Back To Childhood

Namorada?!

Pov. Adrien

Saí da casa de Marinette e fui pra um beco descansar meu kwami. Ainda estava com marcas de beijo no pescoço, obra feita por Marinette, também conhecida por Shadybug.

Como seria o shipp meu e da baratinha? Shadynoir?

Gostei! Mas não tanto quanto Mariclaw.

Me transformei novamente, parando em cima de um prédio, quando escuto alguém pousando do meu lado. Shadybug.

- E aí bola de pelos – outro apelido pra mim. Ótimo! – Tava na casa da namoradinha? – disse rindo ao notar as marcas de beijo.

- Exatamente! – ela cessou o riso na hora, arregalando os olhos. Eu sabia que estava falando da própria Marinette, então eu decidi provocar um pouquinho.

- O que... Você tava fazendo por aqui? – tentou mudar de assunto, mas percebi seu nervosismo.

- Um gato no telhado é a coisa mais comum em qualquer lugar. Só tava observando a cidade e pensando na minha doce namorada. Radiante, linda, maravilhosa, perfeita, não tanto quanto eu. Ela é a melhor garota que já conheci, e os lábios dela são tão doces – falei enquanto olhava o céu escuro.

- E eu conheço essa garota? – encarei de volta Shadybug, e ela disse parecendo estar com ciúmes.

- Por que quer saber? – disse provocando enquanto me aproximava lentamente dela.

- Pra saber se conheço ela. Assim eu posso dizer coisas horríveis de você pra ela.

- Nossa, que malvada você é – ela sorriu. Nunca tinha parado pra analisar o quanto o sorriso da Shadybug é bonito. Será que só percebi agora porque tô apaixonado por ela? Me apaixonei pela Marinette e pela Shadybug, apesar das duas serem a mesma pessoa. Que confusão – Bom, eu adoraria bater um papo com você baratinha, mas tem uma donzela me esperando.

- E posso saber quem é essa donzela, que com certeza deve ter algum problema pra gostar de você – debochou.

- Acho que não, já que ela é a minha namorada – o sorriso dela se desfez – Enfim, tô indo pra casa da namorada. Até mais, baratinha – sai de lá com a ajuda do meu bastão, voltando até a casa de Marinette.

Antes de entrar, me escondi atrás de uma parede de concreto perto dali, podendo ver Shadybug entrando no quarto pela mesma janela que eu entro. Dei um sorriso com a cena. Eu tava tão apaixonado por essa menina, que nem me importava se ela era a minha parceira irritante.

Saltei perto da janela e dei algumas batidinhas até ela abrir.

- Seu príncipe voltou, princesa – disse sorrindo.

- Achei que não fosse não voltar.

- Por que não voltaria? – perguntei ao entrar no quarto.

- Sabe, por causa das marcas do beijo. Tá bravo comigo?

- Não, mas eu quero te levar em um lugar – peguei ela no colo, indo em direção a varanda dela.

- Eu te dei permissão pra me pegar desse jeito? – disse enquanto tentava sair dos meus braços.

- Não, só que eu não tô ligando – comecei a saltar pelos telhados com Marinette no colo.

Minha ideia era levá-la pro alto da Torre Eifell. Confesso que era o meu lugar preferido da cidade, principalmente quando está de noite. Cheguei até o destino final, mas ainda não soltei Marinette.

- Não vai me soltar não?

- Não, digamos que essa é a minha vingança. Não vou te soltar até voltarmos pra sua casa, depois vamos dar uma voltinha pela cidade, assim todo mundo vai ver quem foi a dona das marcas do meu pescoço – a azulada abriu a boca chocada.

Ficamos um pouco na Torre Eifell, logo, voltei a saltar pelos prédios, até aterrissar na Pont des Arts, onde as pessoas que estavam andando, começaram a correr ao me verem. Alguns até filmando.

- Sabe que todo mundo vai pensar que você tá me sequestrando, já que você é um vilão.

- Eu sei, mas não pretendo te soltar tão cedo – dei um sorriso perverso. Meu sorriso ficou maior quando vi Alya se aproximando mexendo no celular – Alya! – ela olhou pra nós.

- Marinette? Claw Noir? O que estão fazendo aqui?

- Só estamos dando um passeio – disse sorrindo mais ainda. Queria ver a reação da Marinette depois dessa.

- Claro que não! Alya, chama a polícia, ele tá me sequestrando! – dei uma risada.

- Relaxa Alya, isso não é um sequestro. Só tô levando a minha namorada pra dar um passeio – a morena abriu a boca sorrindo, chocada.

- Namorada?! – perguntou incrédula olhando pra Marinette.

- Ele não é meu namorado, Alya. Já conversamos sobre isso – a garota em meu colo me encarou brava, eu apenas dei um sorrisinho.

- Não é o que as marcas no meu pescoço querem dizer. Olha! – mostrei a Alya meu pescoço, que arregalou os olhos chocada.

- Agora eu não posso mais te defender, amiga – a morena riu – Posso tirar uma foto de vocês?

- É claro! – Marinette abriu a boca pra falar, mas sabendo o que ela iria falar, fui mais rápido.

- Não! Não, não, não!

- Foi mal, amiga – Alya pegou o celular novamente e tirou a foto, e como se não bastasse pra Marinette, eu ainda posei pra foto.

- Alya, foram só alguns beijos, não passou disso.

- Eu sei amiga, só tô brincando. Sei que você tem juízo.

Ela até pode ter, mas eu não.

Continua...