Dois meses se passaram desde o acampamento. Novembro já se despediu, dando início aos ventos fortes e gelados que dezembro traz consigo, marcando o início do inverno.
Celeste se saiu muito bem nas provas parciais, dedicando-se aos estudos na biblioteca ou em seu quarto sempre que possível. Diferentemente de sua colega de quarto, Susana, que implorou para que ela a ajudasse com as provas finais que estavam se aproximando. Celeste concordou em ajudar Susana, um pouco apreensiva, já que não sabia como seria eficaz, pois, em sua opinião, ela tinha acertado as questões da prova por pura sorte.
As garotas se sentavam juntas todas as noites na sala comunal, espalhando livros e pergaminhos pela mesa. Enquanto Celeste revisava suas anotações, Susana mastigava o final de sua pena, olhando ansiosamente para os textos à sua frente.
— Não se preocupe, Susana — disse, com um sorriso encorajador .— Vamos repassar tudo juntas. Você verá que não é tão difícil quanto parece.
Com paciência e orientação de Celeste, Susana começou a compreender os conceitos que antes lhe pareciam um enigma.
Apesar da recente derrota da Lufa-Lufa para a Sonserina, o espírito dos alunos não se abalou. Pelo contrário, a derrota apenas intensificou a determinação dos lufanos. Agora, com a Grifinória prestes a competir, todos estavam ansiosos e cheios de esperança. Os lufanos se uniram à torcida da Grifinória, prontos para apoiar a casa.
Celeste, sempre impecável em seu uniforme preto, agora ostentava uma capa vermelha e volumosa, com detalhes felpudos brancos — um pedido especial feito ao seu pai por meio de cartas. Seus cachos negros, mais radiantes do que nunca, contrastavam com sua pele escura, realçando a beleza da capa. Pela primeira vez no ano, ela se sentiu verdadeiramente satisfeita com sua aparência.
Ela caminhou pelos corredores efervescentes, onde lufanos e corvinos andavam com seus rostos pintados e bandeiras em mãos, todos conversando animadamente sobre o jogo iminente.
— Harry! — Celeste o encontrou no corredor, pálido como se estivesse prestes a vomitar. — Ansioso? — perguntou ela, sua voz suave tentando transmitir tranquilidade.
— Nem um pouco — ele respondeu, embora seu tom de voz o denunciasse. Logo, ele se apoiou contra a parede, tentando controlar a náusea.
— Harry! — Celeste exclamou, aproximando-se para oferecer apoio. — Se acalme, você precisa estar em forma para o jogo!
Foi então que Olívio apareceu, sua presença imponente e seu sorriso encorajador.
— Vamos, Harry! — ele chamou, e com um aceno de cabeça para Celeste, guiou o apanhador da Grifinória para se preparar para o jogo.
Celeste prosseguiu para o Grande Salão, onde foi calorosamente recebida pelos gêmeos Weasley, Fread e George.
— Com risadas e piadas, vamos conquistar — disse Jorge, brincando com os cachos de Celeste, que voavam ao redor de sua cabeça.
— A vitória é nossa, ninguém pode negar! — Fred declarou, e os dois irmãos saíram rindo, espalhando bom humor.
Draco Malfoy, com sua habitual arrogância, parou abruptamente ao avistar Celeste.
— Estrelinha, você vai torcer para Sonseri... — ele começou, mas a visão da capa vermelha o fez engolir suas palavras e se afastar rapidamente.
— Celeste! — Luna se aproximou correndo. — Você está magnífica! — exclamou, fazendo com que ela girasse timidamente. — Vamos? Quero garantir um bom lugar.
A escola inteira se movia em direção ao estádio de quadribol, ansiosa pelo jogo.
— Se você fosse da Grifinória, seria a mais bonita de todas — comentou um garoto pálido de olhos azuis da Grifinória, passando por elas e piscando para Celeste, que olhou para Luna, envergonhada.
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Let The Light In | Fred Weasley
Romance- Nós vamos ter que trabalhar nisso todos os dias, mas eu quero fazer isso! Porque eu quero você. Eu quero você. Eu quero você e eu para sempre.