⠀⠀𝘃𝗶𝗴𝗲́𝘀𝗶𝗺𝗼 𝘀𝗲𝘅𝘁𝗼

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Constança sentia-se nervosa. Afinal, era o dia em que ia sair com André. Podia não ser nada mais que uma saída, mas, para si, era como se fosse o melhor dia da sua vida. A estudante encontrava-se no seu quarto a escolher a roupa para aquela tarde; os seus olhos estavam repousados sobre as peças pousadas em cima da cama.

— Então, ainda não sabes o que vestir? — uma voz interrompe o silêncio. Concha, olha para ver quem era.

— Por aqui? Não sabias que vinhas. — Concha diz à colega de curso. — Pensava que ias estar com o António.

— Daqui a pouco vou ter com ele, mas antes queria vir dizer-te olá e, talvez, dar-te alguma ajuda porque nota-se que não sabes bem o que fazer. — gargalhou Eva e caminhou até à sua amizade. — Sabes onde vão? 

— Nem por isso. Ele apenas disse-me para ir confortável.

— Hum... — a morena analisou os conjuntos que a estudante de Psicologia tinha pousados e apontei para um. — Acho que este serve perfeitamente para ocasião. Vais ficar linda.

— Vou confiar em ti, Eva. — Constança pegou no conjunto escolhido pela amiga e foi até à casa de banho para se trocar de roupa. Regressa ao quarto, dez minutos depois e olhou o seu semblante ao espelho que ficava a um canto do quarto. — Parece-me que vai ser este mesmo. — diz orgulhosa da escolha da sua amiga.

— Eu sei, eu sei. Sou uma pessoa com um ótimo gosto. — Eva diz orgulhosa. — Depois eu e a Matilde queremos saber como foi o encontro. Mas, acima de tudo, diverte-te. — deposita um beijo na bochecha da prima de Fábio Vieira. — Eu abro-lhe a porta, acaba de arranjar-te.

Um longo respirar escapou-se pelos lábios de Constança. Limpou o suor das mãos ao vestido, ajeitou o cabelo deixando-o solto e foi pegar numa bolsa para colocar os seus pertences. Respiro fundo uma última vez e deixou o seu quarto. Dois minutos depois, olhou o hall de entrada deparando-se com o jovem guarda redes e, sem notar, mostrou um pequeno sorriso.

— Olá, André — cumprimentou-o Constança. — Espero não te ter feito esperar muito. 

— Olá! — sorriu-lhe André. — Nem por isso, a Eva ficou a fazer conversa até apareceres. Já agora estás linda. 

Após ouvir as palavras de André, um rubor cresceu nas suas bochechas e, em seguida, colocou a sua mão em cima da mão do natural de Ponte de Lima e saíram da habitação. Um silêncio agradável acompanhou-se até ao carro do atleta do Benfica; a viagem até ao destino do encontro demorou, mais ou menos, trinta minutos visto que ainda tiveram uma pequena demora devido ao trânsito na ponte. 

Constança olhava pela janela curiosa, mas assim que notou onde os dois estavam, a sua criança interior começou a festejar. A verdade era que a jovem nunca mais tinha entrado naquele lugar e regressar lá dava-lhe uma enorme alegria. O não-casal saiu do carro do guarda redes, André voltou a pegar na mão da morena com delicadeza e assim iniciaram uma caminhada calma até à entrada principal do Oceanário de Lisboa.

— Eu não sei se vais gostar, mas achei que o Oceanário seria uma boa escolha para primeiro encontro, mas caso não gostes posso sempre escolher outra coisa. — André diz enquanto caminhavam.

— Como é possível não gostar do Oceanário? Deve ser dos poucos lugares que nunca me vou cansar de visitar, quer seja criança ou uma adulta. Acho que todos temos aquele bichinho dos animais marítimos, não? — Constança diz animada e olhou o rapaz ao seu lado com um pequeno brilho no olhar. — Além disso, mesmo se fossemos só ao cinema, eu ia gostar porque, para mim, é mais importante a companhia do propriamente o lugar do encontro.

𝗰𝗮𝗻𝘁𝗮𝗱𝗮𝘀, a. gomesOnde histórias criam vida. Descubra agora