The Eagle's Nest | Dramione

As Pilhas.

Ela estava atravessando uma névoa ambígua, impulsionada por alguma força invisível. Quando ela olhou para baixo, Hermione percebeu que estava nas costas de um testrálio, o corpo esquelético da criatura subindo e descendo junto com suas grandes batidas de asas. Uma cócega começou no fundo de sua garganta e ela começou a tossir incontrolavelmente, todo o seu corpo destruído pela ação. Incapaz de controlar seu ataque, ela perdeu o equilíbrio e caiu das costas do testrálio. Ela gritou, tossiu e gritou mais um pouco enquanto despencava pelo céu, mas nenhum som saía de sua boca...

Com um "baque" estranhamente suave, ela pousou em um chão estranhamente familiar. A sala de estar da Mansão Malfoy, repugnantemente reconhecível, com azulejos pretos e brancos, e seu centro suntuosamente forrado com tapetes turcos. Seu estômago se revirou com a lembrança.

Sem aviso, Bellatrix Lestrange estava em cima dela. — O que mais você tirou do meu cofre, sangue ruim?

— Nada!

— MENTIROSA! — Bellatrix gritou, erguendo sua faca prateada ameaçadoramente. — Eu sei que você está mentindo!

— Eu não estou! — Hermione implorou. — Por favor...

— Silêncio, imundície. Olhe ao seu redor. Posso VER que você está mentindo!

A sala de estar mudou e se tornou o cofre dos Lestrange em Gringotes, repleto de ouro e tesouros. Bellatrix foi tirada de seu violento interrogatório por um enxame de morcegos de origami de Padma, alguns deles pretos, alguns deles laranja. Todos eles desapareceram pelo teto.

Os itens no cofre estavam se multiplicando e se expandindo, ameaçando afogar Hermione nas heranças da família Lestrange. Enquanto isso, ela podia ver a taça dourada de Lufa-Lufa na prateleira mais alta, fora de alcance. Ela procurou desesperadamente por Harry e Ron, mas eles não foram encontrados em lugar nenhum. Ela estava sozinha...

Tudo dependia dela.

Havia uma sensação muito real de desespero vibrando em sua caixa torácica enquanto ela lutava. Ela precisava chegar até a taça... precisava apenas segurar sua alça... mas não importava o quanto ela lutasse, ela permanecia um pouco além do alcance de um braço.

De repente, as pilhas de tesouros que se multiplicavam transformaram-se em espuma de sabão branca salpicada de flores de jasmim. Hermione estava no banheiro dos monitores, no quinto andar. Ofegante com a mudança abrupta de local, ela levou alguns momentos para permitir que seu coração desacelerasse. Um segundo depois, ela percebeu que não estava sozinha. Com o corpo obscurecido por nuvens de espuma com sabão, Theodore Nott relaxava preguiçosamente do outro lado da banheira, os braços pressionados nas bordas para mantê-lo flutuando.

— Só estou vendo o que você faz quando não há ninguém por perto, Granger, — ele zombou, produzindo uma enorme enciclopédia do nada. — Aqui, eu trouxe para você uma leitura leve.

Ele jogou o livro para ela e ela conseguiu pegá-lo antes que ele caísse na água, mas por causa de seu tamanho, o peso arrastou-a para baixo...

Ela estava debaixo d'água, mas não estava mais na banheira. Em vez disso, ela estava na Floresta Proibida, que estava completamente submersa, como se tivesse brotado do fundo do oceano. Vagamente empírica, a floresta parecia exatamente como era em vida, exceto pela água ondulante que balançava em torno das árvores e arbustos. À frente, Hermione avistou os unicórnios em seu cercado, exatamente como Hagrid os havia deixado. Só que desta vez, Draco Malfoy estava dando tapinhas no nariz comprido de um deles.