O dia em Hogwarts não poderia ser pior do que hoje para o moreno de olhos azuis. Boatos, o menino da cicatriz odiava todos eles.
O boato de que ele fedia, o boato de que estava ficando maluco. Nunca era um bom boato sobre Potter. Com seus punhos cerrados e seu semblante de puro desgosto, o garoto seguiu até o encontro dos seus amigos.Hermione: Harry...
Harry: Eu sei Hermione, não preciso de outro discurso
Rony: O que houve cara?
Hermione: Não ouviu os boatos?
Rony: É... não? Estava preocupado com o próximo jogo
Hermione jogou um dos seus livros com brutalidade contra o menino ruivo.
Hermione: Não seja insensível Ronald.
No mesmo instante em que a cacheada se pronunciou, pode-se ouvir gargalhadas um tanto quanto conhecidas para o trio de ouro. As risadas em bom tom do loiro que irritava Harry desde o momento em que pisou os pés em Hogwarts. Draco Malfoy.
Draco: Parece que o testa rachada está nos holofotes novamente. Pode me dar um autógrafo? Estou implorando - Comentou o mais alto de maneira debochada
Pansy: Então é verdade? O santo Potter não beija bem?
Rony por um momento arregalou os olhos em confusão e Hermione só faltava cavar um buraco e se enfiar nele. Diferentemente dos amigos, Potter parecia estar mais ocupado em divagar em pensamentos do que responder a altura. Hermione se questionou internamente, algo estava errado. Harry nunca foi alguém paciente e Draco apenas despertava a furia do tal todos os dias.
Logo a dupla dinâmica saiu andando com total tranquilidade, como se o papel deles na terra tivesse sido cumprido.Hermione: O que foi Harry? Eu não gosto dessa cara.
Rony: Então a notícia era essa? "Harry Potter beija mal?- Questionou o grifinorio se segurando para não rir.
Hermione: Você não é assim. Você vai aprontar uma.
Harry: Não se preocupe, só quero resolver de uma forma mais passiva. Você sempre disse que devia pensar nos meus atos, estou pensando bem.- Respondeu o menino com os olhos brilhando e com uma idéia cabulosa na mente.
Quebra de tempo, a noite:
Draco on:
Meu papel como monitor da Sonserina estava quase acabando... Caminhava em passos lentos e despreocupados. Até ouvir mais passos ali, que não me pertenciam.
Draco: Quem está aí? Não é apropriado andar a noite nos corredores depois do toque de recolher, parecem que precisam de aulas de desenho para entenderem.
O loiro só viu de relance uma capa escorregando de um corpo conhecido na sua frente.
Draco: Potter?
Sem mais nem menos, o moreno começou a caminhar em passos lentos. Parecia ter realmente a intenção de deixar o outro ansioso, o que o mais alto não entendia. O loiro podia gritar, xingar e amaldiçoar o menino que sobreviveu, porém não o fez. Ele conhecia bem essa sensação de eletricidade no corpo todo, as faíscas que trocavam por olhares.
Draco: Potter... Você vai para a diretoria agora. Oras, quem pensa que é?
Harry: Diz novamente, diz? - Perguntou o menor, chegando cada vez mais perto.
Draco: Dizer o que Potter? Tá surdo?
Harry: Diz Potter, eu sei que adora mais que tudo.
Draco: Que insolência a sua- O mesmo parecia mais trêmulo, não entendendo que miragem era aquela na sua frente. Mas não se deixaria abater, não deixaria sua pose desmanchar- Cala a boca.
Harry: Não quer calar para mim? Já que está com tanta dúvida se beijo bem.
Draco arregalou os olhos pela primeira aquela noite.
Draco: Tinha alguma coisa no seu suco de abóbora hoje? Tá maluco?- Respondeu o loiro, dando um passo para trás.
Harry: Você não pode negar que é meu fã número um, Malfoy.
O de óculos caminhou para mais perto do sonserino, acabando com qualquer distância entre ambos.
Draco só pode fechar os olhos, ele não conseguia fazer algo para parar Harry, e pensando bem, nem queria.
Harry tocou delicadamente o rosto do loiro, Malfoy só conseguiu sentir os lábios macios do menor nos seus e automaticamente sentiu seu corpo arrepiar com o pequeno contato.
Pediu passagem com a lingua que, prontamente foi atendida. Harry deslizou sua mão no tronco do sonserino, e enquanto isso, a outra mão subiu para o cabelo do loiro, puxando levemente para aprofundar o contato. Apenas um suspiro foi escutado do maior, que logo, atacou os lábios do grifinório com mais brutalidade. Harry gemeu em confusão, não imaginaria que essa seria a reação do sonserino, mas estava longe de reclamar. Draco agarrou com possessividade a cintura do menor e desceu os beijos para o pescoço do mesmo. O garoto que estava recebendo tudo isso só pode suspirar em deleite.Harry: D-drac...
O grifinório não terminou a frase, por conta de um loiro faminto a sua frente.
Draco: Agora está com vergonha?- Disse olhando para o rosto do outro, que se transformará no próprio emblema da grifinoria, coisa que o próprio sonserino achou adorável.
Harry só fez um bico emburrado, evitando olhar para o loiro.
Draco: Afinal, os boatos não são verdadeiros. Você tem uma boquinha deliciosa.
Harry: Pare de ser debochado.
Draco: Pode acreditar em mim? Uma vez na vida? - Sussurrou o maior, rente aos lábios de Harry.
Harry só pode fechar os olhos em afirmação, enquanto sua boca era atacada novamente.
Harry Potter, as vezes, tinha as melhores idéias.