Capítulo 2. Adolescente ou Aborrecentes?

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J A C O B

Que manhã maravilha que eu tive hoje! Ainda eram apenas 8:30 da manhã e ainda sim tudo estava dando errado pra mim desde que acordei. Não sendo suficiente o problema no encanamento, tive que ligar pra portaria pra reclamar e a droga do encanador só poderá vir ver o que aconteceu depois das duas da tarde, a pior coisa que tem deve ser vir trabalhar sem tomar banho antes.

Tomei uma bronca do Capitão Holt por chegar três minutos atrasado e ainda tive que passar vergonha na frente de toda minha equipe pela repreensão. Não tem como piorar.

— Santiago, como estamos na apreensão de drogas da rua Jay? — balancei a cabeça para espantar pensamentos negativos quando ouvi a voz do Sargento.

— Faltam doze quilos de cocaína, mas conseguimos um mandado de busca para o apartamento do traficante.

— Ótimo. Leve Boyle e Díaz com você.

Eu queria ficar com esse caso. Implorei para o Sargento para que ele passasse este pra mim quando o arquivo chegou na delegacia, mas infelizmente fui rebaixado a guarda de trânsito, pelo visto, já que estou sendo obrigado a trabalhar em um caso de vandalismo idiota.

— Peralta, como estamos no caso do vandalismo?

— Suponho que tenha um plano para pegar essa gentalha. — o Capitão diz, seu olhar fixo e gélido em minha direção.

— Por acaso o senhor disse 'genitália'? — ele não mudou sua expressão séria, como esperado. — Se disse, parabéns. E sim, eu tenho um plano. Vou plantar uma viatura como isca. Enquanto isso, estarei esperando em um veículo disfarçado.

— Ele já pixou três veículos disfarçados. Ele sabe reconhece-los. — Sargento apontou. — Devia usar minha minivan.

— Boa ideia, Sargento, ficamos com a minivan. — Capitão respondeu antes que eu pudesse.

— Nós? O Senhor vai comigo? — mesmo que não pudesse mostrar minha desaprovação a ideia abertamente, acho que ficou óbvio pela minha cara. — Senhor, com o devido respeito, eu não preciso de apoio.

— Não é apoio. — seu semblante sério não fraquejou nem por um instante. — Vou como sua babá.

— Babázinha, há há... — ouvi a voz da Rosa no fundo da sala, rir e caçoar da situação.

Claro que Y/N não ficaria para trás também. — É uma ótima ideia, Capitão. Talvez assim o Peralta aprenda o que é trabalho policial sério.

— Se tem um problema comigo fala na minha cara, Detetive Reed.

Por mais que minha frase soasse um pouco ameaçadora meu tom de voz não conseguia passar da provocação quando falava com ela. Algo nessa mulher me deixa desse jeito, e é tão estranho que ela corresponde com paus e pedras quando tudo que faço é provoca-la. Não sei se Y/N percebe que isso é flerte, imagino que pra ela é mais como uma implicância.

— Tenho um problema com você, Peralta. — ela respondeu, a voz um pouco mais alta que antes. — Era isso que queria ouvir?

— Detetives! — Sargento nos parou. — Não é hora pra isso, concordam?!

— Sinto muito, Sargento, Capitão. — me desculpei.

Só que estava claro como o dia que não havia um pingo de arrependimento da minha parte.

Eu não sentia muito. Na verdade, eu não poderia ligar menos, tudo que eu mais queria fazer era ter a chance de retrucar com Y/N mais um pouco e tentar melhorar minha manhã, brevemente, pelo menos. E um milhão de formas de refutar aquele retorno da Detetive passaram voando pela minha cabeça.

Not Allowed - Jake PeraltaOnde histórias criam vida. Descubra agora