Capítulo 2: Poderia me arrepender? Ou não?

426 46 52
                                    

Eu realmente tive que dividir o capítulo em dois de início. Pretendo postar de dois em dois dias essa história.

.

.

.

"Senhora... Desta forma nunca será possível manter uma boa convivência com sua filha!"

Eu estava no trabalho. Minhas pacientes eram uma senhora de trinta e oito anos e sua filha de quinze. As duas estavam naquela típica fase onde a filha quer fazer e acontecer, e a mãe quer proibi-la de respirar. Aquela fase da vida em que ambas estão erradas e ambas estão certas.

" Eu sei que eu não deveria proibir a minha filha de ver aquele garoto, mas eu não vejo outra escolha. Ele é uma péssima influência para ela." A mulher falou, parecendo disposta a prender a garota numa bolha se ela tivesse uma.

" Sabe por que ela o acha uma má influência? Sabe? Porque ele tem um piercing na orelha. Um piercing na orelha! Uma coisa altamente comum hoje em dia. E mesmo que não fosse, isso não determina o caráter de ninguém. Ela está apenas agindo como uma perfeita preconceituosa e hipócrita."

A garota falou com setecentas pedras na mão e vestindo um colete á prova de balas.

"Bom... Eu vou dar dois conselhos a cada uma: Senhora Amanai... Deixe a sua filha namorar o garoto. Convide-o para ir a sua casa, converse com ele. Procure conhecê-lo. É melhor saber com quem sua filha anda de forma pacífica, do que criar essa inimizade entre vocês, não acha? Se o rapaz for boa pessoa, no fim das contas? Você nunca vai saber se não der uma chance."

Eu disse isso a ela e ajeitei a minha prancheta em minha mão.

" Hum... Pode ser. " Ela disse meio relutante.

" E outra coisa: Más influências não são desculpa para nada. Cada um faz o que quer. O garoto não vai amarrá-la pelos pés e obrigá-la a fazer o que quer que seja. Portanto o que você deve fazer é conversar com ela, aceitar o fato de que ela tem o direito á escolha. Mas aceitar não é permitir que ela faça o que der na telha, Aconselhe-a, mostre os prós e os contras. Se você acha que algo que ela quer fazer é errado, tem que apresentar motivos plausíveis e racionais para convencê-la a não fazê-lo."

"Tudo bem..." Ela me pareceu envergonhada.

"E. Riko... Ouça um pouco a sua mãe. Ninguém tem bola de cristal e nenhuma das duas sabe o que vai acontecer. Então a melhor maneira de fazer a escolha certa é ouvindo a voz da experiência e ao mesmo tempo não deixar que a 'voz da experiência' diga que isso vai acontecer porque ela também não pode ter certeza absoluta. Portanto, entrem num consenso. "

Eu disse, e como todo adolescente, ela já tem uma resposta na ponta da língua.

"Hum. E só que às vezes ela fala como se soubesse de tudo e isso me dá raiva."

" Pois é, ela não sabe. Mas, admita para si mesma que, se ela não sabe você menos ainda. E respeite mais a sua mãe. Há um limite de comportamento que você deve respeitar. Mesmo que ela esteja errada, ela é sua mãe! Não confunda as coisas."

Ela acenou com a cabeça enquanto eu falava.

"Conversem como mãe e filha. Ambas falando baixo. Ambas dando o espaço devido e definindo limites. E não interrompam quando a outra estiver falando. Entrem num acordo. Nesse caso, é aconselhável que vocês chamem esse rapaz e tenham essa conversa todos juntos. Ok?"

"Ok."Elas disseram juntas.

Depois dessa longa, cansativa e repetitiva conversa elas saíram da sala. O clima estava menos tenso, então só posso imaginar que deu certo. Uma semana depois elas voltariam e eu saberia o resultado!

A pior (Melhor)  Escolha da minha Vida | SukuitaOnde histórias criam vida. Descubra agora