𝐈-༄

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A comunal da Sonserina estava vazia, Rosemary se sentiu sortuda. Ela se sentou em um dos sofás de couro preto e se deixou afundar no macio. Independentemente das primeiras provas do semestre estarem chegando, a garota não conseguia se concentrar e o livro em suas mão lhe parecia estar escrito em códigos. Ela se forçou a ler e ler novamente a mesma página repetidas vezes, sem assimilar nada. Rose deu tudo de sí para ignorar o som dos passos preenchendo o silêncio e abafando o crepitar da lareira.

—E aí cunhadinha?—Era Regulus, ele deu um chutinho no pé da garota ao passar por ela.

—Já falei para não me chamar disso. —Repreendeu de forma séria, ainda imersa nas páginas apesar de não estar lendo.

—Mas não é o que você é de mim?—Ele zombou, atraindo os olhos da garota para fora do livro.

Os cabelos negros ondulados fazendo contraste com a pele clara destacavam o sorriso que ele tinha no rosto, mostrando á ela que ele estava apenas provocando, sem más intenções.

—Eu realmente gostaria de não ter que pensar nisso agora. 

Ele se sentou no sofá da frente.

—No meu irmão?—O mais novo perguntou de forma óbvia e obteve como resposta um silêncio mais óbvio ainda.

—Situação complicada...—Ele fez uma pausa antes de continuar.—Te entendo Rose, eu me jogaria da torre de astrônomia se tivesse que me casar com o Sirius.—Dessa vez Regulus soltou uma risada anasalada e acrescentou.— Por Mérlin, não estou te falando para fazer isso, por favor.

—Questiono isso todos os dias.— Rosemary brincou num sárcasmo arrastado e preguiçoso, iria falar mais alguma coisa, porém se interrompeu quando outros alunos entraram na comunal.  A conversa acabou e Regulus foi para o próprio dormitório, pouco antes da garota subir as escadas para a ala feminina e entrar no quarto dela.

O cheiro, Rosemary sempre reparava no cheiro dos ambientes. O aroma do quarto era uma mistura de vários perfumes femininos, levando em consideração que ela dividia o lugar com mais duas meninas.Por sorte tinha amizade com Chanel Parkison e Soraya Zabini. Ela e a dupla  haviam passado todos os anos de Hogwarts no mesmo dormitório e a convivência criou um laço entre as três jovens. A escola e todas a quales coisas relacionadas haviam se tornado cinzentas no dia que Rose percebeu que, apesar de estar segurando a caneta que estava escrevendo a história, outras mãos controlavam as dela, fazendo-a desenhar palavras que não eram de sua autoria.

Rosemary aproveitou o conforto do silêncio que o ambiente vazio trazia e colocou os pijamas, se afundando nos lençois, sem pensar em nada, caindo num sono profundo e sem sonhos. Não havia nada para sonhar.

O dia seguinte passou tão rápido quanto o anterior e Rosemary se viu indo em diração ao campo de quadribol, junto de Chanel e Soraya, que iriam apenas assistir o jogo

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O dia seguinte passou tão rápido quanto o anterior e Rosemary se viu indo em diração ao campo de quadribol, junto de Chanel e Soraya, que iriam apenas assistir o jogo. A garota fez de tudo para controlar os nervos e não deixar suas emoções interfirirem na partida, que seria contra a Grifinória, e Sirius e os amigos faziam parte de tal time. Mais uma vez ela respirou fundou ao ver o rosto dele, que estava conversando com o time em uma distância consideravelmente afastada. Rosemary tentou desviar o olhar quando James Potter cutucou o braço do amigo, que até o momento ria descontraído com os amigos, quando ele se virou para ela, aquele mesmo sorriso desapareceu, olhos negros ficaram frios e opacos e lhe perfuraram como adagas de gelo. Rose respirou fundo outra vez.

O Juiz reuniu todos no centro do campo e fez a preparação de sempre, dando um aviso extra para termos cuidado por conta do clima. Era apenas um jogo simples, porém Rosemary pôde reparar na pose e aura que Sirius estava trasnmitindo, ele estava levando mais sério que o normal, talvez fosse a rivalidade Sonserina vs Grifinória, ou o orgulho por conta dela estar no outro time, de alguma forma ele estava irritado e Rose percebeu pelo músculo tenso no maxilar do garoto.

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𝓐  sala pareceu esfriar ainda mais e eu senti o sangue me faltar, uma ãnsia incontrolavel pulsou no meu estômago e eu me levantei, só percebendo o arrastar violento com que deixei a cadeira quando eu já estava na porta do banheiro. Trancado. Girei a maçaneta e forcei a porta, alguém gritou um palarão que meu cérebro não processou e eu parti para procurar outro banheiro, que dessa vez estivesse livre. Encontrei uma porta entre-aberta e avancei, por sorte havia um banheiro naquele quarto. Quando encontrei a pia, vomitei mais do que havia comido e por um segundo pensei que colocaria meus orgãos para fora. Liguei a água lavando a boca e o rosto, deixando o liquido descer pelo ralo. Quando estava me sentindo melhor, sai do banheiro. O gosto e cheiro amargo que tinham ficado no meu nariz e garganta rapidamente foram substituidos por um cheiro que, apesar de leve, perfurou minhas cavidades nasais como veneno. Cheiro de perfume caro... perfume francês masculino, daqueles que impreguinam na suas roupas mesmo depois de lavar. Me dei conta de onde eu estava. Era o quarto de Sirius...o cheiro dele. A ficha caiu de vez quando vi os posters de motocicletas e de modelos e famosas não magis, colados por todas as paredes, e vários objetos, intrumentos músicais e livros de origem trouxa. O quarto da ovelha negra dos Black...o quarto dele. E eu sai dali tão rápido quanto entrei.

Como era irônico que tudo envolvendo nossa familía levava ao significado do nosso sobrenome. Eu pensava que fossemos ambos as ovelhas negras. Mas estava errada. Eu era a ovelha, não ele.

"Eu amei escrever esse capítulo, e estou amando me aprofundar nessa história, espero conseguir transmitir a essência e vibe que eu quero

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"Eu amei escrever esse capítulo, e estou amando me aprofundar nessa história, espero conseguir transmitir a essência e vibe que eu quero. (Se quiserem uma dica, ler ouvindo uma playlist ambiente gótica vai trazer ainda mais a ambientação da história e será ainda mais imersivo."

 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐏𝐑𝐎𝐌𝐈𝐒𝐄𝐒 || Sirius Black Onde histórias criam vida. Descubra agora