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— Agora que os grupos estão formados, vamos iniciar com as primeiras lições de sobrevivência. Lembrem-se, a chave é trabalhar juntos, independentemente das casas a que pertencem. A equipe que montar sua tenda mais rápido e de forma correta ganhará vinte pontos para sua casa. As tendas serão distribuídas pelo professor Flitwick.

Com um olhar de entendimento mútuo, a equipe de Celeste se organizou rapidamente. Luna dirigiu-se à fila para receber a tenda, enquanto Blaise começou a demarcar o terreno para o acampamento. Enquanto isso, Harry e Celeste correram em direção à floresta, em busca de gravetos, cipós ou qualquer coisa que pudesse servir para a tenda.

A floresta estava viva com o som de vozes e o farfalhar das folhas enquanto Harry e Celeste procuravam materiais. Eles trabalharam em silêncio, concentrados na tarefa.

Uma gargalhada escapou dos lábios da garota quando Harry tropeçou numa raiz exposta, caindo na lama.

No entanto, sua diversão rapidamente deu lugar à preocupação quando ela percebeu que, em meio à distração, haviam se perdido um do outro. Celeste parou, seu coração batendo mais rápido ao perceber estar sozinha. O ar frio da floresta envolveu-a, e ela podia ouvir o sussurro de vozes desconhecidas e barulhos que não pertenciam ao mundo que conhecia.

— H-Harry? — Sua voz tremia ligeiramente, um calafrio percorrendo sua espinha. Inspirou profundamente, tentando acalmar seus nervos, e deu mais alguns passos, esperando reconhecer algum sinal do caminho de volta.

O barulho de mastigação e sucção ficava cada vez mais alto. Celeste caminhou pela pequena trilha, seus passos abafados pelas folhas secas sob seus pés. Seus olhos se fixaram em algo à frente, uma criatura branca, com cristas coloridas e um chifre brilhante. Um unicórnio, aparentemente ferido, jazia no chão, gemendo de dor. Sem hesitar, correu até a criatura. Seu coração batia forte no peito enquanto se ajoelhava ao lado do unicórnio. Suas mãos tremiam quando ela tocou a pelagem macia. Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, uma enorme sombra escura a atacou, fazendo-a gritar e cair para trás. Sua coleta de materiais espalhou-se pelo chão.

— Protejo! — Uma voz ressoou, não parecendo ser a de Minerva. Um jato branco de energia atingiu a criatura, fazendo-a recuar e desaparecer nas sombras. — Você está louca, menina? Andando sozinha pela floresta proibida!

A mulher que apareceu parecia um anjo. Sua pele clara contrastava perfeitamente com os cabelos escuros presos em um rabo de cavalo alinhado. Seus olhos verdes eram penetrantes, e seus lábios carnudos estavam pintados de vermelho.

— Eu... Eu me perdi — disse, confusa e ainda muito assustada.

— Entendi. Certo, vem, eu te ajudo — disse a mulher, estendendo a mão para ela, que a aceitou e se levantou. — Qual é o seu nome?

— Celeste Seraphim.

— Meu nome é Aurora, sou uma guardiã da floresta.
— apresentou-se a mulher. — Vamos, eu te levo de volta ao acampamento. Não é seguro aqui para quem não conhece os perigos que se escondem nas sombras.

A floresta parecia menos ameaçadora com a presença da guardiã, e logo os sons do acampamento começaram a chegar aos ouvidos de Celeste, trazendo alívio. Ao vê-la, Harry correu em sua direção.

— Celeste! Onde você estava? Ficamos preocupados! — exclamou Harry, aliviado.

— Eu me perdi, mas Aurora me encontrou e me trouxe de volta — explicou Celeste, apontando para a mulher ao seu lado.

— Aurora? — perguntou o menino, confuso.

Mas quando Celeste olhou para o lado, a mulher misteriosa havia desaparecido, deixando apenas o perfume suave no ar.

Let The Light In | Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora