Sem Volta

Capítulo 4.1

Eu desço os andares em direção ao andar onde deveria estar Moriah e vou para o quarto dela. O quarto dela é especial por ter um pequeno símbolo de gato na frente dele, algo que ela sempre pede para seus quartos. Assim que chego a frente do quarto, dou duas batidas na porta, como sempre faço e fico esperando por ela. Demora um pouco, mas ela vem me atender, o fazendo timidamente ao abrir apenas um pouco da porta. Na verdade, ela toma um grande susto ao me ver ali.

— Draco! Você veio mesmo. Eu pensei que você iria estar comemorando com os seus amigos no bar! — Eu consigo sentir o nervosismo nas frases dela.

— E perder a oportunidade de me divertir com você? Nunca na minha vida! Agora, abra essa porta para que eu entre.

Eu consigo notar o momento em que ela se vira e começa a pensar se deveria mesmo abrir a porta ou não. Mesmo relutante, ela abre a porta e me deixa entrar no quarto dela. Entro no local com cuidado, passando bem perto dela de forma proposital para que eu possa sentir um pouco da fragrância dela. Ironicamente, ela está tão cheirosa como eu estou! Mas que surpresa agradável. Ela sente que eu fiz isso de propósito, algo que a leva a ficar visivelmente envergonhada. Ela rapidamente fecha a porta e me segue em direção ao quarto. Agora vem a parte divertida disso, notar os detalhes. O quarto tem uma grande parede de vidro, parede que está à minha frente, algo que me dá uma visão perfeita da mulher: primeiro de tudo, suas mãos estão atrás das costas, provavelmente cruzadas; seu peito está se movendo para frente e para trás rapidamente, quase posso ouvir o coração dela acelerado daqui; suas pernas inquietas, batendo contra o chão; aquele olhar que força um sorriso, mas que por baixo, está apenas querendo fugir de tudo.

— Você tem um quarto bem bonito em Moriah. Agora, mudando de assunto, posso perguntar por que exatamente você está assim?

Ela quase dá um pulo para trás com a minha pergunta. Fica óbvio naquele momento que ela não estava esperando algo tão direto. Ela solta as mãos e começa a coçar o braço enquanto fala.

— Eu, eu...bem, digamos que eu... tenho medo de sexo. — Nesse ponto, ela está prestes a ter um treco de tanta vergonha. Por isso, eu me aproximo dela gentilmente e seguro em sua mão, dando a ela alguma ajuda para falar. — Minha mãe sempre me disse que ela não queria que sua filhinha querida fizesse sexo com alguém. Ela me deu 1001 motivos pelos quais eu não deveria fazer sexo, mas eu nunca entendi direito porque ela não queria que eu fizesse sexo. Eu estou assim envergonhada de tanto medo em ela descobrir que eu fiz sexo! Eu não quero morrer virgem, mas tenho medo do que as outras pessoas vão pensar de mim se descobrirem que eu fiz sexo antes do casamento!

Ela era tão fofa falando disso! Eu mal posso me conter antes de apenas dar um abraço nela, um abraço forte, mas com cuidado para não ferir. Assim que eu a envolvo num abraço, ela solta o braço e se enfia entre os meus braços para me abraçar de volta; ela até mesmo esfrega o rosto contra o meu peito. Após dar o abraço, eu levo ela com cuidado em direção a cama e nos sento na cama. Com ela sentada, ela me solta e olha para mim com aquele olhar tímido, mas com um sorriso mais verdadeiro que o de antes.

— Moriah, eu sei que isso tudo pode parecer forçado para você, mas eu preciso que você esteja com real vontade de fazer isso. Eu apenas voltei aqui por causa daquele desafio que você fez e pelo modo como você falou comigo. Julguei que você estava no clima. — Quanto mais eu falo, mais a postura dela vai muda. Ela parece estar se soltando.

— Hehe, eu sei. Eu fui meio safada naquele dia, não fui? — Uma das mãos dela sobre em direção ao rosto para coçar seu pelo da bochecha. — Eu estava lendo um livro erótico e vi aquela cena, aí eu quis repetir. Mesmo que a vitória de vocês tenha sido incrível, eu não esperava que vocês vencessem a gente. — Imagino que ela notou como a frase poderia soar errado, já que ela logo se virou e balançou as mãos para mim. — Eu não estou dizendo que vocês não são bons! Não estou! É só que...que...