocesano na semana passada por extraviar seus relatórios trimestrais de dízimo. Ouvi dizer que ela reduziu o pobre homem à lágrimas.
- Esta tudo bem aqui, tudo está indo muito bem, – eu menti. – Apenas me preparando para todas as coisas do encontro da juventude.
E você sabe, cheio pelo caminho de convertidos esperançosos de merda.
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PRIEST
FanfictionExistem muitas regras que uma pastora não pode quebrar. Uma pastora não pode casar. Uma pastora não pode abandonar seu rebanho. Uma pastora não pode abandonar seu Deus. Eu sempre fui boa em seguir regras. Até que ela veio. Meu nome é Samanun Anuntra...