Capítulo 3

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A viagem pela Europa foi um verdadeiro sonho realizado por Ana e Eduardo. Eles exploraram cidades históricas, desfrutaram de pratos típicos e se perderam na beleza das paisagens que só eram vistas em fotos. Cada momento foi comemorado com risos, abraços e a certeza de que a vida foi feita de pequenos prazeres. A alegria deles contagiante, refletida em cada mensagem e foto que enviavam para Gabriella, que acompanhava tudo com um sorriso no rosto.

Porém, nem toda história é feita de felicidade, e o destino, muitas vezes, reserva surpresas tristes. Quando Ana e Eduardo estavam retornando ao Brasil, o inesperado aconteceu. Durante o voo, uma pane mecânica fez com que o avião perdesse altitude rapidamente. O desespero tomou conta da cabine, e a turbulência tornou-se insuportável.

Na manhã seguinte, Gabriella estava em casa, preparando-se para mais um dia de trabalho, quando seu telefone tocou. Era um número desconhecido. A intuição a alertou, mas ela atendeu, já imaginando que poderia ser uma ligação do hospital ou do trabalho.

Responsável: Gabriela? A voz do outro lado é tão tensa e cheia de pesar. É da companhia aérea. Temos notícias trágicas sobre o voo...

As palavras se arrastaram, como se o tempo tivesse sido desacelerado. Gabriella sentiu o mundo ao seu redor desmoronar. O coração disparou, e um frio percorreu sua espinha. Ela pediu mais informações, mas não queria ouvir. A verdade começou a se concretizar em sua mente antes que as palavras fossem ditas.

Responsável: O avião sofreu um acidente. Precisamos dos parentes aqui no aeroporto.

As lágrimas brotaram instantaneamente, e um grito mudo escapou de seus lábios. O chão parecia ter sumido sob seus pés. Gabriella sofreu um choque, mal conseguiu interpretar o que acabou de ouvir. As imagens da última noite juntos, do brilho nos olhos de seus pais, das risadas e dos abraços apertados, invadiram sua mente. O que ela faria agora sem eles?

Responsável: Venha até o aeroporto, a voz continua, mas ela mal escutou. Apenas murmurou um "Estou indo" antes de desligar.

Gabriella pegou o carro, a mente em um turbilhão, o coração pesado. Cada segundo parecia uma eternidade até que finalmente chegou ao aeroporto. O ambiente, normalmente tão movimentado e alegre, estava carregado de uma tristeza palpável. Várias pessoas se aglomeravam na área de espera, algumas em silêncio, outras em lágrimas. A família de todos os passageiros estava ali, esperando notícias que nunca viriam.

Gabriella mal conseguia respirar enquanto caminhava lentamente em direção ao grupo. Quando avistou alguns rostos conhecidos, a realidade se tornou cada vez mais pesada. Um a um, os olhares se voltaram para ela, e em seus rostos havia uma tristeza compartilhada.

Gabriella! chamou uma amiga da família, abrindo os braços para um abraço. Mas Gabriella não se moveu. Um sentimento de desespero tomou conta dela enquanto ela olhou em volta, procurando um sinal, uma esperança.

Então, a confirmação veio. Um membro da equipe de suporte da companhia aérea se moveu, e a expressão em seu rosto dizia tudo. Com a voz trêmula, ele informou a todos que o acidente havia sido fatal. A notícia se descobriu como um incêndio, e o lamento ecológico ou pelo aeroporto. O chão sob os pés de Gabriella desabou.

Os gritos de dor, as lágrimas e os abraços se misturavam em uma confusão de tristeza. Gabriella sentiu seu coração quebrado em mil pedaços. O amor que ela tinha por seus pais, uma admiração que sempre sentia, agora eram sombras de uma vida que já não existia. O calor dos seus abraços, os sorrisos que iluminavam seus rostos, tudo se tornará uma memória distante.

Gabriella: Não, não pode ser verdade! Ela murmurou para si mesma, enquanto a realidade a envolvia como um manto pesado. As promessas de uma vida juntos, as comemorações que viriam, os sonhos que eles tinham para ela, tudo havia desaparecido em um instante.

O Amor do Xerife ConcluidaOnde histórias criam vida. Descubra agora