26-Everything Has Changed- Alexia

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Esperei por Zac, mas, depois de um tempo, decidi que ele provavelmente havia esquecido o que tanto insistira. Chamei um Uber e fui para casa, e a cada pensamento que cruzava minha mente, eu o amaldiçoava com todos os nomes possíveis. Como ele podia simplesmente me deixar lá, sem nenhuma explicação?

Ao chegar em casa, encontrei Jason, Alec e minha mãe conversando. O clima era tenso, os rostos deles expressavam uma preocupação profunda, como se algo terrível tivesse acontecido. Meu coração afundou ao perceber que meu pressentimento estava correto, ou quase. Zac havia sofrido um acidente de moto. A notícia caiu sobre mim como um golpe, deixando-me devastada. A lembrança de todas as maldições que eu havia lançado contra ele durante o caminho de volta só intensificava a culpa e o remorso que agora me consumiam.


"O que aconteceu?" Minha voz mal conseguia esconder o desespero.


O arrependimento por minhas palavras e pensamentos anteriores me atormentava, uma lição amarga sobre o valor do tempo e como tudo pode mudar num instante. Eu só queria poder voltar atrás, apagar as maldições e substituí-las por preces de proteção. Mas, na vida real, não temos esse poder. Tudo o que podíamos fazer era esperar e esperar que Zac encontrasse seu caminho de volta para nós.


"Alexia, querida...", começou sua mãe, sua voz carregada de preocupação. "Aconteceu algo terrível. Zac sofreu um acidente de moto."


"Eles o levaram para o hospital. Está em cirurgia agora," Alec explicou, tentando manter a voz firme, mas era evidente o esforço que fazia para não demonstrar o quão abalado estava.


Ao chegar no hospital, a cena era de puro desespero. Melissa estava aos prantos, um retrato vivo da angústia que todos sentíamos, e minha mãe, com sua habitual calma e compaixão, tentava consolá-la, mas parecia impossível acalmá-la naquele momento. A espera, que se estendeu por horas a fio, apenas intensificava nossa impaciência e ansiedade. Josh, incapaz de ficar parado, caminhava de um lado para o outro, alternando entre momentos de choro e tentativas frustradas de manter a esperança. Jason, por sua vez, estava sentado, imóvel, seu olhar fixo em algum ponto distante, como se estivesse paralisado pela situação.


Finalmente, após horas de angústia, uma enfermeira se aproximou, trazendo consigo um vislumbre de alívio. "Ele está no quarto," ela anunciou, quebrando o silêncio tenso que dominava o ambiente. "Dois por vez, e no máximo duas entradas," avisou o enfermeiro, antes de retornar para trás do balcão.


Melissa, exausta pelo choro contínuo, havia adormecido no colo da minha mãe. Decidimos, então, deixá-la descansar, compreendendo que ela precisava daquela pausa, mesmo que forçada, do turbilhão de emoções que a consumiam.


Josh e eu entramos no quarto juntos, nossos passos hesitantes e corações apertados pela preocupação. A atmosfera dentro do quarto era pesada, carregada com o peso da realidade que Zac enfrentava. Ao vê-lo ali, deitado e vulnerável, uma onda de emoções me atingiu. Todo ressentimento, toda raiva que eu havia sentido antes desapareceu, substituídos por uma profunda preocupação e um desejo ardente de vê-lo recuperado.


A presença de Josh ao meu lado oferecia um pequeno consolo, um lembrete de que eu não estava sozinha naquele momento de angústia. Juntos, enfrentávamos a realidade da situação, unidos pela preocupação com um amigo querido que lutava pela vida. Naquele quarto de hospital, o tempo parecia ter parado, e tudo o que importava era a recuperação de Zac, a esperança de que ele superasse aquela prova e voltasse para nós, inteiro e saudável.

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