Os Weasleys já tinham ido se deitar, deixando Harry e Celeste sozinhos na sala de estar.
— Nunca tive um Natal tão divertido quanto esse — disse o garoto, abraçando as próprias pernas e exibindo um pequeno sorriso. — Na verdade, nunca nem participei de uma ceia, meus tios sempre me trancavam embaixo da escada.
— Também não me lembro de ter me divertido tanto em um Natal como hoje — concordou Celeste, balançando os pés e olhando para a lareira acesa. — Geralmente passava os natais em meu quarto, ou em alguma pequena reunião de elfos domésticos que mais parecia uma convenção de tricô.
Harry a olhou com as sobrancelhas arqueadas.
Celeste descendia de uma família de extrema riqueza, Harry não conseguia acreditar que ela passava seus natais com elfos domésticos.
— Pensei que você passasse os natais no Polo Norte, recebendo seus presentes do Papai Noel em pessoa — brincou Harry.
A garota balançou a cabeça, rindo.
— E você? — perguntou Celeste. — O que os Dursleys te davam de Natal? Um par de meias velhas?
— Ah, você está sendo generosa — Harry respondeu com um sorriso. — Era mais provável que eu recebesse um par de meias usadas... se tivesse sorte.
Celeste gargalhou, cobrindo a boca com a mão.
— Bem, pelo menos você não teve que lidar com elfos tentando te vestir com roupas de festa ridículas. Um ano, eles tentaram me fazer usar uma fantasia daquele filme trouxa...
Estalando os dedos, tentava se lembrar do nome do filme.
— Grinch? — Harry perguntou, quase rindo.
— Esse mesmo!
Harry explodiu em risadas.
— Isso teria sido uma visão e tanto — disse ele, imaginando a cena.
Celeste jogou uma almofada em Harry, rindo também.
Eles continuaram conversando e rindo a noite inteira. Sem perceber, pegaram no sono ali mesmo, acordando assustados quando Fred e George lançaram um feitiço de água em seus rostos.
O recesso de Natal havia voado, e a garota se encontrava cada vez mais entrelaçada na vida de Harry Potter e dos travessos gêmeos Weasley, que insistiam em não lhe dar um momento de sossego.
Com o término das férias, os alunos que haviam deixado Hogwarts retornaram, e a rotina do castelo foi restaurada. Os corredores ecoavam com o burburinho de conversas e risadas.
À medida que o fim do ano letivo se aproximava, uma onda de pânico parecia se espalhar entre os estudantes. Era comum ver grupos de alunos mergulhados em livros e pergaminhos, ocupando cada canto disponível do castelo em busca do conhecimento necessário para os exames finais. Celeste até flagrou Fred Weasley sentado sob a sombra de uma árvore com as pernas cruzadas e a testa franzida em concentração enquanto tentava decifrar as palavras de um livro.
No entanto, Harry, Hermione e Ron pareciam mais inquietos do que o habitual. A garota os observava, curiosa e confusa, enquanto eles corriam de um lado para o outro do castelo com uma urgência misteriosa. Eles faltavam a aulas sem dar explicações convincentes ou inventavam desculpas esfarrapadas para justificar suas ausências.
Hermione olhou para Harry, preocupada, enquanto passava as páginas do livro.
— Harry, mesmo que você e Rony tenham visto o que Celeste pode fazer, eu ainda não confio nela — disse Hermione, tentando parecer firme.
Rony, ainda mastigando biscoitos, tentou responder, mas só conseguiu emitir um som abafado. Ele engoliu apressadamente e limpou as migalhas da boca antes de falar.
— Mione, você sabe tão bem quanto eu que precisamos de toda ajuda possível. Celeste pode ser a chave para passarmos pelo Fofo e chegarmos à pedra filosofal antes de Snape.
— Ela é muito poderosa — falou Harry, sério.
— Claro que sei! — rebateu Hermione, com uma ponta de exasperação. — Ela descende dos Seraphim e dos Black. Se ela sucumbir às sombras, temo que ela possa ser pior que Você-Sabe-Quem.
Hermione exalou um suspiro pesado, fechando o livro com um estalo que ecoou pelo aposento, e seus olhos encontraram os dos amigos.
— Poder não é sinônimo de caráter — Ela hesitou, buscando as palavras com cuidado. — Em minhas leituras, descobri que os Seraphim são uma família de força incomum. Dizia-se que um ancestral seu, com apenas cinco anos, invocou um campo de quadribol que é utilizado até hoje pelos jogadores profissionais. E seu pai... seu pai foi um farol de esperança na primeira guerra bruxa, ele conjurou diversas casas mágicas para as famílias que perderam as suas sem cobrar sequer um galeão por isso.
— E se ela for boa como o pai? — perguntou Harry, querendo deixar Hermione mais tranquila.
A garota olhou para os dois, um leve sorriso aparecendo em seu rosto.
— Tudo bem — ela disse finalmente. — Vamos falar com Celeste. Mas a qualquer sinal de problema, agiremos.
Os três amigos trocaram olhares determinados, sabendo que, independentemente do que acontecesse, enfrentariam juntos.
aniversário dos meus gêmeos favoritos, a 😭
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Let The Light In | Fred Weasley
Romance- Nós vamos ter que trabalhar nisso todos os dias, mas eu quero fazer isso! Porque eu quero você. Eu quero você. Eu quero você e eu para sempre.