Y / N
Além da noite passada ter sido uma bagunça de emoções angustiantes, hoje teria que trabalhar meio período. Gina e eu chegamos na cidade de manhã, o Capitão nos deu um tempo para irmos para casa descansar, trocar nossas roupas e respirar um pouco, meu horário era para depois do almoço. Fiquei o tempo todo deitada na cama, olhando para o teto, minha cabeça estava doendo tanto e meus dentes rangiam uns nos outros a cada dois minutos.
Não preguei os olhos desde que cheguei - embora estivesse cansada por acordar cedo, por dormir mal e pela viagem longa. Minha mãos entrelaçadas acima da minha barriga me davam desespero, saber que poderia estar gerando um bebê nesse exato momento me aterrorizava. Eu não quero ter um bebê. Pelo menos não mais. Não depois do que aconteceu com a minha bebê.
Era uma menininha. Evangeline... Só de lembrar do meu anjinho algumas lágrimas já salpicam meus olhos, queimando minha vista e fechando minha garganta, essa queimação subia de dentro do meu estômago até minha laringe, como asia. Eu queria tanto ela aqui comigo agora, sentir seu cheirinho gostoso de neném, e beijar seus pezinhos gordinhos. Nunca vou ter a oportunidade de conhecer o meu docinho porque ela foi tomada de meus braços, arrancaram ela de mim antes mesmo de nascer. Isso não é justo!
( . . . )
- Boa tarde, pessoal. - anunciei entrando no bullpen.
Todos estavam ocupados, apenas Boyle foi descente de murmurar uma boa tarde de volta. Coloquei minha bolsa na minha mesa e me sentei, não havia sinal da Gina ainda. Liguei meu computador, minha cabeça ainda explodindo, parecia que eu tinha bebido todas noite passada e agora estava de ressaca, mas infelizmente não bebi, passei o dia sóbria desde que descobri essa possível gravidez. A ausência da bebida estavam começando a me abalar, principalmente a do cigarro, a última vez que fumei foi ontem pela manhã cedo.
Estava tão estressada, preciso enfiar minha cabeça no trabalho até passar essa fase de espera até que possa finalmente saber se estou, de fato, grávida. Se Deus for bom os resultados seram negativos.
- Detetive Reed. - ouvi o Capitão me chamar da porta de sua sala. - Posso dar uma palavrinha com você?
Apenas me levantei e entrei em seu escritório. O Capitão voltou ao seu lugar e acenou para a cadeira em sua frente, insinuando que deveria me sentar e assim fiz.
- Tenho um caso importante para você.
- Sério? - minhas sobrancelhas se erguem em surpresa, esperava uma bronca pelo meu atraso.
- Sim. Houve um acidente com uma universitária três noites atrás, mas os pais da vítima afirmam que não foi um acidente e que sua filha foi assassinada.
- E o que houve com ela?
- A garota foi encontrada morta perto do sanatório Resende Fabianski. - esse lugar sempre me causou arrepios quando criança por causa de uma lenda urbana que ronda aquele prédio e a cidade do Brooklyn desde o final da década de 80. - Seus pais afirmam que ela estava planejando uma festa de dia das bruxas no prédio abandonado. Eles tem certeza de que ela não estava sozinha quando morreu, mas não sabem quem são os envolvidos.
- Intrigante. E cadê o arquivo do caso?
- Aí que está o problema. Reed, entendo que você e o Detetive Peralta estiveram, recentemente, em conflito e acabaram tendo que entregar um caso para a Crimes Especiais e...
- Não é querendo interromper o Senhor, Capitão, mas gostaria de alertá-lo que o Detetive Peralta e eu já nos resolvemos como profissionais e estamos prontos para trabalharmos juntos novamente sem mais conflitos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Not Allowed - Jake Peralta
Hayran KurguJake Peralta e Y/N Reed não tinham nada em comum, além do fato de trabalharem no mesmo distrito no Departamento de Polícia de Nova York. Após anos trabalhando lado a lado os detetives descobrem uma paixão fervorosa que cresce a cada dia, o que eles...