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Ouvi minha mãe resmungar e voltar a se acomodar na cadeira, meu pai disse para que vá cumprimentar as outras pessoas e como sou educado fui até Mina dizer oi com muito esforço — mentira, eu quero olhar para ele de novo

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Ouvi minha mãe resmungar e voltar a se acomodar na cadeira, meu pai disse para que vá cumprimentar as outras pessoas e como sou educado fui até Mina dizer oi com muito esforço — mentira, eu quero olhar para ele de novo.

— Que bom te ver, Shota. — Mina falou tão expressiva quanto uma porta, apática. Assenti com a cabeça me contendo a comentários, acenei para Keeho que sorriu e acenou de volta com a cabeça.

Ele se mantinha perto de Mina mas não ao ponto de se tocarem, era conveniente, quem visse os dois ali diriam que são um casal. Não irei negar que me incomoda um pouco a situação mas não está ao meu controle resolver isso.

Ele estava usando roupas confortáveis que caiam perfeitamente em si, uma blusa bege de botão e um short tactel preto acompanhado de sua marca registrada vulgo os adornos nas orelhas e pescoço, havia um negócio em seu braço que resolvi ignorar por não ser da minha conta. Não que estivesse reparando nele.

Olhei ao redor constrangido.

— onde tem bebida aqui? — Direcionei minhas primeiras palavras ao casal.

— Tem na cozinha, eu te levo lá. — Keeho foi astuto ao ser o primeiro a responder. Como se esperasse por aquilo. Se levantou de supetão e me guiou até dentro da casa.

Apreensivo só me restou acompanhá-lo, entrei na casa que a minutos atrás tinha saído junto a Keeho que não disse nada mas tinha uma presença medonha atrás de mim. Entramos na cozinha e eu virei para ele esperando algo, qualquer coisa, ele só precisava me direcionar.

O olhei inquieto e o canadense suspirou pesado levando seu olhar ao meu, uma conexão passada por frisson me arrepiou, ele estava diferente da última vez que o vi.

Se aproximou tocando em meus braços gelados por natureza e aconchegou seu rosto em meu pescoço me paralisando, em silêncio. Da lista de possíveis coisas que Keeho poderia fazer essa opção não estava.

Levei minhas mãos para tocar seus ombros, como um abraço. Meu corpo se mexeu por conta própria, acolhendo o homem que não deveria.

Ele fungou alto contra meu pescoço e me apertou no abraço necessitado, como se fossemos nos fundir. Um sentimento angustiado estava me dominando até sentir seu beijo molhado na região tão sensível, me arrepiei ao sentir mais um.

— O que você está fazendo? — perguntei confuso tentando nos separar. Ele levantou o rosto mas se manteve perto o suficiente para sentir sua respiração quente acariciar meu rosto.

— Eu preciso de você. — sussurrou como um segredo sujo, o que de fato era. — Eu senti como se estivesse enlouquecendo esses dias, desde que você chegou e virou meu mundo de ponta cabeça, Soul só você consegue me tirar dessa realidade podre, eu preciso de você.

Falou rápido como um furacão embolando as palavras, como se estivesse implorando, num mix de dor e tesão (?)
Confuso no mínimo, ele claramente estava. Seu rostinho de cachorro abandonado era realmente de cortar o coração.

Closer enough - Keeho & SoulOnde histórias criam vida. Descubra agora