A espada bramia como o fogo ardente, refletindo a intensidade do calor fatal em seus olhos penetrantes. Todos tentavam desafiá-la, mas cada vez que o faziam, ela se tornava uma ameaça imponente, reafirmando seu domínio sobre os que a consideravam inferiores.Com a lâmina apontada para um homem insolente que não tinha controle sobre suas piadas irritantes, Natsumi sentia-se profundamente aborrecida.
— Não seja impulsivo. — Sua voz carregava raiva.
O homem tentava se afastar da mulher, mas um chute forte nos testículos o fazia recuar, enquanto ela apontava a lâmina para o pescoço dele.
— Meus homens vão acabar com você, mulher desprezível. — Ele tentava manter a bravata, mas seus tremores denunciavam o medo interior.
— Provavelmente são homens tão fracos quanto você. — Ela sorria maliciosamente, pressionando a espada contra o pescoço dele. — Agora, me dê seu dinheiro. Estou faminta. — Estendia a mão em direção ao homem.
Ele estava prestes a ceder seus pertences quando alguém emergiu das sombras das árvores.
— O que pensa que está fazendo? — O desconhecido interpelou, também possuia uma espada, mas guardada, o que fez Natsumi hesitar.
— Saia daqui, intrometido. — Ela apontou a espada para o recém-chegado, mantendo o outro homem pressionado contra a árvore com seu pé.
— Machucar alguém inocente lhe dá orgulho? — Ele ajustou seus óculos com um dedo, observando a situação.
Natsumi deixou o homem ir, vendo-o fugir.
— Você fez eu perder meu dinheiro. — Ela murmurou, observando o homem escapar.
— Seu dinheiro? — O desconhecido riu levemente.
Ainda não podendo ver completamente o rosto dele por causa de alguns acessórios, Natsumi se aproximou com cautela. Ele segurava sua espada à cintura, ainda não a desembainhando, e ela guardou a própria espada.
— Quem é você? — Ela perguntou, mantendo a guarda alta, sem querer subestimá-lo.
— Não é da sua conta. — Ele revirou os olhos e começou a se afastar.
— Espere! — Natsumi correu até ele, tocando-lhe o ombro.
Com um movimento rápido, o espadachim desembainhou sua espada, ameaçando Natsumi com um gesto.
— Não se assuste. — A garota sorria de canto, erguendo lentamente a cabeça para evitar a espada que quase a atingiu profundamente seu pescoço, deixando um pequeno corte. — Me diga seu nome.
— E se eu não quiser? — Ele ainda apontava sua lâmina.
— Me diga. — Natsumi afastava sua espada com apenas um dedo.
A garota executou um lindo giro para distrair o homem enquanto sacava sua espada, desferindo um corte preciso em seu pescoço, igual ao corte que a mesma recebeu.
— Quites. — Ela manteve a espada erguida.
O homem sentiu uma leve dor pelo corte e mostrou-se impressionado com os movimentos dela, mas não demonstrou interesse em se apresentar ou prolongar o confronto.
— Não estou interessado em buscar brigas. — Ele ajustou os óculos e retomou sua caminhada.
— Pelo menos me diga seu nome. — Ela apressou o passo para alcançá-lo.
— Mizu. — O homem respondeu, esperando que ela o deixasse em paz.
— Mizu... Você parece alguém forte e ainda carregando uma espada tão bela. — Natsumi caminhava ao lado dele com passos rápidos, admirando a graciosidade de seus movimentos e a elegância de sua espada.
Mizu, desconfiado, encarava a garota. Para ele, alguém buscando se aproximar de alguém como ele era algo incomum. Ele não queria arrastar a garota para seus próprios problemas, sabendo que ela já tinha os seus. Então, ele a prendeu contra a árvore.
— Não tente se aproximar de mim. Qualquer coisa que esteja planejando, eu descobrirei. — Ele abaixou um pouco os óculos, revelando seus penetrantes olhos azuis.
Natsumi encarou-o, firme, sem desviar o olhar, não demonstrando nenhum medo, mesmo diante da tentativa de intimidação de Mizu com seus olhos diferenciados.
Mizu, confuso por não encontrar nenhum sinal de medo mesmo ao olhar profundamente nos olhos da garota e enxergar sua alma, ficou momentaneamente desconcertado. A sinceridade nos olhos dela o intrigava, mas ele decidiu retomar sua caminhada em silêncio, sem proferir mais uma palavra.
— Vamos lá, não quero ser um incômodo — ela insistiu enquanto continuava a seguir.
Natsumi era astuta; certamente percebia que o homem era um viajante local e queria pedir sua ajuda. A garota, que nunca havia saído de casa além das vilas próximas, apesar de sua força, sentia receio de se perder em lugares desconhecidos. A ideia de viajar sozinha sem um guia ainda a deixava apreensiva.
— O que você quer de mim, garota? — O homem parou, mantendo sua expressão neutra.
— Me ajude, e eu retribuirei um favor — Natsumi propôs de maneira inteligente, mas sua oferta foi prontamente descartada.
— E você seria útil para meus planos? — Mizu perguntou, demonstrando desinteresse.
Natsumi lutava para encontrar uma maneira de convencer Mizu a ajudá-la. Odiava sentir-se humilhada, mas percebia que conquistar o rapaz seria um desafio.
— Por favor, farei o que me pedir se me ajudar também — ela implorou, ajoelhando-se aos pés dele.
Mizu deu um sorriso incrédulo enquanto ajustava seus óculos. Embora surpreso com a súplica da garota, ponderou por um momento. Uma jovem capaz de reconhecer sua força à distância agora se humilhava diante dele, e ele não conseguia encontrar uma razão para recusar.
— Levante-se — disse Mizu, estendendo a mão para ajudar Natsumi a se erguer. — Por que precisa da minha ajuda? Você parece bastante estável e forte para alcançar seus objetivos.
Natsumi aceitou a mão de Mizu e se levantou.
— Não é bem como pensa. Tenho meus motivos — respondeu ela. — Preciso de alguém que conheça bem as redondezas. Estou em busca do meu irmão perdido.
— Somente isso? — Mizu franziu o cenho, surpreso.
Mizu hesitou por um momento, sua mente racional dizendo-lhe para recusar mais uma vez. No entanto, algo dentro dele, talvez uma compaixão, o impeliu a ceder. Era como se uma corrente invisível os unisse, uma conexão que transcendia a lógica fria de seus planos.
Finalmente, ele respirou fundo e tomou uma decisão.
— Muito bem... Meu plano é desafiador, mas implicará em várias viagens. Se quiser me acompanhar, a escolha é sua. — disse ele, surpreendendo até a si mesmo.
— Isso significa que sim? — Natsumi sorriu radiante para Mizu, dando alguns pulinhos de alegria. — Muito obrigada! Prometo dar o meu melhor para ajudá-lo em sua jornada. — Ela estendeu a mão para selar o acordo.
Mizu apertou suavemente a mão de Natsumi e sorriu discretamente.
Ele olhou nos olhos determinados de Natsumi, vendo neles uma mistura intrigante de coragem e vulnerabilidade. Era difícil resistir à determinação que transparecia em seu rosto.
" Não estou sozinha agora. "
___________________________________________
Achei esse capítulo curto, mas irei conseguir fazer um maior no próximo 💞
VOCÊ ESTÁ LENDO
our junction | ᵐⁱᶻᵘ
FanfictionNatsumi, uma jovem samurai, é frequentemente alvo de risadas por sua aparência frágil. No entanto, por trás de sua imagem enganadora, reside uma força ardente que a torna invencível em combate. Sua determinação e habilidade a conduzem à vitória em t...