Capítulo Quatro

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Clarissa me engoliu com um a braço apertado e meu grupo de amigas soltou um suspiro aliviado. Elas ainda estavam aqui. Ficaram me esperando quando conversava com Sarah. Os cabelos da Clarissa me fazem cócegas contra minha pele do rosto e depois a cutuquei gentilmente em seu ombro. Ela entendeu com o que quis dizer e se afastou, me deixando a respirar após do seu abraço de urso. Acredite em mim... Eu sei com experiência própria.

— Eu tinha pensado que Sarah havia te convidado a morar na tenda dela a devido da demora que vocês tiveram na conversa. —falou Clary com a voz abafada.

Ifigênia bocejou alto.

— Confesso que já estava começando a cismar aqui a ideia de montar um acampamento aqui diante da tenda da tenente sênior. —seu tom de voz era sarcástico.

Soltei uma risadinha.

— Mas resumidamente, Sarah queria falar comigo a respeito... —e contei tudo o que eu havia falado com Sarah, mas ocultando a parte da sua antecessora e a relação que tiveram no passado. —Em tese, foi isso.

Minhas amigas foram boas ouvintes. Por fim, Clarissa deu os ombros.

— Eu não acredito que a deusa não a expulsou... —era bem evidente em perceber sua raiva e frustração ao lidar com isso. —Isso não deveria ter acontecido... Porquê?

Eu compartilhava a mesma opinião. Lauren deveria ser expulsa... Podia sentir a onda de frustração percorrendo em minhas veias. Lysandra suspirou e balançou a cabeça em tom de concordância, mas depois bocejou.

As luzes dentro da tenda de Sarah se apagaram e nos deixando no escuro.

— Gente... Até Sarah foi dormir, menos a gente. —observou Siri.

— Concordo. —bocejei, sentindo os efeitos de sono em mim. —Vamos dormir.

Nós cinco começamos a andar em rumo das nossas tendas, mas ao meio do trajeto, Clarissa arquejou quando virou sua cabeça para o lado esquerdo e os olhos dela ficaram perplexos. Depois soltou um grito agudo e apontou para alguma coisa em cima da colina pequena que rodeava o acampamento.

GENTE! —sua voz soou assustada como visse alguma coisa fora do comum.

Nós viramos para poder ver o que ela estaria vendo. De pé, parada, estava uma figura encapuzada e esguia no meio das bétulas, nos observando com os olhos brilhantes.

Pisquei totalmente surpresa, mas não deixo o medo me dominar completamente.

— EI! —gritei com o tom intimamente e colérico. —O que você está fazendo aí? —perguntei rispidamente para a misteriosa figura.

Peguei minha faca de caça com a ponta afiada e serrilhada, de lâmina curta, do meu cinto em redor do meu quadril estreito. Rapidamente corri atrás da figura sem medo, com a lâmina da minha faca brilhando sob o lunar e um olhar ameaçador estampado em minhas feições.

Escutei sons abafados emitidos de pânico das minhas amigas.

— Alyssa! —suplicou a voz apavorada de Clarissa atrás de mim. —Não seja tão imprudente assim... Que merda!

A figura misteriosa somente permaneceu imóvel quando corria em sua direção, como se estivesse me esperando. Segurei com mais firmeza em torno do punho da faca de caça e preparei meus joelhos para saltar em cima dele quando estiver distância próxima. Saltei no ar ao se aproximar perto bastante da figura enigmática com a faca empunhada em direção da sua clavícula.

Num piscar de olhos, a figura desapareceu sem deixar rastros e a lâmina afundou na terra quando atinjo no chão após do meu salto ofensivo. Soltei um barulho de frustração, um murmúrio de insatisfação.

A Caçadora Donzela {1} ~ Os Cervos da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora