69

732 120 20
                                    

Autora on

Violeta estava calma até o momento em que parou para pensar sobre o que a morte disse sobre sua filha. A humana estava olhando para seu noivo, que parou de beber seu vinho e virou lentamente a cabeça para sua humana, que não pareceu nenhum pouco tranquila como momentos atrás. O elfo orava silenciosamente aos deuses para que ela ficasse calma, mas pelo brilho do olhar dela não iria ficar tão cedo. Ele entendia o momento de pânico dela, qualquer um iria ficar, por saber que a própria morte estava ditando o início do destino de sua filha.

- Ele não foi específico em relação ao destino de vida dela, apenas disse que ela iria ser igual a você e que iria ajudar um velho amigo dele..- Nuada diz ao se levantar da cadeira de onde estava sentado..- O que posso lhe garantir é que aquele dragão já foi embora a muito tempo.

Violeta ainda negava com a cabeça achando aquilo muito estranho e ficou pensando nas palavras chaves que mais ficaram martelando em sua mente.

Velho amigo. Igual à ela. Ajudar. Dragão. Era homem?.

Uma das vantagens de se ler muitos livros, ainda mais os de romance, era que rapidamente podíamos criar um belo cenário em sua mente com diversos inicios e finais.

O elfo se aproximou dela e começou a beijar o pescoço de sua humana na tentativa de faze-la esquecer um pouco dos problemas, ela acaba de acordar de um coma, a ultima coisa que ela devia fazer era se preocupar.

Ele e seu sogro quase tiveram um infarto simultâneo quando imaginaram sua pequena rosa, sua doce rosa, tiver um namorado. Eles se negavam a imaginar tal coisa porque não iria acontecer de jeito nenhum. Eles teriam seu menino, seu filho, o qual ele iria ensinar como afastar homens de perto de sua irmã mais velha. Nuada iria garantir que ele aprenda isso primeiro.

Violeta se arrepiava a cada beijo que sentia, mas sua mente estava montando um belo quebra cabeça. Mas se a palavra chave seria "igual à ela" então não havia muito o que fazer, e ela rapidamente descobriu a resposta. E, ela sorriu.

Nuada parou de beijar sua humana ao ver aquele sorriso, o sorriso que ela dava sempre que descobria algo chocante. O elfo temia aquele sorriso ainda mais se referindo de sua rosa.

- Meu amor?.

- Ele é o predestinado dela assim como você foi o meu..- Violeta ri ao se virar para ele..- O destino nos une e agora une a nossa filha com ele. Está escrito, e se formos perguntar ao livro que ganhei do fauno no dia em que nos vimos, ele dirá a mesma coisa.

O elfo se afastou de Violeta a olhando como se dissesse a coisa mais absurda de todas, o que parecia demais ao ouvidos dele. Nuada solto uma risada sarcástica antes de negar com a cabeça fazendo seus cabelos dourados balançarem, ele os prendeu em um coque rapidamente antes de respirar fundo e olha para sua linda mulher que sorria enquanto acariciava sua barriga.

Imaginar sua filha tendo o mesmo romance que sua mãe teve era demais para ele, mesmo com mil anos de treinamento, ele não estava sabendo lidar com tal previsão.

- Não.

- Por quê, meu príncipe?..- Violeta sorri ao se aproximar dele..- Alguns de nós já nascem sabendo seguir o caminho que nos leva para nossos escolhidos.

O elfo pegou o livro mais próximo e começou se abanar antes de deixar o livro sobre a mesa outra vez. Por que o cabelo dele estava preso? Soltando os cabelos sentiu o calor deles o sufocando e os prendeu novamente. Por que tudo era difícil para ele, nada era fácil. Nuada pensa que foi amaldiçoado a passar seus desafios de vida piores que outros, mas não como muito pensam.

Ele era pai de uma menina, sua princesa, como ele poderia se manter calmo quando um dragão era o predestinado dela. Violeta olhou para a mesa de comida a procura de um pouco de sal e avistou não muito longe dela, obviamente ficar muito tempo com o seu pai faria com que o drama seja contagiante.

A humana e o Elfo - Plus sizeOnde histórias criam vida. Descubra agora