VI - Por que não quebramos algumas regras?

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Oi, gente!
Voltei com mais um capítulo. Agora de volta aos tempos felizes da faculdade.
Muito obrigada pelas curtidas e comentários ❤️

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Após acordar, escovar os dentes e se trocar, Erwin pensou em ir até o quarto de Levi e lhe desejar um feliz aniversário, mas escutou a voz de Kenny, então ele optou por descer as escadas e tomar seu café da manhã.

Aquela foi uma das melhores noites de sono da sua vida. Ele não lembrava de já ter dormido em uma cama tão confortável. Ele ainda estava pensando naquilo quando se deparou com Uri na sala de estar colocando flores perto de dois porta-retratos.

Erwin pensou em dar meia volta e fazer outro caminho até a sala de jantar, porém o outro homem foi mais rápido, possivelmente atraído por seus passos

"Bom dia, como dormiu?", Uri sorriu para ele.

Erwin não teve outra opção a não ser se aproximar, "Bem, obrigado", sua atenção foi atraída para as fotos para as quais Uri tinha deixado as flores. Ele nem mesmo precisou perguntar quem era, ele soube assim que viu.

"Eles são iguais, eu sei", o homem falou baixo, pegando o porta-retrato com a foto da mulher de cabelos negros, olhos cinzentos e pele alva. Kuchel tinha um sorriso delicado.

"Como ela era?", Erwin não resistiu. Ele amaria perguntar mais sobre os pais de Levi ao menor, porém nunca teve a oportunidade. Ele ainda observava a foto, um pouco surpreso com como eles podiam ser tão parecidos.

"Doce. Dedicada. Um pouco reservada, mas sempre disposta a escutar as pessoas", o homem sorriu pequeno, "Amava Levi acima de tudo, mais do que a música, e veja bem, ela amava tocar piano. Nasceu para isso. Ela tocava com a alma, era impossível não se emocionar ao vê-la tocando", ele devolveu o porta-retrato e pegou o outro com a foto de um homem de cabelos castanhos escuros, barba por fazer e olhos azuis.

"Henry", Erwin não questionou, mas recebeu um aceno de toda forma.

"Metódico. Acho que Levi tem isso dele. E também muito divertido, sempre expansivo. Eram um casal peculiar. E ainda lembro que Kuchel se apaixonou assim que chegou em Berlim. Eles começaram a namorar logo, mas só casaram uns anos depois e esperaram mais uns anos até ter Levi. Eram muito felizes. Foi muito difícil saber que os dois tinham sofrido um acidente e não tinham sobrevivido", ele também devolveu aquele porta-retrato ao seu lugar, "Eles tinham se apresentado com a Orquestra em Berlim na noite de véspera de Natal e estavam voltando para a casa dos pais de Henry por causa do aniversário de Levi", ele olhou para Erwin, certo de que o jovem não sabia daqui.

"Eles faleceram no aniversário de Levi?", ele precisou confirmar, sentindo uma pontada no coração em imaginar algo assim.

"Sim. E os primeiros meses foram realmente difíceis. Levi perdeu os pais, veio morar em um país novo e por um tempo eu acho que nada disso fez sentido para ele", o mais velho suspirou, guiando o loiro até a sala de jantar para que eles tomassem café da manhã, "Todos os anos, nós tentamos manter a mente de Levi no fato de que hoje é o aniversário dele, e é isso que importa".

Um sorriso triste de Uri fez Erwin entender que o homem não considerava ter sucesso naquela missão. Ele mesmo sentia que não teria sucesso naquilo, não depois de saber que também era aniversário de morte dos pais do moreno. Ainda assim, ele ia se esforçar mais ainda para Levi aproveitar aquele dia de verdade.



Era meio da tarde quando Isabel e Farlan chegaram, pegando Erwin e Levi de surpresa. Isabel era uma jovem de cabelos avermelhados e olhos verdes que simplesmente se atirou nos braços de Levi e o encheu de beijos, fazendo Erwin rir um pouco enquanto o moreno tentava desvencilhar do contato. Farlan tinha os cabelos loiros escuros e olhos acinzentados, porém seu olhar não era frio como o de Levi. Ele observava a interação dos amigos com um sorriso de canto, parecendo se divertir.

[Eruri] Por quanto tempo?Onde histórias criam vida. Descubra agora