Os dias que se seguiram foram cheios de uma nova dinâmica entre Sukuna e Megumi. A proximidade entre eles se transformou em algo palpável, uma tensão elétrica que fazia cada momento compartilhado parecer significativo. Sukuna sabia que a missão original ainda pairava sobre ele, mas seus sentimentos por Megumi complicavam cada decisão.
Certa tarde, enquanto Sukuna estava na biblioteca organizando alguns livros, Kenjaku apareceu de surpresa, sua expressão carregada de desdém.
— Sukuna, preciso falar com você — disse ele, sua voz firme e autoritária.
Sukuna assentiu e seguiu Kenjaku para um canto mais isolado da biblioteca. Kenjaku olhou ao redor antes de falar, sua voz baixa, mas carregada de intensidade.
— Não parece que você está progredindo como deveria — disse Kenjaku, seus olhos estreitando-se em desconfiança. — Megumi ainda não aceitou a proposta de casamento. O que está acontecendo?
Sukuna manteve sua compostura, embora por dentro estivesse fervendo.
— As coisas estão progredindo, Kenjaku. Essas coisas levam tempo. Não posso simplesmente forçá-lo.
Kenjaku deu um passo à frente, sua presença intimidante.
— Lembre-se do nosso acordo, Sukuna. Você foi contratado para cumprir uma tarefa, e espero resultados. Caso contrário, as consequências serão severas.
Sukuna sentiu um frio na espinha, mas manteve seu olhar firme.
— Estou ciente, Kenjaku. Estou trabalhando nisso.
— Melhor trabalhar mais rápido — disse Kenjaku, antes de se virar e sair da biblioteca.
Sukuna ficou parado por um momento, sentindo a pressão aumentar. Ele sabia que não poderia continuar adiando a decisão final. Precisava encontrar uma maneira de resolver a situação sem trair Megumi.
Mais tarde naquela noite, Sukuna encontrou Megumi no salão de música, onde o herdeiro estava tocando piano, uma melodia triste e introspectiva. Sukuna ficou em silêncio, ouvindo até que Megumi notou sua presença.
— Sukuna — disse Megumi, parando de tocar. — Algo aconteceu. Você parece perturbado.
Sukuna sabia que não podia mais esconder a verdade.
— Megumi, preciso te contar algo — começou ele, sua voz trêmula. — Algo que talvez você não queira ouvir, mas precisa saber.
Megumi franziu a testa, preocupado.
— O que houve, Sukuna?
Sukuna respirou fundo, reunindo coragem.
— Quando fui contratado para trabalhar aqui, não foi apenas como seu criado. Fui enviado por Kenjaku para te convencer a aceitar o casamento arranjado. Ele me recrutou para manipulá-lo.
Megumi ficou em silêncio por um momento, absorvendo as palavras de Sukuna. Quando finalmente falou, sua voz estava carregada de incredulidade e dor.
— Então, você esteve mentindo para mim o tempo todo?
— Não! — exclamou Sukuna, desesperado. — Não, Megumi. No início, talvez sim, mas isso mudou. Eu... me importo com você. Realmente me importo.
Megumi se afastou, seu rosto uma máscara de confusão e tristeza.
— Como posso acreditar em você agora, Sukuna? Tudo parece uma mentira.
Sukuna deu um passo à frente, tentando alcançar Megumi.
— Por favor, Megumi. Sei que parece impossível, mas meus sentimentos por você são reais. Eu nunca quis te machucar.
Megumi fechou os olhos por um momento, respirando profundamente antes de abrir novamente.
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O Criado (Sukufushi)
Short StoryEm uma Coreia dos anos 30, ocupada pelo Japão, dois jovens homens de origens distintas são unidos por circunstâncias e segredos obscuros. Ryomen Sukuna, um jovem ladrão habilidoso, é recrutado para uma missão que envolve enganar um herdeiro rico, Me...