Capítulo 12.

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Pov: Jennie Kim.

Chaeyoung eu sentamos no sofá, com calça de moletom e uma pizza
meio comida que estava na mesa de café. Eu zoneava olhando a TV
tentando ganhar um controle sobre os acontecimentos de hoje, que tinha
totalmente fritado meu cérebro. Cada órgão interno ferido, como se eu
estivesse doendo fisicamente por Lalisa.

Ela estava machucada. E não havia nada que eu pudesse fazer.
Não havia nada que ela me permitia fazer. Eu me sentia inútil. Zangada. Eu
queria mandar o que lhe doía embora e substituí-lo por algo melhor. Algo
que a fazia feliz, que a fazia sorrir.
Ela merecia sorrir.
Ela era uma mulher forte, dominadora em sua essência. Eu queria
ajudá-la. As últimas horas tinham consistido em eu ir de tristeza, a raiva, a depressão total.

Eu queria matar seu padastro para que ele nunca pudesse machucá-la. Mesmo não sabendo a história toda, eu sabia que o padrasto de
Lalisa a tinha abusado. A necessidade de punir aquele vira-lata foi esmagadora.
Deve ter sido assim que Lalisa sentiu, quando descobriu sobre
minha mãe, que ela tinha causado toda aquela cicatriz no meu rosto.
A parte da torcida disso e, que me senti feliz por ela se importar tanto.

De alguma forma, ela sentiu o mesmo que eu senti por ela.
Concedido, que suas táticas eram um pouco exageradas, com a obtenção de
meus registros médicos. Poderiam duas pessoas com tanta bagagem
funcionar no final?
Eu esperava que sim, porque a outra alternativa me deixava doente.

Chaeyoung tinha me pressionado durante toda a tarde sobre o que
tinha acontecido. Eu estava obviamente, de mau humor, mas eu não
poderia dizer-lhe muito. Eu nunca iria quebrar a confiança de Lalisa assim.
Eu chequei meu telefone pela milionésima vez e ainda não havia nenhuma chamada ou texto dela.

— Sério, o que aconteceu com vocês duas hoje? Será que ela se aborreceu? Machucou-a?
— Lalisa não iria me machucar assim, Chae.
— Ela não era a maior fã de Lalisa, mas eu não poderia tê-la pensando o pior.
— Ela só...
Ela descobriu sobre a minha mãe.

— Oh. Como foi isso?
— Não muito bem. Eu tenho certeza que ela a odeia e vai demolir a casa dela.
— Ela pode fazer isso?
— Acho que sim.
— Bem... Você pode culpá-la?
— A resposta de Chaeyoung me assustou um pouco.
— Não olhe para mim desse jeito, Jen. Eu odeio sua mãe pelo que ela fez com você. Não faz sentido para mim, como você pode sequer olhar para ela, e muito menos sustentá-la. Ela é uma cadela louca.

Meus olhos ardiam como fogo líquido pelo comentário. Eu sabia
que minha mãe estava desequilibrada, louca. Mas ouvir isso em voz alta
machucava. No final do dia, a cadela louca ainda era minha mãe. Ela era
uma parte de mim.
— Ela não recebeu o diagnóstico até que eu estar muito mais velha.
— Eu disse, como se estivesse tentando defendê-la. Se eu tivesse
sabido que ela era instável eu teria obtido ajuda mais cedo, ela não teria
tentado agarrar-me até morte. Ou me jogar do outro lado da sala. Ou bater
minha cabeça no chão.

— Não.
— Chaeyoung veio sentar-se ao meu lado.
— Eu sei aonde você quer chegar com isso, e você está errada.
— Você não sabe o que eu ia dizer.
— Sim, eu faço. Você ia dizer que, em algum momento você poderia entrar nessa doença e bum. Virar bipolar, assim como ela.
Ok, então isso pode ter sido parecido com o que eu estava pensando.

— Jennie, você não é ela. Você não está doente do jeito que ela
está. Sua mãe teve essa doença toda a sua vida. Você é uma mulher de
sangue-frio, inteligente. Você nunca fez mal a ninguém. Você tem que
parar de fugir de si mesma e começar a confiar nisso.
Esse era o problema. Eu não me sentia muito equilibrada. Eu me sentia fora de controle e perdida.
Uma batida soou na porta.

Slowly breaking me. Jenlisa G!P Onde histórias criam vida. Descubra agora