𝐈𝐗-༄

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Julho de 1969
(1 ano antes da carta de Hogwarts)

Já faziam meses desde a última vez que eu e meu irmão nos encontramos com meus tios e minha prima Rose, por algum motivo mamãe ficou alguns meses sem fazer encontros de família com eles, não entendi o motivo, talvez ela tivesse brigado com a tia Dorabella, mas ela dizia apenas que eles estavam ocupados demais para se juntar.

Eu acabei me entediando de ficar dentro de casa e fui perambular pelo campo que ficava atrás da casa dos meus tios. Não fiquei muito tempo lá dentro então acabei não vendo Rose, meu tio disse que ela estava no quarto e ia descer, então esperei por ela no campo das margaridas amarelas, que costumávamos brincar quando éramos menores. Daqui a uns meses estaríamos recebendo nossa carta para Hogwarts e poderíamos nos ver todos os dias, independente de mamãe estar brigada com a minha tia ou não.

Enquanto eu andava calmamente, escutei uma voz feminina atrás de mim e sorri me virando e tirando o cabelo, que balançava com o vento, do meu rosto.

—Achei que não fosse descer nunca.—Eu disse.

—Ah, eu tava terminando de arrumar meu cabelo.—Ela se aproximou de mim em passos largos, provavelmente tentando não esmagar as flores enquanto andava.

Você arrumou?—Eu brinquei e ela em deu um empurrão leve no braço.

—Idiota.—Rose riu.

Ficamos um tempo apenas conversando, botando em dia assuntos bobos do tempo que ficamos sem nos ver. Não era nada importante, afinal, que tipo de assunto crianças de 10 anos teriam? Eu havia chegado tarde na casa dela e quando ficamos sentados embaixo daquela mesma árvore de sempre, o sol começou a se por, dando uma luz dourada para todo o campo.

Rose se virou para falar algo para mim, mas acabei não prestando a atenção. Senti meu estômago revirar quando a luz alaranjada refletiu nos olhos claros dela. Me perdi naquele reflexo e no sorriso que ela tinha.

—Então?—A voz dela ficou um pouco mais clara e arqueei as sobrancelhas.—Você não tava prestando a atenção no que eu disse?

—ãh?...Ah...tava sim.—Eu virei o rosto envergonhado, sem saber o que era aquilo ao certo.

Então o que eu disse?—Ela provocou.

, você me pegou...eu não prestei a atenção.—Eu disse ainda sem olhar para ela, meu tom acabou saindo um pouco frio na tentativa de esconder aquele pensamento mais de mim mesmo.

—Perguntei em qual casa você acha que vai entrar.—Ela falou, ou não percebeu ou ignorou o meu tom de voz.

—Ah...não sei...—Tentei não demonstrar desinteresse.—Acho que não vai ser Sonserina, por mais que minha família queira isso.

 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐏𝐑𝐎𝐌𝐈𝐒𝐄𝐒 || Sirius Black Onde histórias criam vida. Descubra agora