A Vingança

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Pov. Marinette

- Eu já te falei, Alya. Eu só beijei ele algumas vezes, não estamos namorando – disse pra Alya enquanto andávamos até a cantina da escola.

- Posso até acreditar nisso, mas você tá gostando dele? – perguntou maliciosa. Não podia dizer que sim, ainda não tava segura sobre contar tudo pra Alya, mesmo nós sendo amigas. É algo... Pessoal.

- Não, claro que não!

- Sei reconhecer uma mentira quando vejo – ela riu – Mas é sério amiga, mesmo se você estiver gostando dele e namorarem, toma cuidado. O Claw Noir é conhecido como o vilão de Paris, todos têm medo dele e da Shadybug, não quero que ele faça alguma coisa com você.

Se ele fizer algo comigo, vai se arrepender pro resto da vida.

- E falando na Shadybug, eu pensei que eles iriam acabar ficando juntos. Eles fariam um belo casal... Sem ofensa, amiga – dei um sorriso revirando os olhos.

A Shadybug e o Claw Noir como um casal? Só na cabeça da Alya então.

O meu casal atualmente é Mariclaw. Marinette e Claw Noir... Espera o quê?!

***

Quando as aulas finalmente acabaram, fui feliz pra casa por ter pensado em uma ótima vingança pra fazer com aquele vira-lata. Não vou ser má... Mais ou menos. Ele disse que nós vivíamos nos beijamos - o que é quase mentira - então agora irei fazê-lo provar do próprio veneno.

Vou fazer a mentira dele se tornar real.

A noite começou a aparecer, sabia que daqui a pouco o gatinho de rua iria chegar aqui. Vendo da janela, Claw Noir estava saltando os telhados com a ajuda do bastão, chegando até aqui.

Fui rapidamente apagar a luz e me escondi, aguardando a chegada do gatinho.

Pov. Adrien

- Marinette! Eu cheguei! – gritei do lado de fora da janela da azulada, mas ninguém respondeu. Percebi o quarto todo escuro, então abri a janela – Tô entrando, viu? – entrei no quarto e fechei a janela em seguida. Pensei que ela pudesse estar dormindo, mas ainda eram oito da noite, ela não costuma dormir cedo – Princesa? Mari?! – nenhuma resposta – Onde essa garota se meteu?

De repente, senti algo me empurrar, que me fez sentar em uma cadeira. Logo senti minhas mãos serem presas por alguma coisa, parecia algemas. Estava tão escuro, não pude ver quem era.

- Mari? É você? – comecei a ficar preocupado. Será que aconteceu alguma coisa com ela? Quando ia usar o meu poder pra me soltar, a luz se acendeu – Marinette? – olhei confuso pra azulada ao lado do interruptor.

- Caladinho, seu vira-lata! – a mesma se aproximou de mim.

- Princesa, por que me prendeu? E por que apagou a luz?

- Você mentiu descaradamente pra Alya dizendo que a gente vivia se beijando e depois ela ficou me enchendo de perguntas. E agora, eu terei minha vingança.

- Eu não menti, princesa! – disse sorrindo, pra tentar esconder o nervosismo que tava dentro de mim.

- A gente só se beijou algumas vezes. Na verdade, você me beijou.

- Mas em nenhuma das vezes você rejeitou – disse sorrindo malicioso, e ela ficou paralisada por um tempo, até piscar os olhos.

- Mas você mentiu do mesmo jeito. E agora... – sentou no meu colo com as pernas separadas – Eu vou me vingar – deu uma piscadinha pra mim antes de começar a beijar meu pescoço.

- P-princesa, você é má – disse em um sussurro. Ela continuou beijando meu pescoço, eu tava adorando isso, não pude conter alguns gemidos.

Seus beijos logo passaram pros meus lábios, mas eram beijos rápidos. Com certeza ela estava tentando ser ousada, mas estava com vergonha, então eu decidi lhe ajudar.

- Por que seus beijos estão sendo tão rápidos? – me aproximei dela e a beijei calorosamente. Isso é um beijo de verdade. É o beijo que eu queria.

Eu queria poder tocá-la, apertar sua cintura, fazer seu corpo ficar mais colado com o meu, mas eu estava preso com as algemas. Eu poderia destruí-las facilmente com meu Cataclismo, mas decidi deixar rolar só pra satisfazer ela.

- Não é melhor assim? – perguntei ao nos separarmos – Nunca tente se vingar de um gato como eu – sorri vitorioso.

Percebi que ela ficou um pouco brava, então ela puxou meu sininho e me beijou mais calorosamente do que outro. Um beijo tão ardente, que ela pediu por passagem na língua e eu cedi. Bem ousada, não?

- Mari... Por favor, me solta – pedi ofegante.

- Não gatinho, eu ainda não terminei – voltou a beijar meu pescoço, só que com mais intensidade. Tombei a cabeça pra trás deixando ela beijar todo o meu pescoço. Seus dedos se afogaram no meu cabelo verde, seus lábios passavam de um lado pro outro no meu pescoço junto com sua língua.

Ela tava me enlouquecendo.

- Eu não aguento mais! Cataclismo! – as algemas que me prendiam logo quebraram, me deixando livre. Assim que ela me encarou, puxei sua nuca e a beijei.

Apertei sua cintura com a outra mão e ela apoiava as dela nos meus ombros. O beijo foi se aprofundando, depois passei a beijar seu pescoço, sua mão que estava em meu ombro, passou a pra minha nuca, que ela acariciava e dava leves puxadas.

- Eu acho que é melhor a gente parar por aqui... – disse ela sem fôlego. Eu a encarei – Se não, as coisas podem começar a esquentar. E eu não quero isso... Não agora – me deu um sorriso malicioso e saiu do meu colo – Então... Quer saber o que eu preparei pra minha vingança?

- Ui, tô com muito medo – disse irônico enquanto me levantava e me aproximava dela – Qual era a sua vingança? – ela veio até mim e deu dois beijos em meu pescoço.

- É apenas um batom que dura 48 horas que, através dos meus beijos, ficou marcado pelo seu rosto e pescoço – sussurrou em meu ouvido e deu um beijo perto da minha orelha.

- Você não fez isso! – disse incrédulo.

- Fiz sim. Olha no espelho – apontou pro espelho em seu quarto. Andei até ele e vi várias marcas de batom vermelho em meu pescoço – Com certeza depois você vai levar alguns chupões, mas o importante é que todo mundo vai ver que você foi beijado. E você teve sorte que eu não encontrei meu batom que dura 72 horas, se não o estrago seria maior – disse rindo da minha cara.

- Ah não princesa, isso é maldade – falei choramingando.

- Você não percebeu que eu sou má? É pouco perto do que eu faço.

- Por isso você é a Shadybug – disse sussurrando pro lado.

- O que disse?

- Nada! – falei rápido. Ela se aproximou de mim e segurou minha nuca, me beijando.

- Tá chateado comigo? – a azulada passou seus dedos pelo meu cabelo.

- Não, até entendo você querer se vingar. Eu te provoquei em relação aos nossos beijos, dizendo pra Alya aquelas mentiras, que acabaram se tornando reais – ela riu – Então, tá tudo bem. Relaxa! – dei uma picadinha.

Mal sabia ela que eu também tinha uma vingança à esperando.

Continua...

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