Dias depois

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Eai pessoal, boa tarde!!

Primeiramente pedir desculpas pelo tempo sem atualização aqui, sempre que lia/leio coisas aqui ficava irada que não atualizavam, mas agora passei na pele por isso.
Tive alguns problemas, que ainda estou passando, como bournout, crises de pânico, e também tive umas viagens de trabalho. Enfim, pedi férias que começaram hoje e assim espero conseguir voltar a ter criatividade e concentração para escrever. Milhões de desculpas, um beijo, se cuidem!

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Narrador

2 semanas depois...

A vida as vezes nos prega peças das quais ficamos sem saber como reagir e tudo bem, é assim que as coisas acontecem, devemos aceitar, mas tem coisas que nem mesmo os melhores escritores poderiam inventar.
Kai, um menino jovem, doce e determinado apareceu para resgatar Mon e iniciar o seu processo de cura. Segurança, amizade e carinho eram os pilares da relação dos dois, onde após anos de sofrimento com o passado enfim ela podia voltar a ser quem era.

Mon nunca contou sobre Sam para Kai, apenas mencionou o coração partido, alguns ocorridos e traumas,  que ele gentilmente fazia questão de tentar consertar, sem perguntar e sem forçar.
Quis o destino reservar uma grande peça para ambas, fazendo com que o jovem fosse o motivo e a decisão do retorno definitivo de Mon a Tailândia.

Após receber a ligação informando sobre a queda da aeronave, a poucos km de distância da costa, Mon entrou em estado de choque, sendo amparada por Sam, que gentilmente a acolheu em seus braços.
Muitas perguntas passavam pela cabeça de Mon, sobre o porque aquilo estava acontecendo, porque ele, qual era o sentido daquilo tudo. Ela também se sentia incomodada por nunca ter dito "eu te amo" para o rapaz, mas ela também sabia que tais palavras não o pertenciam romanticamente. Se engana quem ache que ela nao o amou, pelo contrário, amou sim, só que de um jeito fraterno e amigável e isso não a torna culpada de nada, afinal, não podemos escolher quem desejamos amar romanticamente.

Sam por sua vez deu todo o suporte, praticamente 24h, 7 dias por semana, para Mon e a família de Kai. Sua generosidade, atenção e sensibilidade surpreendiam à todos. Era notório o cuidado que Sam tinha com Mon, sempre com o máximo de respeito.
Se engana quem acha que ela não estava a sofrer com toda essa doação, pois estava. Eram misturas de sentimentos que conduziam o coração e cérebro da empresária.
Amor, zelo e cuidado misturavam-se a ciúmes, medo da perda e egoísmo, gerando uma mulher internamente insegura.

Ela sofreu porque o ama? Ela deixou de me amar? Eu a perdi? Ela vai se fechar?

+ 2 semanas depois...
Pov Mon

Após a perda repentina de Kai minha cabeça e vida viraram de cabeça para baixo. Fiquei um pouco perdida, é verdade, principalmente com o fato de no resgate de corpos terem encontrado a aliança em seu bolso, o que muito me surpreendeu. Eu não tinha noção de que ele pensava tão longe assim, apesar de várias vezes falar de querer formar família comigo.

Por mais que o amor romântico ainda não estivesse presente em meu coração, Kai era, foi e sempre será alguém importante para mim, para todo sempre. Ele foi responsável por me fazer sorrir novamente, por acreditar e confiar em mim mesma, por me mostrar que eu posso ter inúmeras chances e recomeços, como terei agora.
Não fazia mais sentido viver em Londres, não porque o perdi, mas porque reencontrei o meu lar, mesmo que na dor. O conhecer me mostrou que eu poderia recomeçar e ser feliz; a sua perda me mostrou o meu lugar no mundo.

A empresa em que eu trabalhava foi extremamente compreensível e aceitou minha demissão sem dificuldades, dadas as circunstâncias e deixou em aberto a possibilidade de uma volta quando eu desejar, afinal "eu era uma ótima funcionária". O apartamento, carro e coisas, bom, Sam resolveu tudo, afinal, ela tem contatos. Em poucos dias estava com dinheiro na conta dos itens vendidos e recebendo as caixas com meus pertences. Segundo ela "eu nao deveria me preocupar com nada, Londres viria até mim".

Por falar nela, vocês devem se perguntar: "como vocês estão?"

Não tem estamos, não tem o que estar, ela apenas está me ajudando, como amiga. Desde do momento em que eu soube, Sam tem estado ao meu lado, assim como nossos amigos, dia e noite, sem falar ou questionar nada. Apesar de tudo do passado, coloquei isso de lado e permiti a presença dela junto a mim nesses dias nebulosos, e confesso que sou grata por todos eles ao meu lado.

Fato é que agora é mais um recomeço. Voltei para a casa de meus pais e estou tirando um tempo sabático. Nessas semanas refleti muita coisa, sofri bastante, mas agora é hora de se reerguer, por mim e pela memória de Kai.

Pov Sam
Nas últimas semanas tenho dado minha total atenção e tempo para Mon. Foi um choque aquela ligação, a gravidade do acidente, a circustância. Por mais que eu tivesse um leve ranço do garoto, ele parecia ser muito bom profissionalmente e pessoalmente. Em seu velório até fui capaz de agradece-lo por cuidar tão bem de Mon e trazê-la de volta para "casa".

Falando nela, tudo que posso fazer estou fazendo, sempre pensando no bem estar dela e aproveitando para ficar próxima. Eu sei que tá tudo recente, muitas coisas para ela digerir, mas aquele dia quase nos beijamos, o que me deu um pouco de esperança, e mesmo com tudo que aconteceu aquele momento não sai da cabeça.

Devido a situação não consegui conversar com o Kirk e vovó, que estão cada dia mais me cobrando e surtando por minha reaproximação com Mon, mas irei resolver isso hoje. Já convoquei meu advogado para ir a minha casa e marquei um jantar com os dois. Obviamente essa será a primeira noite que não fico próxima a ela, mas eu preciso fazer isso o quanto antes e em sigilo, afinal, ela não precisa de mais coisas na cabeça! Preciso fazer isso, por mim!

E se?Onde histórias criam vida. Descubra agora