Enquanto movimentávamos nossas coisas para a incrível nave que o Agente Mackenzie havia conseguido, alguns agentes já nos olhavam como se dissessem: essa equipe está formada há três horas e eles já ficam com a missão mais quente que podiam receber. Sharon Carter, sobrinha da famosa Peggy Carter do Capitão América, era quem mais olhava com desgosto. Suspeito que ela tenha ficado brava por não ter sido escalada para a minha equipe, mas eu realmente não preciso de uma Agente que se acha superior aos outros só porque foi, uma vez, designada para uma missão com o próprio Capitão. Quero dizer, eu operei as naves que salvaram a vida dele algumas e nem por isso conto vantagem o tempo todo. Aliás, para que bajular um Capitão quando eu sou a própria Coronel? Tanto faz. Eu terminava de verificar as armas que Ward e Barbara haviam escolhido para a missão, mas fui interrompida.
- Agente Danvers. – Sharon Carter se aproximou.
- Agente Carter. – eu cumprimentei de volta sem tirar os olhos da munição que eu contava para Magnum.
- Estreia de HYDRA, ein? – me rondou. – A diretoria está aos seus pés. – ela provocou sorrindo falsa. – Parece animador.
- Eu não preciso de homens para chegar aonde cheguei, senhorita Rogers. – sorri ainda mais cínica e andei para longe dela. – Ward, termine de levar as coisas para o avião, por favor. – pedi para o forte e alto homem ao meu lado enquanto subi ao escritório de Coulson. – Senhor? – bati na porta.
- Danvers. – ele confirmou com um sorriso simpático, como sempre.
- Preciso de mais alguns agentes para uma possível invasão de campo. – informei mantendo as mãos atrás do corpo e mostrando respeito.
- Uma possível invasão? – ele riu perguntando curioso enquanto digitava algo no Ipad.
- Sim, senhor. – respondi. – Se tudo ocorrer como o planejado, senhor.
- Danvers, Danvers... – Coulson balançava a cabeça negativamente enquanto sorria. – Não faz nem mesmo uma hora desde quando te dei essa missão.
- Agentes especiais do FBI ou da CIA geralmente não tem uma hora para pensar, senhor. – comentei lembrando os meus treinamentos nas organizações citadas.
- Senhor, aqui estão os agentes solicitados. – Agente Johnson disse enquanto um homem e duas mulheres entraram na sala.
- Danvers, esses são meus melhores agentes nível 7. – Coulson se levantou de sua cadeira e se aproximou dos agentes. – Melinda May, Jessica Drew e Lance Hunter. – ele apontava para cada um. – Eu confio em você para essa missão, Carol. – Phillip disse, íntimo, despertando o melhor em mim. – Acho que se tem alguém que quer lidar com a Hydra além do Capitão, esse alguém é você, Coronel.
Mexendo comigo da forma mais útil que alguém poderia fazer, Phillip se sentiu confortável em finalmente dispensar eu e meus novos agentes. Enquanto eu andava até a garagem do enorme avião, os três me seguiam sem dizer nenhuma palavra, apenas respeitando o meu silêncio. Durante a invasão da HYDRA dentro da sede da SHIELD em Washington, meu irmão honrou o brasão da SHIELD até o seu último suspiro. Assim como eu, ele era fiel, confiável, cumpria qualquer ordem e lutava por um propósito, por uma organização, mas era a melhor versão de mim: calmo, paciente, positivo. Charles é uma verdadeira inspiração, me ensinou muito, mesmo sendo mais novo e hoje é a razão pela qual eu finalmente me juntei a SHIELD. Pensando assim, cheguei até o Quinjet separado para a minha equipe, agora maior ainda.
- Esses são os Agentes Hunter, May e Drew. – apontei para cada um. – Aqueles são Fitz, Simmons, Skye, Ward e Mackenzie. - apontei e eles se cumprimentavam por apertos de mão ou simples acenos de cabeça. - Tudo bem, vamos partir. - avisei e todos começaram a se mexer para dentro do avião até que as portas se fecharam e eu sentei no piloto. - Coloquem os cintos. - pedi e eles me obedeceram enquanto Agente May sentava de copilota ao meu lado. Liguei o nosso avião e coloquei o headset de escuta para a central. – Aqui é nave QJT-39 pilotada pelas Agentes Danvers e May, níveis 7 da SHIELD. Requisito autorização para decolagem na ordem de Phillip Coulson, agente nível 10. Equipe de número 1604 e protocolo HCD1185. Requisito autorização de decolagem. - informava a central.
- Autorização concedida, Agente. – Maria Hill respondeu e logo desligou.
Neste mesmo momento, as portas da garagem finalmente se abriram para que pudéssemos decolar e o fizemos. Não iria demorar muito até chegar ao local indicado pelos satélites que Skye conseguiu devido o motor do Quinjet, mas também não seria tão rápido como a velocidade da luz e isso explica porque parte da equipe, que praticamente já se conhecia, ficou no lobby do avião jogando videogame. Na verdade, apenas Barbara, Mackenzie, Hunter e Ward brincavam enquanto Drew e Skye ajudavam Fitz-Simmons no laboratório. May era tão quieta e seria quanto eu, então confiei nela para deixá-la por algum tempo no comando da aeronave enquanto eu verificava os outros Agentes.
- Coronel. – Fitz-Simmons disseram enquanto abaixavam a cabeça para mim, em respeito. Cena linda, porém dispensável tamanha demonstração.
- O que temos? – perguntei me aproximando da mesa digital.
- Um geneticista do Hospital Estadual de Boston estava fazendo uma pesquisa sobre impressoras 3D, mas ai ele conseguiu recriar a Cradle, aquela máquina biológica de tecidos sintéticos da Dra. Helen Cho. – Simmons começou a explicar.
- Como aonde Visão foi feito. – Fitz acrescentou.
- Mas ele foi sequestrado. – Skye informou. – John Shen foi visto pela última vez há três meses atrás, cercado de homens de preto, desembarcando na Nova Zelândia.
- Isso significa que a HYDRA está com ele? – Drew questionou.
- Podemos considerar, sim. – Fitz disse.
- Mas e sobre a radiação de Gama no local? – eu perguntei.
- Raios Gama são... – Simmons começou.
- Eu sei o que são, pode pular essa parte. – eu respondi.
- Desculpe, senhora. – Simmons pediu e logo continuou. – Eles penetram profundamente em quase todo tipo de matéria, mas precisa ser usado em pequenas quantidades, pois destrói células, como as cancerígenas no processo cirúrgico da Gama Knife, ou na esterilização de equipamentos médicos. – ela explicava demonstrando na mesa.
- A bomba que o Dr. Bruce Banner fez sofreu modificações, pois a radiação Gama em si não seria possível transformá-lo em Hulk, apenas iria destruí-lo, célula por célula. – Fitz acrescentou.
- Como a HYDRA, obviamente, não quer salvar o mundo contra o câncer, sugiro que eles estejam tentando recriar a bomba do Hulk, mas não sabemos o que o Dr. Shen tem haver com tudo isso. Logo... – Simmons continuava.
- Ainda temos um X. – Fitz finalizou lamentando.
- Dez minutos para aterrissar. – Informou May da cabine do piloto.
- Tudo bem. – respirei enquanto analisava a situação. – Skye, chame os outros. – ordenei, logo Barbara, Hunter e Ward se juntaram a nós. – May? Na escuta?
- Sim, senhora. – May respondeu.
- Certo. – pensei mais um pouco e todos me olhavam com muita expectativa, provavelmente a pensar que eu não era capaz para a missão. – Esse é o local. – indiquei na mesa digital, abrindo a imagem do satélite que Skye havia pego da SWORD. – Skye, entre no sistema e desative alarmes, portas de segurança e laser. Barbara e Mackenzie, vigiem o lado de fora. Barbara embaixo dando preferência ao combate desarmado para não chamar atenção e Mackenzie no teto com Sniper e automáticas silenciosas. May e Ward ficam em Sul, quero que desliguem qualquer coisa que está produzindo Raios Gama e coletem amostras, Fitz-Simmons irá auxiliar vocês. E Drew e Hunter, entram comigo em Norte, no escritório, no cérebro.
- Sim, senhora. – todos responderam (inclusive May) e logo começaram a se mexer.
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Miss Marvel
Fiksi IlmiahPéssima sinopse, mas história interessante. Prometo não decepcioná-los. Dê uma chance ao meu primeiro capítulo, por favor. Carol Susan Jane Danvers, uma mulher bem sucedida de mil e uma utilidade e mil e um defeitos. A Coronel altamente feminista, m...