Capítulo 1 - Sob a Sombra dos Lótus

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•••Avisos•••

Oi pessoal! Como vocês estão?

Essa uma shortfic de 5 capítulos.

Ela não tem conteúdo sexual, pois quis fazer algo mais leve.

Fanfic já concluída.

São esses os avisos.

Espero que gostem da história.

Boa leitura!📚

°°°

Ryomen Sukuna ajustou seu chapéu, escondendo-se nas sombras do movimentado mercado de Seul. Seus olhos afiados analisavam cada rosto que passava, procurando a pessoa que havia prometido mudar sua vida. Ele era um ladrão habilidoso, conhecido por sua astúcia e habilidades quase sobrenaturais, mas hoje ele estava nervoso. O peso de seu próximo trabalho pairava sobre ele como uma nuvem carregada de tempestade.

Enquanto esperava, o som dos vendedores anunciando suas mercadorias misturava-se ao murmúrio constante da multidão. Sukuna sabia que o homem que procurava não se destacaria, mas quando seus olhos encontraram a figura alta e imponente vestida com um terno ocidental, ele soube instantaneamente que era ele.

O homem se aproximou, com passos firmes. Quando chegou perto o suficiente, falou com uma voz baixa e autoritária: — Você é Sukuna?

— Depende de quem está perguntando. — Sukuna manteve seu tom casual, apesar do turbilhão interno.

O homem não sorriu, mas seus olhos brilharam com uma ponta de interesse.

— Me chamo Kenjaku. Tenho um trabalho para você.

Sukuna ergueu uma sobrancelha, intrigado.

— Estou ouvindo.

Kenjaku olhou ao redor, certificando-se de que ninguém prestava atenção neles, e então começou a explicar a missão.

— Há um jovem herdeiro, Megumi Fushiguro. Ele é recluso, excêntrico, e possui uma fortuna considerável. Sua família está ansiosa para que ele se case com uma mulher japonesa rica, com a intenção de consolidar uma aliança e dividir sua fortuna. Você deve se infiltrar na mansão dele como seu novo criado e garantir que ele aceite esse casamento.

Sukuna sentiu um frio na espinha. Infiltrar-se na casa de um herdeiro recluso era uma coisa, mas manipulá-lo para fazê-lo se casar era outra. Antes que pudesse responder, Kenjaku continuou.

— Seus documentos estão aqui — disse ele, entregando-lhe uma pasta com papéis falsificados. — E lembre-se, nada é o que parece naquela casa. Megumi não é tão ingênuo quanto parece.

Sukuna pegou os documentos, estudando-os brevemente antes de guardá-los dentro do casaco.

— Parece um desafio interessante. Quando começo?

— Amanhã. Esteja na mansão às nove da manhã. Não se atrase.

Kenjaku deu-lhe um último olhar antes de se virar e desaparecer na multidão. Sukuna ficou parado por um momento, absorvendo as informações. Amanhã, sua vida mudaria de maneira que ele ainda não conseguia prever.

Dia Seguinte

Sukuna chegou à mansão Fushiguro, sentindo uma mistura de excitação e nervosismo. A mansão era imensa, com grandes portões de ferro que se abriam para um caminho ladeado por jardins de lótus que balançavam suavemente com a brisa. Ele foi conduzido até a entrada principal por um servo que o olhava de maneira desconfiada.

Ao entrar, Sukuna ficou impressionado com o luxo discreto da mansão. Paredes adornadas com obras de arte japonesas e coreanas, móveis de madeira escura e delicadamente entalhados, e uma atmosfera de elegância silenciosa. Ele foi conduzido por um longo corredor até uma sala de estar onde Megumi Fushiguro o esperava.

Megumi estava sentado em uma cadeira de madeira escura, com as mãos descansando no colo. Ele era um jovem de beleza etérea, com cabelos negros e olhos verdes profundos que pareciam ver além da superfície das coisas. Quando Sukuna entrou, Megumi ergueu os olhos para encontrá-lo, e por um momento, os dois se estudaram em silêncio.

Finalmente, Megumi falou, sua voz suave, mas firme: — Espero que você esteja à altura das minhas expectativas.

Sukuna curvou-se respeitosamente, respondendo com um tom controlado: — Farei o meu melhor, senhor.

Megumi assentiu ligeiramente, mas não disse mais nada. Em vez disso, um dos outros servos presentes começou a explicar as tarefas diárias de Sukuna. Ele seria responsável por cuidar dos jardins, ajudar nas tarefas domésticas e, principalmente, atender às necessidades pessoais de Megumi.

Os dias seguintes foram uma mistura de rotina e descoberta. Sukuna se acostumou à vida na mansão, aprendendo rapidamente as preferências e os hábitos de Megumi. Ele percebeu que o herdeiro passava longas horas sozinho, muitas vezes imerso em livros antigos ou caminhando pelos jardins.

Uma noite, enquanto Sukuna estava terminando de cuidar dos lótus no jardim, ele notou Megumi sentado à beira do lago, olhando fixamente para as flores. Aproximou-se silenciosamente, mas Megumi percebeu sua presença e falou sem se virar.

— Você sabe o que os lótus representam?

Sukuna, surpreso pela pergunta, respondeu após um breve momento de reflexão: — A pureza, mesmo nas águas mais turvas.

Megumi sorriu levemente, mas seu sorriso tinha uma sombra de tristeza.

— Às vezes, sinto que estou afundando nas águas turvas — disse ele, sua voz quase um sussurro.

Sukuna sentiu uma onda de empatia por aquele jovem tão recluso e melancólico. Sem pensar, ele colocou a mão no ombro de Megumi, um gesto de conforto que não foi repelido.

— Você não está sozinho, senhor.

Megumi finalmente virou o rosto para olhar Sukuna, e por um momento, os dois ficaram ali, encarando-se sob a luz suave da lua. Nos olhos de Megumi, Sukuna viu algo mais profundo do que simples tristeza; ele viu desejo, um anseio por algo que ele ainda não entendia completamente.

A conexão entre os dois começou a se aprofundar, mesmo que nenhum deles estivesse disposto a admitir abertamente. Sukuna, apesar de seu papel de espião, sentia-se cada vez mais atraído por Megumi, enquanto Fushiguro, por sua vez, parecia encontrar em Ryomen uma presença reconfortante em meio à solidão de sua vida.

Naquela noite, enquanto Sukuna se preparava para dormir, ele refletiu sobre os eventos do dia. A missão que parecia simples estava se tornando cada vez mais complicada. Ele sabia que estava jogando um jogo perigoso, mas não conseguia afastar o crescente sentimento de que estava se envolvendo mais do que deveria.

O Criado (Sukufushi)Onde histórias criam vida. Descubra agora