Cada reunião familiar fazia Rosemary se senti mais pressionada e controlada. Ela tinha a impressão que eles gostavam de estender bastante as coisas, resolver tudo bem devagar, apenas para testar a paciência da garota. Ela juntou as forças e fingiu naturalidade ao descer do carro e se aproximar da entrada da própria casa. Na maioria das vezes Walburga fazia questão dos encontros serem na casa dela, dessa vez foram os pais dela que decidiram.
O clima estava frio, Rose usava um longo cardigan azul escuro, como um profundo oceano que fazia contraste com o de material pesado, sua meia-calça era de um tecido grosso, também na cor preta que praticamente desapareciam ao encontro das botas curtas de cadarço. E o vestido foi enviado á ela um dia antes, pela coruja correio, era uma peça feita exclusiva para ela. Ao entrar na casa, ela deixou o casaco no cabideiro e retirou o cachecol que cobria o pescoço, e pôde ouvir que ou outros ja estavam lá. Sirius e Regulus haviam saído de Hogwarts naquela manhã.
Ela comprimentou as visitas com um olhar e foi para a pequena biblioteca. Se sentou na sala de leitura e tentou ler um livro, qualquer um, apenas para fugir daquele ambiente. Era um livro de romance de uma escritora bruxa muito famosa. O lirvo foi tomado da mão dela com um puxão.
—Você gosta dessas porcarias?—A essa altura, Rose não sabia mais se aquela era a personalidade verdadeira de Sirius ou ele estava mesmo só descontando a raiva nela.
—Me devolve.— Ela se levantou de forma abrupta e foi na direção de Sirius, que se aproveitou da própria estatura para levantar o braço e impedi-la de alcançar o livro.
Apesar de tudo, Rosemary sabia como irrita-lo, então ela simplesmente dá um passo para tás, resistindo á provocação. Não podia brigar ali, e Sirius sabia, o que o tornava ainda mais irritante.
—A qual é, ovelhinha, tá bravinha hoje?— Ele enfatizou bastante o apelido prara irritar mais ainda a garota. Sirius a chamava assim quando queria diminui-la.
—Já falei para não me chamar assim.— Talvez fosse a raiva, ou a sensaçaõ de pavor que viria em resposta a alguma ameaça sussurada. Rose não tinha medo de gritos, mas sim de sussurros.
Sirius jogou o livro no sofá e foi em direção a ela. Rose engoliu em seco e por instinto deu alguns passos para trás. Ele foi interrompido pela voz de Dollabella, anúnciando que o jantar estava pronto. O garoto deu um última olhada para Rose e acrescentou.
—Cê sempre se defende, mas depois põe o rabo entre as pernas quando vê que não é o suficicente, não é, prima?—Ele se aproximou mais, uma distância perigosa. O título familiar soava como uma maldição ou um xingamento, e o sarcasmo era palpável.
—Vá à merda, Sirius.— Rose tentou se afastar mas o garoto se colocou na frente do caminho.
—Espero que você não me irrite hoje.—Ele se abaixou e ameaçou quase num sussurro, antes de se virar e ir embora.
Rosemary ficou uns segundos congelada, processando a ameaça. Teve vontade de continuar, "se não o que?", mas se deteve e depois foi para a sala de jantar, se direcionando para o lado oposto do dele na mesa, bem longe. A mãe a segurou.
—Não faça desfeita.—A ordem perfurou o cérebro da filha.
Rose, então, foi até cadeira vazia ao lado da de Sirius e pôde ver o sorrisinho irônico estampado no rosto dele. Ela revirou os olhos e se sentou, ajeitando o vestido.
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Durante todo o jantar, Rose sentiu que estava se esquecendo de algo. Ela comeu e teve que beber várias vezes o suco para a comida descer, ainda de forma seca. As conversas eram banais e os parentes estavam mais satisfeitos com aquilo do que eles, era óbvio que estariam. Quando já havia terminado de comer, Walburga limpou a boca com um guardanapo e quebrou o silêncio.
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𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐏𝐑𝐎𝐌𝐈𝐒𝐄𝐒 || Sirius Black
FanficTudo ficou em silêncio, e meu mundo, aquele pequenino que contrui com todas as minhas forças para me abrigar da amarga realidade, desabou debaixo dos meus pés. Eu percebi tarde demais que, para minha família, eu não passava de um objeto à ser contro...