14° Capitulo

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O fiquei um tempo com o Natan no colo, ele chorava acho que porque sentia falta da mãe, sei lá, aí quando ele ía pro colo do Caio ele parava de chorar.

Vai entender!

O Natan só engatinhava ainda mas acabava caindo no caminho, o Caio ficou brincando com ele um tempinho e eu ficava admirando ele, o loirinho tinha jeito com criança.

A maluca deixou o menino aqui so com a roupa que estava na corpo e essa carta. Fora isso mais nada.

– Ele está sem nada! – disse

– a gente pode sair pra comprar alguma coisa, o que acha? – sugeriu Caio.

– Vai você, eu to cheio de coisa pra resolver na boca, tem um monte papelada pra falsificar e essas porra demora

– você pode pensar no seu filho pelo o menos, chama o P.H pra resolver isso pra você, tu não é o chefe? então!

– Ta.. tá bom – eu disse e pude ver um sorriso em seu rosto.

2  horas depois..

– Olha que fofo Coringa – Caio segurava o Pedro enquanto via loucamente várias roupas e acessórios infantis.

– ele não vai usar essa porra de ursinho – eu disse e o pequeno riu como se tivesse entendido e eu ri também.

Ele não era muito parecido comigo mas parecia um pouco, ele tinha uns traços japonês e por incrível que pareça ele era muito mais bonito que eu e nem é porque é meu muleque mas é que ele realmente era.

– O que você acha dessa Natan – disse Caio e o pequeno fez um barulho desconhecido – Sabia que você ía gostar. Vamos levar, quem vai pagar vai ser seu pai.

– Óbvio que quem vai pagar vai ser eu. Você é pior que criança nessa loja dessas. – disse e ele me deu língua.

– Quem mostra língua pede beijo – disse e só depois eu fui me tocar no que eu tinha falado.

– Você não faz meu tipo  – Ele disse e me entregou o Natan pra eu segurar.

Caio P.O.V

Eu andava várias lojas e comprava, roupa, brinquedo e até comprei um pequeno guarda roupas pra guardar as coisinhas que eu tinha comprado pra ele.

Coringa já me olhava com cara de bunda de tanto que eu fazia ele andar pra cima e pra baixo nas lojas com aquela criança que só havia lhe dado vários tapas. Eu amo rs.

– Eu juro que se você não fosse um bebê eu te dava umas porrada. – Ouvi Coringa falar pro Natan e eu revirei os olhos. Já o Natan deu uma risada muito gostosa e fez o Coringa ri também.

CORINGA P.OV

Nem fodendo que eu iria ficar escolhendo roupinhas e brinquedinhos junto com o Natan, isso era muita.... coisa de viado, e eu não sou viado.

Decidi sentar um pouco com o Natan e fiquei pensando em como iria contar pra minha filha que ela tinha um irmão, eu até aceitei que ele é meu filho até porque eu não tinha mais o que fazer, o garoto é MEU filho tá ligado, óbvio que não vou ser filho da puta de levar ele pra adoção.

O foda é a Clara, o medo dela sentir ciúmes até porque eu conheço a cria que eu tenho, Clara é ciumenta pra caralho em relação a mim por mais que ela tenha só 4 anos.

Eu não sei porque Caio faz essas porra toda por mim, ele estava totalmente disposto a me ajudar mesmo eu sendo um filho da puta com ele as vezes.

Sendo sincero nunca me vi apaixonado por homem não tá ligado, comigo o bagulho sempre foi na putaria mermo, mas quando eu ví Caio porra, loirinho, com aqueles olhos, não mano, a bunda dele, o corpo dele todo desenhado, caralho nem posso pensar muito se não eu fico de pau duro.

Ele esta todo feliz andando por aquela loja e eu gostava de observar isso, aliás eu gostava de observá-lo, talvez ele nunca tivesse notado isso, mas tinha vezes que eu perdia meu olhar em cada gesto dele, principalmente no jeito que ele sorri e depois briga comigo quando eu faço algo de errado, falando nisso ele com raiva é um tesão. Faz um tempo que eu ando prestando atenção nele, até sei que ele gosta de mim mas finge ao contrário e eu também. Eu gosto quando ele me repreende quando eu vacilo nas parada até porque as pessoas tem medo de mim então posso fazer o que eu quiser, mas com ele é diferente.

Eu ja havia perdido Caio de vista. Olhei em meu relógio e era papo de Oito horas da noite já , eu estava com fome, então resolvi ir atrás dele e puxá-lo pelos cabelos até eu sair daquela loja chata.

Encontrei ele conversando com um cara da loja e o cara estava todo cheio de intimidade pra cima dele e isso me fez perder a paciência.

– Vamo embora – Já cheguei puxando ele – Te deixo sozinho um minuto e tu vai ficar de intimidade com outro né

– Cala a boca seu idiota, só estamos conversando.

O puxei pelo braço nos afastando do cara lá. Natan estava quase dormindo. Pagamos e depois saímos daquela loja cheio de bolsas, gastei mó dinheirão já.

O Dono do Morro - Romance Gay Onde histórias criam vida. Descubra agora