Capítulo 2

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Ponto de vista: Hongjoong

Ela cai para o lado de dentro da ponte. Consegui me projetar para frente rápido o suficiente para segurá-la. Achei que seria mais difícil sustentá-la, por causa do peso, mas ela é muito leve. Ela provavelmente não deve ter uma boa alimentação. Tento acordá-la, mas sem sucesso. Considerando que ainda estou a segurando, corro o mais rápido possível para o carro, já chamando a atenção de Doyun hyung.

- Hyung! Me ajuda! - Vejo ele rapidamente me vendo pelo retrovisor, saindo do carro logo em seguida, me auxiliando ao abrir a porta da parte de trás do veículo.
- O que aconteceu? Quem é ela? - Ele me pergunta, preocupado.
- A gente precisa ir correndo pro hospital, hyung! - Falo, a segurando. - Eu explico tudo no caminho.

Ele assente com a cabeça, e começa a dirigir o mais rápido que pode. Explico para ele sobre a situação. Sobre seu nome, como a encontrei, e sobre como ela precisa de ajuda.

Fizemos uma viagem segura até o hospital, considerando nossa velocidade na estrada. Chegando lá, saí sozinho do carro, dizendo para Doyun hyung que poderia resolver a situação. Quando atravessei a porta da emergência, enfermeiros que observavam minha chegada já se aproximavam.

- Boa noite, senhor. O que aconteceu? - Um enfermeiro veio ao meu encontro, me cumprimentando com uma curta reverência.
- Boa noite. - O cumprimento da mesma forma. - Eu encontrei essa moça na ponte, ela tinha a intenção de pular.
- Vamos colocá-la na maca. - Ele chamou a atenção de mais dois enfermeiros, que ao verem a situação, já buscaram uma maca. - Sabe o nome dela?
- Nozomi. - Falo. - Só sei o primeiro nome. Não consegui perguntar mais nada.
- Vamos fazer o possível para ajudar. - Ele responde. - Não conseguiu obter nenhuma informação de contato de algum familiar dela?
- Não consegui.
- Tudo bem. Posso colocar o senhor como contato até conseguirmos conversar diretamente com ela?
- Pode ser. - Lhe passo minhas informações, como nome e telefone. Lembro de pedir por discrição, já que sou um idol, e ele confirmou confidencialidade.
- Muito obrigado, senhor Kim. - Ele agradece. - Entraremos em contato com o senhor quando tivermos notícias. Caso queira esperar aqui no hospital, posso o levar a uma sala separada.
- Eu que agradeço. - Respondo. - Vou ali fora fazer uma ligação, e caso eu precise, vou para essa sala.

Ele reverencia como despedida, e eu o reverencio como resposta. Saio pela mesma porta por onde entrei, encontrando o carro de Doyun hyung no estacionamento. Me aproximo do carro, pedindo para abrir a janela.

- Hyung, vou só fazer uma ligação pros meninos, e já te aviso se volto para o dormitório ou não.
- Tudo bem. - Ele responde. - Vou te esperar aqui.

Tiro meu telefone do bolso, andando lentamente para um canto um pouco mais "escondido", e ligo primeiro para Seonghwa hyung, que felizmente atendeu.

- H-Hongjoong-ah?... - Escuto sua voz sonolenta.
- Ainda bem que você atendeu, hyung. - Suspiro.
- O que aconteceu? Você ainda tá no estúdio?
- Eu já tava voltando pro dormitório, mas aconteceu um imprevisto, e agora tô no hospital.
- Hospital? - Seu tom de voz muda, preocupado. - Você tá bem?
- Calma, hyung, eu tô bem. - O respondo. - Eu acabei passando por alguém precisando de ajuda no caminho de volta, e trouxe a pessoa aqui pro hospital, junto com Doyun hyung.
- E... Você pretende ficar aí até essa pessoa ser liberada?
- Ela tava muito mal, hyung. - Falo. - Num estado que me preocupou muito.
- Tudo bem, então. Só... Não se force a ficar tanto tempo aí, e tente achar algum lugar que você possa pelo menos cochilar. Se quiser, eu aviso Wooyoung e Jongho que você não volta hoje.
- Eu aviso, hyung. Obrigado.
- Se cuida, Joong.
- Pode deixar, Hwa.

Nos despedimos assim. Retornei ao carro para falar com Doyun hyung, o informando que iria passar a noite no hospital. Digo também que ele não precisaria me esperar. Ele me perguntou novamente, para confirmar, e quando o confirmei, ele decidiu voltar para casa.

Volto para o hospital pela mesma porta, e não muito depois, sou recebido pelo mesmo enfermeiro de antes.

- Decidi que vou esperar aqui. - O informo. - Aquela sala ainda está disponível?
- Está sim, senhor Kim. - Ele faz um gesto, pedindo que eu o siga. - Me acompanhe, por favor.

Fui com ele até a sala, onde ele me assegurou que viria me avisar de quaisquer novidades sobre Nozomi. Ainda estou muito preocupado. Será que ela vai ficar bem? Lembro que tenho que avisar Wooyoung e Jongho. Pego meu celular e decido ligar para Wooyoung, que provavelmente ainda está acordado, por mais que não deveria.

- Hyung? - Woo atende.
- Oi, Woo. - Respondo.
- Tá tudo bem?
- Tá sim. - Falo. - Escuta, rolou um imprevisto no meu caminho de volta pro dormitório, e eu vou passar a noite no hospital.
- No hospital? - Ele fala preocupado. - Você sofreu algum acidente, hyung?
- Não, não, comigo tá tudo bem. - Respondo, tentando tranquilizá-lo. - Tô aqui cuidando de outra situação. Mas tá tudo bem, pode ficar tranquilo.
- Que susto, hyung! - Ele suspira.
- Pode avisar a Jongho que não vou voltar hoje?
- Aviso sim. Se cuida, capitão.
- Muito obrigado, Woo. Você também. E vai dormir!
- Tá bom, tá bom! - Ele fala rindo.

Nos despedimos, e assim, desligo a tela do meu celular e o coloco sobre a mesa, virado para cima. Estou inquieto. Preciso dormir um pouco, minhas últimas noites foram bem mal dormidas, mas eu não consigo parar por um segundo. Estou realmente muito preocupado com ela.

Decido parar por um minuto, e sento numa das cadeiras dispostas na sala, apoiando meus braços sobre a mesa no centro. Estou tão cansado, mas tão cansado, que o sono lentamente vai tomando conta de mim. Minha cabeça vai pesando, então a apoio sobre meus braços, que estão cruzados sobre a mesa. Não faço ideia de quanto tempo passou, só sei que quando eu estava praticamente cochilando, a porta da sala é aberta. É o mesmo enfermeiro.

- Senhor Kim?
- Estou aqui. - Respondo, ainda um pouco sonolento, mas ainda assim o reverenciando como cumprimento.
- Desculpa lhe acordar. - Ele reverencia em retorno.
- Não precisa se desculpar. - Falo. - Tem notícias de Nozomi?
- Sim. Ela está estável, e já está em um quarto. - Ele fala. - Gostaria de esperar lá até ela acordar? Podemos fechar a cortina do quarto, pela discrição.
- Pode ser. Muito obrigado.

O acompanho até o quarto onde Nozomi está internada. Quando a vejo na cama, já observo que ela está menos pálida. A roupa de hospital com a qual a vestiram tem mangas curtas, então pude ver seu braço. Eu estava certo, havia cortes recém abertos pelos seus braços, os quais agora estavam fechados com pontos. Por incrível que pareça, seus cabelos estão menos bagunçados. O enfermeiro nos deixa à sós no quarto, e eu finalmente consigo cochilar um pouco na poltrona ao lado da cama.

Hopeful - Hongjoong x fem!ocOnde histórias criam vida. Descubra agora