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Dois dias se passaram, e James já estava se recuperando bem, pois no mundo bruxo ferimentos como o seu se curam rapidamente. Enquanto isso, Sirius estava absorto em seus planos para um pedido de namoro (falso) bem chamativo. Mesmo com as relutâncias de James, ele estava determinado a fazer o plano acontecer.

Era manhã, e todos estavam reunidos no salão principal para o café da manhã. Na mesa da Grifinória, James estava ao lado de Sirius e Lily, enquanto Remus ocupava o lugar do outro lado de Sirius. À sua frente, Peter, Marlene e a namorada Dorcas estavam conversando animadamente.

"Bom dia, meu Lírio!" exclamou James, com seu habitual sorriso.

"Se toca, James." respondeu Lily, desviando a atenção para seu prato.

"Sabe, Prongs," sussurrou Sirius, "acho que é melhor você parar de forçar a barra com ela."

"Por que não posso simplesmente tentar?" James retrucou, olhando curioso para Sirius.

"Porque, meu amigo, ia ser estranho flertar com Lily um dia e no outro estar namorando comigo." explicou Sirius, com um toque de humor. "E, para ser justo, ninguém além de nós dois sabe que é só uma farsa."

"Nossa, tá." respondeu James, começando a murmurar reclamações sobre a situação em que se metera.

Minutos depois, Regulus entrou no salão com seus amigos. Barty, Evan e Pandora seguiram direto para a mesa da Sonserina, enquanto Regulus, com um olhar determinado, se dirigiu à mesa da Grifinória.

"James!" chamou ele.

"Reggie! O que você tá fazendo aqui?" James perguntou, surpreso.

"Só vim te entregar isso." disse Regulus, entregando as baquetas que James frequentemente esquecia na torre de astronomia. Ele costumava batucar com elas, o que irritava Regulus, mas, em algumas ocasiões, ele se pegava gostando de observar o menino mais velho tocar.

"Obrigado! Nem tinha percebido que tinha esquecido elas." James respondeu, aliviado.

"Eu sei, e por isso vim entregar." Regulus começou a se virar para voltar à sua mesa, mas foi interrompido por Sirius.

"Arcturus." chamou Sirius, provocando o irmão.

"O que você quer, Orion?" Regulus respondeu, com um tom de desdém, sabendo que seu irmão odiava seu segundo nome, tanto quanto ele odiava o próprio.

"Quero saber se você ainda está bravo comigo." perguntou Sirius.

"Você precisa especificar, Sirius. Eu sempre estou bravo com você." Regulus retrucou, levantando uma sobrancelha.

"Estou falando do dia em que eu fugi." insistiu Sirius.

"Era um direito seu, mas você não pensou nas consequências que isso traria para mim." Regulus disse, cruzando os braços.

"Você podia ter fugido comigo!" Sirius disparou, olhando nos olhos do irmão.

"Agora você se importa?" Regulus questionou, com um tom de amargura.

"Eu sempre me importei!" Sirius defendeu-se.

"Ah, é? Porque agora eles me lançam tantas maldições! E você nem sequer manda cartas ou pergunta se estou bem quando nos encontramos." Regulus respondeu, com a voz embargada.

"Só quero que você saiba que você pode fugir e vir morar comigo!" Sirius disse, sentindo lágrimas se formarem em seus olhos.

"Não, Sirius, eu não posso!" Regulus insistiu.

"Pode sim! Por que não poderia?" Sirius perguntou, implorando.

"Porque sou o último filho, o último herdeiro deles. Você acha que eu posso simplesmente fugir? Eles iriam atrás de mim e me fariam sofrer ainda mais." Regulus respondeu, sentindo a realidade da situação pesada sobre seus ombros.

Beneath the Stars - JegulusOnde histórias criam vida. Descubra agora