Orelha

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Oi gente! Me perdoem pela demora viu. Tive que ficar alguns bons meses sem postar nada porque perdi o acesso à conta e tive alguns problemas pessoais envolvendo minha saúde mental. Eu não diria que estou estável agora, mas o suficiente pra voltar a postar aos poucos. Espero que gostem.

Tw: sangue e violência.

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Depois dessa pequena interação, o corvo foi embora, deixando Enid atordoada para trás pela segunda vez desde que se conheceram. Wednesday não pôde deixar de rir ao se transformar em humana novamente, o som estranho em sua garganta depois de não fazer isso por tanto tempo, o que só fez a garota rir ainda mais.

Wednesday decidiu explorar a casa de Enid, entrando furtivamente enquanto Enid estava ocupada no pasto. A menina perambulou por todos os cômodos amplos da casa, achando fácil se perder ali. Ela se impediu de entrar no quarto de Enid, não querendo invadir a privacidade da mulher mais do que já havia feito.

Foi quando ela ouviu um barulho lá embaixo. Porta fechando, merda.

Wednesday correu silenciosamente para uma janela próxima, tentando abri-la, apenas para perceber que estava trancada e ela não tinha ideia de como abri-la. As outras janelas eram iguais. Deus, por que aquela mulher mantinha todas as janelas trancadas?

Ela ouviu passos. Enid estava se aproximando, então Wednesday fez a única coisa possível para se esconder e entrou no quarto da loira, fechando a porta e se escondendo debaixo da cama o melhor que pôde. Não foi difícil, considerando sua pequena estatura corporal.

Enid entrou na sala pouco depois, lentamente, parecendo procurar alguma coisa. Ela caminhou lentamente pelo quarto, tendo ouvido um barulho vindo de lá e se preparando para qualquer coisa.

Enid procurou por todos os lados, mas não encontrou nada e, prestes a sair da sala, ouviu um barulho abafado – um espirro.

-Merda, tem alguém aí? - Ela perguntou estupidamente enquanto olhava em volta até que seu olhar pousou na cama. O único lugar que ela não olhou.

Enid moveu-se lentamente e quando chegou à beira da cama, abaixou-se lentamente para olhar para baixo e foi então que viu o corvo.

O corvo estava encolhido no fundo da cama, com a respiração acelerada e os olhos mais arregalados do que o normal enquanto olhava para Enid.

-Como você veio parar aqui? As portas estavam fechadas. As janelas também. - Enid murmurou para o pássaro, estendendo lentamente a mão para ele. O corvo grasnou e lutou, tentando evitar o toque de Enid. A mulher parou a mão imediatamente, sentindo-se tensa nesta situação. - Olha, eu sei que você não gosta que eu toque em você e tudo mais, mas você precisa sair daqui. Nenhum de nós gostaria que você ficasse preso aqui, certo?

A coisa não moveu um músculo.

Quarta-feira estava se sentindo sobrecarregada com esta situação. Ela não queria que Enid a visse, mas aconteceu e agora ela teria que lidar com as consequências. Ela estava se sentindo vulnerável e não gostava disso.

As duas apenas se encararam por um tempo, uma esperando que a outra desse o primeiro passo, que foi de Enid. A mulher suspirou e se levantou, saindo do quarto e deixando a porta aberta. Ela queria que o corvo saísse de lá sozinho.

Uma hora depois, Wednesday estava na mesma posição. Ela saiu lentamente de debaixo da cama, saindo do quarto e vendo Enid na sala lendo um livro.

O corvo grasnou, atraindo a atenção de Enid para si. A mulher sorriu de forma tranquilizadora e o corvo voou em sua direção e pousou no braço da poltrona onde Enid estava sentada.

Strawberry Blonde - Wenclair Onde histórias criam vida. Descubra agora