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Autora on. 

Algum tempo depois. Violeta conseguiu controlar seu poder, era fácil quando havia sentimentos muito fortes envolvidos. Ela ainda não saiu do porão e apagou a lanterna quando ouviu algo revirar o andar de cima, eram grunhidos e com certeza não era humano. Tudo o que ela pode fazer é se esconder e prender a respiração novamente até que os barulhos de objetos sendo quebrados e revirados fossem embora.

Violeta sabia que não podia ficar lá para sempre e teria que encontrar outro lugar em breve. Ou entrar em conflito com o necromante, mas isso seria estúpido de sua parte. Ela sabia que poderia lançar chamas de suas mãos, mas não sabia o que havia lá em cima. Com a coragem reunida e a lanterna em sua mão, ela subiu as escadas lentamente.

O lugar devia ser uma antiga taverna de bebidas.

A humana olhou ao redor com cautela quando olhou tudo ao redor e apagou a lanterna. Ela podia estar escondida e agora, mas ainda arriscava ser pega por quem estiver lá fora a procurando. Tudo ainda era sombrio, frio e escuro. Violeta, cegamente, caminhou até a porta, onde segurou a maçaneta com lentidão e com cautela, abrindo a porta, estalou lentamente quando o vento frio a cumprimentou.

Violeta ficou tensa quando sentiu o cheiro forte de morte no ar, morte antiga como se fosse uma carnificina de humano morto. Havia diferença entre a carcaça de animal e de humano, ela mesma já foi testemunha dos dois por muito tempo. Dando o primeiro passo, ela escutou o bater de asas dos corvos e seus gritos alto e roucos e, sem pensar duas vezes, saiu para o outro lado, para longe da taverna. 

Seus passos eram silenciosos e largos até que ela chegasse na parede do outro lado de outro estabelecimento. Violeta andou encostada na parede com intuito de chegar na outra parede que passava em frente a um beco, era tão escuro quanto o próprio breu, ela deu dois passos para frente. 

- AAAHHH!.

Violeta parou de andar no mesmo instante que ouviu o grito ecoando por todo o lugar, por toda aquela vila. Era como um chamado. 

AAAHHH!.

Gritos foram ouvidos por cima dos telhados.

AAAHHH!.

Na rua a sua frente e atrás de si.

AAAHHH!.

Gritos eram ecoados de todos os lados possíveis, principalmente no final do beco, onde ela parou em frente. Passos arrastados eram ouvidos saindo daquele beco, fazendo-a se afastar e ficar na rua principal. Violeta não tirou os olhos do beco mesmo quando mais passos começaram a surgir de todos os lados, vinham barulhos altos até mesmo dos telhados e coisas sendo quebradas de dentro de algumas lojas.

- Emboscada..- Violeta murmura um tanto aflita, protegendo a barriga, a abraçando e olhando ao redor.

Ela não conseguia ver o que era que a cercava, mas sabia que eram muitos. Uma legião talvez?. O pior de tudo é que ela não se lembra do feitiço que sua sogra usou porque era uma mistura da língua dos elfos e a língua dos antigos sarcedotes, sem o livro ela não iria conseguir convocar.

Violeta se afastou abruptamente quando um grito rouco soou bem atrás dela, depois ela foi empurrada. Um empurrão em seu ombro começou de um lado e depois de outro, era como uma brincadeira de criança para derrubar alguém. Ela cambaleou de um lado para outro até que foi derrubada no chão, o vento ao seu redor começou a ficar sujo de poeira quando os passos começaram a rodear.

A humana gemeu de dor quando ela caiu, mas ela se virou para proteger a barriga, deixando suas costas desprotegidas. Os gritos se iniciaram novamente e mais alto que antes, os passos aumentaram mais a quantidade e o barulho entrou em pânico. A humana gritou de dor quando sentiu seu tornozelo ser pisado e o osso foi tirado do lugar.

A humana e o Elfo - Plus sizeOnde histórias criam vida. Descubra agora