Beneath the Stars - Jegulus

☆ 20 ☆

Enquanto James, Sirius, Remus e Peter enfrentavam seus medos e triunfavam sobre as ilusões da Sala Precisa, Regulus e Peter Pettigrew seguiam por um caminho muito diferente na Mansão Malfoy.

A noite estava pesada, e a atmosfera na reunião dos Comensais da Morte era sufocante. O salão principal da mansão era grandioso, mas as figuras encapuzadas ao redor da mesa imponente tornavam o ambiente gélido. Lucius Malfoy presidia a reunião, o rosto pálido iluminado apenas pela luz fraca das tochas nas paredes. Narcisa Malfoy estava ao seu lado, os olhos de um azul penetrante varrendo a sala, parando por um breve momento em Regulus.

Regulus manteve-se em silêncio durante a maior parte do encontro, observando cada movimento e ouvindo cada palavra com atenção. Sabia que o perigo rondava a cada esquina, especialmente entre aqueles que se consideravam aliados. Voldemort não estava presente, mas sua influência era sentida em cada canto daquela sala.

Peter, ao seu lado, tremia levemente, os olhos inquietos correndo de um lado para o outro. Regulus sabia que a missão que tinham em mãos era traiçoeira. Conseguir o Diário de Tom Riddle, escondido na mansão, seria complicado, mas necessário destruir Voldemort.

Após o término da reunião, os Comensais começaram a se dispersar. Foi então que Narcisa fez um gesto discreto com a cabeça, sinalizando para que os dois a seguissem.

Enquanto Regulus e Peter seguiam Narcisa pelos corredores da Mansão Malfoy, a tensão entre eles era amenizada pela familiaridade do ambiente. Regulus sabia que, apesar das circunstâncias, ele podia confiar na prima. Narcisa sempre havia sido uma das poucas em sua família com quem ele mantinha um vínculo genuíno, muito semelhante ao que tinha com Sirius antes da separação familiar.

Quando chegaram a uma sala afastada, Narcisa parou, lançando um olhar rápido para os dois. Ela fez um gesto para que entrassem, e fechou a porta cuidadosamente atrás de si. A atmosfera dentro da sala era densa, mas o calor do vínculo familiar suavizava o momento.

"Eu já sei por que vocês estão aqui," disse Narcisa com firmeza, mas sem hostilidade. Sua voz carregava um tom de compreensão, algo raro entre os membros de sua família.

Regulus ergueu uma sobrancelha, ligeiramente surpreso. 

"Sabe?" perguntou, sem entender como ela poderia ter descoberto sobre a missão.

Ela assentiu, cruzando os braços e dando um passo mais próximo de Regulus. 

"Sirius me escreveu."

Peter, que permanecia em silêncio, olhou confuso para Narcisa, enquanto Regulus esboçava uma expressão de curiosidade, misturada com alívio. 

"Sirius... escreveu pra você?"

"Sim," respondeu Narcisa, tirando um pergaminho de dentro de seu manto. "Ele me contou tudo. Sobre os horcruxes, sobre a necessidade de destruir o diário de Tom Riddle, e principalmente, sobre o que isso significa para o futuro de todos nós." Ela olhou diretamente para Regulus. "Ele confiou que eu ajudaria você."

Regulus pegou a carta com cuidado, a expressão pensativa, e começou a ler as palavras de seu irmão.

'Cissy,
Eu não pediria sua ajuda se não fosse importante, mas acredite, isso é maior do que qualquer divergência familiar. Voldemort dividiu sua alma, e um dos pedaços está escondido aí, na Mansão Malfoy.
Regulus e Peter estão vindo até você. Sei que posso contar com você. Não deixe Lucius saber. O diário precisa ser destruído, ou estaremos todos condenados.
Confio em você, como sempre confiei. Não deixe nossa família desmoronar ainda mais.
Com carinho,
Sirius.'

Quando terminou de ler, Regulus dobrou a carta cuidadosamente e entregou de volta à prima, um leve sorriso surgindo em seu rosto. 

"Sirius sempre confiou em você."