𝑷𝒂𝒑𝒂𝒊 𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒔𝒂 𝒅𝒂 𝒂𝒋𝒖𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒑𝒂𝒑𝒂𝒊 - 𝑫𝑹𝑨𝑹𝑹𝒀

𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 3- Uma situação muito confusa

𝑁𝑎 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑧 𝑞𝑢𝑒 𝑠𝑒 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑑𝑎 𝑔𝑢𝑒𝑟𝑟𝑎, 𝑒𝑙𝑒𝑠 𝑠𝑒 𝑣𝑖𝑟𝑎𝑚 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑒𝑟𝑎𝑚...

Harry estava sentado sozinho no bar, segurando uma bebida sem graça e chata. No entanto, cada parte dele estava viva e ativa, cada célula ganhando vida enquanto a energia crescente e pulsante da boate vibrava através de sua pele. A música estava atrozmente alta, quase ensurdecedora. Pulsava em seus ouvidos, em seu coração e em suas veias como um animal vivo e respirando. O próprio ar parecia elétrico, carregado com cheiros fortes de álcool, perfumes baratos e fluidos corporais. Corpos bêbados e suados fervilhavam continuamente na pista de dança como uma colônia furiosa de abelhas, girando, tropeçando e espremendo-se desajeitadamente em todos os espaços disponíveis.

O olhar inabalável de Harry, sombrio de luxúria, estava descaradamente fixo em uma figura cativante no outro extremo da pista de dança. A figura era extremamente familiar, com cabelos loiros sedosos e um físico esguio. Capturou sua atenção tão completamente que ele não conseguia ver mais nada. Seus olhos famintos percorreram repetidamente o homem familiar, encantados e fascinados, observando-o de perto enquanto ele balançava graciosamente ao som da música com um ar de confiança natural.

E 𝐽𝑒𝑠𝑢𝑠, tudo o que Harry queria fazer naquele momento era pular no chão, arrancar suas roupas e dobrá-lo bem na frente de todos.

Malfoy estava 𝑑𝑎𝑛𝑐̧𝑎𝑛𝑑𝑜 – realmente dançando, e era 𝑙𝑖𝑛𝑑𝑜. Seu cabelo loiro brilhava em vários tons de cores sob as luzes flutuantes do clube. Seu rosto estava radiante, seus lábios vermelhos curvados em um sorriso relaxado e seus olhos fechados de contentamento. Ele parecia calmo e despreocupado enquanto balançava suavemente ao ritmo da música, seus movimentos fluidos, seus braços deslizando pelo ar sem esforço como um líquido.

Paralisado pelo que estava testemunhando, Harry olhou sem piscar, sem se mover. Ele estava um pouco embriagado – não, ele estava inegavelmente bêbado. Tudo ao seu redor se fundia em um redemoinho de cores, um amálgama borrado de risadas desagradáveis e barulhos inebriantes e insuportáveis. No entanto, no meio de todo o caos, lá estava Malfoy. 𝑀𝑎𝑙𝑓𝑜𝑦 – seu arquiinimigo e um valentão estúpido, mas também o homem com quem ele dormiu há um mês, um homem com uma boca sarcástica, um olhar zombeteiro e uma bunda irresistível. Somente Malfoy manteve uma clareza vívida em seus olhos. Ele era uma presença notavelmente distinta na sala – um ponto singular de lucidez absurda em meio à mistura de tons de néon tremeluzentes, música alta e uma horda louca de estranhos embriagados.

De repente, os olhos de Malfoy se abriram. Harry parou, prendendo a respiração enquanto aquele penetrante olhar cinza estava fixo nele.

𝐶𝑙𝑎𝑟𝑜. Malfoy estava bem ciente da presença de Harry. Ele já sabia que Harry o estava 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑛𝑑𝑜 atentamente , examinando-o minuciosamente da cabeça aos pés. Ele sabia, e era exatamente por isso que estava fazendo isso - 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑜𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 Harry de propósito, atraindo-o com seus movimentos sensuais e lânguidos, seduzindo-o 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑡𝑜𝑑𝑎 𝑠𝑢𝑎 𝑒𝑙𝑒𝑔𝑎̃𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑖𝑎𝑛𝑐̧𝑎 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒.

Seus olhares se fixaram na sala lotada, e as veias de Harry instantaneamente pegaram fogo, chamas ardentes consumindo-o por inteiro. Seu coração começou a bater violentamente — o rápido 𝑇𝑢𝑚, 𝑇𝑢𝑚, 𝑇𝑢𝑚 reverberando em seus ouvidos — e ele se perguntou à distância se seria possível vomitar o coração pela boca.

Um sorriso arrogante e conhecedor apareceu nos lábios de Malfoy, e a respiração de Harry ficou presa na garganta, suas mãos estavam úmidas enquanto ele largava sua bebida, trêmulo. Sem pensar duas vezes, sem sequer registrar o aglomerado de pessoas agitadas ao seu redor, ele se levantou automaticamente. Em um transe enfeitiçado, ele abriu caminho através de um mar de dançarinos, seu foco fixo em Malfoy. Como se estivesse hipnotizado, Harry flutuou direto até ele, respirando pesadamente, um desejo ardente brotando de todos os poros de seu corpo.