Segredos Entre as Rachaduras.

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O trio teve uma visão estranha enquanto desciam as escadas da Torre da Corvinal. Bichento foi o primeiro com o rabo erguido, Hermione veio em seguida cerca de dez passos atrás, e Malfoy ficou na retaguarda, ficando para trás como se não quisesse ficar muito perto de nenhum deles. Ele desceu cada degrau, os fractais de luz dos vitrais lançando estranhas formas coloridas em seu cabelo e pele claros. Hermione olhou para sua própria mão descendo pelo corrimão, encontrando-a banhada alternadamente em verdes, vermelhos e azuis.

Quando ela chegou ao fundo, ela esperou. Seu companheiro parecia estar demorando, exalando uma indiferença teimosa que era definitivamente Malfoy. Bichento sentou-se pacientemente perto dos pés dela. Quando ele finalmente se juntou a eles, ela perguntou: — Para onde você gostaria de ir primeiro?

— Por aqui, — respondeu ele, partindo na mesma direção da patrulha anterior. Parecia que ele já havia estabelecido uma rotina.

Eles entraram em sintonia, a quietude pairando estranhamente entre eles. Da parte de Hermione, ela percebeu que ele estava calado de propósito. Portanto, ela estava determinada a não quebrar o contrato, decidindo que se ele quisesse passar o turno inteiro sendo ridículo e taciturno, isso seria problema dele.

Eles já haviam feito metade da patrulha e estavam indo em direção às masmorras quando Draco finalmente repetiu, — "Malfeito feito"?

Hermione parou no meio do caminho, a cor sumindo de seu rosto. — O que?

Como ele poderia saber sobre o Mapa do Maroto?

— Então isso significa alguma coisa.

Estreitando os olhos, ela tentou sufocar sua agitação. — Onde você ouviu isso?

— Sábado à noite, você voltou para a Torre da Corvinal depois do toque de recolher, — explicou ele. — Você estava sozinha, embora tivesse um grande pergaminho na mão. Eu estava sentado perto do fogo, mas mesmo que você olhasse ao redor, você não parecia me ver. Então você sussurrou "malfeito feito" e subiu para o seu quarto.

Ela sabia que ele tinha visto, porque foi exatamente isso que aconteceu no sábado.

Hermione tentou se lembrar e percebeu que não havia consultado o mapa antes de entrar na Torre da Corvinal, caso contrário ela certamente teria notado o nome de Malfoy na sala comunal e limpado o mapa em um local mais discreto. Amaldiçoando sua inépcia, ela perguntou: — Por que você estava sozinho no escuro?

— Eu estava esperando, — ele respondeu simplesmente.

— Esperando pelo quê?

— Boa deflexão, Granger, — Malfoy zombou. — Quase funcionou. Eu queria saber o que significava "malfeito feito" e você fez tudo sobre mim. Isso foi quase Sonserino da sua parte. Infelizmente, também confirmou que a frase significa algo para você, ou você simplesmente teria respondido abertamente para encerrar a conversa.

— Que bobagem, — ela retrucou, — tive a impressão de que você gostava de falar sobre você.

— Sua impressão estava incorreta. Acho que falar sobre mim é claramente desinteressante.

Ela bufou com escárnio. — Se você não tivesse seu ego, todo o seu corpo simplesmente murcharia.

Seu olhar fulminante fez com que Hermione sentisse uma oscilação embaraçosa nos joelhos, embora ela se recusasse a ceder. Em vez disso, ela levantou o nariz e valsou na frente dele, liderando o caminho pelos corredores frios e escuros em direção às masmorras.

Quando ele a alcançou, ele sibilou: — Não se afaste de mim quando estivermos conversando, Granger.

— Ah, estávamos conversando? — ela se perguntou alegremente, decidindo que essa resposta iria irritá-lo mais. Ela não ficou desapontada. — Aqui estava eu ​​pensando que iríamos completar nossa patrulha com reserva e silêncio, falando apenas quando necessário. Não é como se eu gostasse de fazer rondas com você. O sentimento, tenho certeza, é mútuo.

The Eagle's Nest | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora