DEVIL LIVES NEXT DOOR. Gojo Satoru

Garotas crecidas não choram.

— Eu gostei dessa — Megumi pontuou apontando para o notebook.

— Eu também gostei — Vicky concordou selecionando a imagem.

— A nossa vibe bateu muito, parece que eu penso e você simplesmente imagina exatamente o'que eu pensei — o rapaz sorri tomando um gole de café na xícara que estava sob a mesa.

Os dois estavam sentados em uma cafeteria após fazerem as fotos que tinham combinado.

Vicky com seu notebook sob a mesa e megumi ao seu lado, pontuando certas coisas.

— Eu achei que você nunca iria topar fazer as Fotos, um estranho do nada mandando uma dm — Megumi comentou e vicky deu risada

— Fushiguro, não seja tão humilde, você sabe que é famoso — Bebeu um gole de café — E eu coincidentemente tinha tempo na agenda.

Megumi é um musicista e criador de conteúdo, seus vídeos de cover que ele fazia por diversão quando estava de quarentena na casa do seu pai viralizaram na pandemia, rapidamente ele virou uma estrela e Satoru começou a investir pesado em sua carreira quando viu que era aquilo que ele queria.

— Sim, mas eu achei que você não me conhecia — o moreno deu de ombros — Eu tenho meu pé bem fixado no chão em relação a isso.

— Isso já te dar uns pontos como pessoa — Vicky de um piscadela. – Aliás como você me encontrou mesmo?

Megumi engoliu seco e sorri sem jeito — Te vi no meu explore.

— Legal... — a morena confirma e vira o notebook em direção ao rapaz — Me diz! Essa tá tão perfeita que a edição vai ser mínima!!! — Pronunciou animada e Fushiguro concordou.

— Acho que nossa parceria vai vingar — Megumi sorri minimo

— E seu antigo fotógrafo? — A garota indagou encarando por cima do ombro.

— Eu aposentei ele dessa função — respondeu o moreno.

— Qual é, suas fotos do Instagram são impecáveis.principalmente a da época da pandemia, você estava em boas mãos, era algum famoso? — indagou Vicky.

— Não — Negou — Na verdade era meu pai, ele é muito bom com essas coisas, acho que não tem nada que meu pai se disponha a fazer que ele não execute com perfeição, todavia eu estou meio cansado de ser dependente dele, acho justo começar a ganha pontos por mérito meu.

— Entendo, mas só de te ajudar ele já parece um cara legal — a moça respondeu.

— Sim, ele é irado para um caralho — O moreno deu um sorriso mínimo.

...

Já tinha um mês desde que Maddy havia se mudado para seu atual apartamento, e fazia um mês que ela pensava em outro homem mais do que deveria.

Eram apenas alguns pensamentos intrusivos, vez ou outra em meio seus encontros corriqueiros, e as vezes nem tão corriqueiros assim porque Satoru fazia questão de contata-la, ele soube como alugar um bom triplex na mente da garota, assim como ela alugou um no seu, ela só não entendia porque disso tudo.

Por que ela adorava sua companhia, por que era tão bom escutá-lo, por que ela queria ele tão perto.

Sukuna estava a cada dia mais estressado, com sua casa, com o estúdio, com a banda, com tudo, e descontando suas frustrações em seu corpo todas as noites marcando-a contra sua vontade como se ela o pertencesse, fazendo um show particular que Satoru era obrigado a ouvir, Todas as noites ele não dava descanso a si, ele nunca foi uma pessoa compreensiva e sempre foi alguém que não suportava perder, e ele internamente sabia que estava perdendo, ele só ainda não tinha certeza.

Maddy misturava a massa dos biscoitos que fazia naquela rotineira manhã de quarta-feira tentando afogar suas frustrações, mesmo que a cada vez que ela pensava nisso o barulho de seus soluços e as pequenas lágrimas molhavam seu rosto.

Sempre arrumada e perfeita, a namorada perfeita que cuida de seu namorado e de seu lar, sempre maquiada assim que ele acorda, com roupas que a deixasse exposta para ele, com o cabelo impecável, fazendo refeições para o mesmo e mantendo tudo em ordem até ele chegar, e ainda assim se sentindo sozinha com ele em casa, e livre quando ele a deixava sozinha. Porque ela precisava ser cuidada, amada, de ter um colo para chorar e não de alguém que fizesse pouco caso de seus sentimentos, de ser abraçada sem ser machucada, ela precisava de um homem e o homem da casa não estava lá, mesmo que ele estivesse fisicamente a um travesseiro de distância.

Às lágrimas molhavam ainda mais seu rosto e seus soluções cada vez mais alto, até ela colocar cada bolinha de massa em seu devido lugar sob o papel manteiga e o colocar no forno.

Alguns minutos se passaram e aqueles cookies estavam prontos. Não era sua intenção inicial, mas ela estava tão sozinha, carente, ela precisava falar e alguém querer escutar e precisava ouvir a voz de alguém que tivesse algo bom para dizer a si.

A garota vestiu seu característico cardigã e abraçou a tigela que continha os cookies que ela havia acabado de preparar.

...

Satoru tinha acabado de descer do seu estúdio pessoal, ele serviu uma xícara de café para si o cheiro de cookies inundou sua cozinha, fazendo-o lembrar que ele estava em abstinência matinal de doces o homem foi tirado desses devaneios quando escutou leves batidas na porta.

O homem saiu em direção a porta,, quando ele abriu a porta se deparou com a figura baixinha abraçando a tigela com os cookies que inundaram a cozinha da seu apartamento.

Mesmo com a maquiagem retocada seus olhos estavam inchados algo que não passou despercebido pela rápida análise do homem, os cabelos presos em dois coques e a franja solta naquele lindo cardigã é uma sala lilás quadriculada.

— Oi Maddy — Diz um tanto surpreso — Precisando de algo?

— Você está ocupado? — indagou receosa.

— Para você, Não — Retrocou Satoru.

— Quer comer comigo? — a garota o encarou com os olhos pidões quase implorando para ele dizer sim.

— Claro, por favor entre. — Deu espaço para garota entrar.