Sempre foi só você

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Jade Picon


Jade não via o Paulo André desde aquela noite, mas continuavam trocando mensagens. Desde as notícias que saíram sobre eles, tudo tem sido uma loucura. Pessoas vão atrás dela o tempo todo. Querem conhece-la, querem saber do seu trabalho, oferecem propostas, ela não tinha noção do que uma simples foto poderia causar na vida de uma pessoa e olha que naquelas fotos Paulo estava apenas de mãos dadas com ela, a conduzindo para dentro do evento.


"Imagine então se as fotos em questão tivessem sido um flagra do nosso beijo? Teria sido tudo maior ainda. Ah, aquele beijo ..." Jade pensou


Deus foi tão bom! Maravilhoso como sempre foi, talvez até melhor. Sim, melhor com certeza! Mas como o André mesmo disse, havia sido um erro. Aquilo não deveria ter acontecido. Diante de tudo o que estavam tentando reconstruir, se beijarem não era o melhor caminho a tomar. Mesmo que o desejo tenha falado mais alto, não podiam se renderem a isso. Só se magoariam. Afinal de contas, nada estava mudando em suas vidas.


Paulo André voltaria pra onde agora era sua casa e Jade permaneceria ali, no Rio de Janeiro.


E lembrar disso estava causando um novo aperto em seu coração. Este era o último fim de semana do Paulo no Brasil e embora nos últimos dias ela não o tivesse visto por conta de todo trabalho, seu convite de passar o fim de semana com ele, ela não teve como recusar, e pra falar a verdade, nem queria. Agora que ela sabia que ele estava indo, podia aproveitar e se despedir, mesmo que depois isso fosse doer como o inferno. Mas eles se devem isso, precisavam fechar um ciclo, mesmo com dez anos de atraso.


Nina: Estamos aqui embaixo. – exclamou assim que atendeu o telefone e Jade riu de sua empolgação.


Jade: Estou descendo. – respondeu, desligando o telefone e pegando sua mochila. – Mãe, estou indo. – gritou.


Mônica: Aproveite querida! – sua mãe foi até ela, lhe dando um abraço. – Dê um beijo em todos por mim.


Quando desceu, Nina a esperava do lado de fora junto com o Patrick e Paulo André. Jade abraçou sua amiga e em seguida seu ex-cunhado Patrick, deixando para falar com o André por último.


Jade: Oi. – sorriu pra ele, tentando esconder a tensão que sentia por estar o vendo pela primeira vez depois do beijo deles.


PA: Oi sardinhas. – ele sorriu de volta e ouvir aquele apelido que ela sempre achou ridículo lhe fez de alguma forma se sentir mais leve e agora ela ria. – Me dá aqui a sua mochila pra eu guardar.



Ela entregou a ele e logo foram entrando nos carros. Nina foi com Patrick e Jade foi com Paulo. Mary e Carlos também iriam com eles, mas acabaram desistindo de última hora. A pequena viagem não foi feita em silêncio, o que ela agradeceu. Enquanto a música tocava no aplicativo, ela contava a Paulo sobre as novidades no trabalho e ele relatava como havia sido seus últimos dias e o que ele vinha fazendo para curtir suas férias da melhor forma possível.


Logo chegaram em Angra, na casa que os pais do Paulo haviam adquirido ali há alguns anos com sua ajuda. A casa era maravilhosa, grande e aconchegante, com uma vista linda do mar e o mais importante de tudo, localizada num lugar reservado. PA era quem mais agradecia por isso, por mais que ele amasse o que fazia e lidasse bem com a fama, era compreensível que em certos momentos se necessitava estar em paz, sem pessoas o rondando ou acompanhando cada passo da sua vida.

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