Capítulo 1 | Caso n° 307.

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Hoseok era só um garoto no meio daquilo tudo. Estava de frente com um homem que tinha o dobro do seu tamanho e em suas mãos havia um caixote com itens de higiene pessoal.

Estava parado, largado na cadeira algumas horas. Já não conseguia chorar porque o seu corpo era incapaz de produzir as lágrimas. Estava desidratado de tanto chorar nos últimos cinco meses, onde enfrentava diversos julgamentos e presos loucos e famintos.

Seu corpo era magro, porém carregado de cicatrizes. Estas que conseguiu ainda na cadeia, por causa de brigas em que se metia. Ou melhor, por causa dos presos que batia em si. Aparentemente sem motivo algum Hoseok era alvo de comentários maldosos e várias noites era acordado para simplesmente levar uma surra de um preso que estava no tédio.

Mas aquilo tudo mudou, agora estava indo para o presídio de segurança máxima de Seul. Todo o seu pesadelo estava longe de acabar, agora teria que lidar com gente pior do que os presos da cadeia. No presídio só ficava os loucos, os sádicos. Aqueles que era tão cruéis que precisava ser vigiado 24 horas por dia.

— Porque você está aqui?

Hoseok não quis encarar o homem. Ele era alto, tinha muitas tatuagens e com certeza não era nada amigável.

— Eu matei minha mulher e minha filha. – O homem sorriu e Hoseok não teve coragem de olhar para o homem. — Era tão chatas. Eu suportei por muito tempo, mas uma hora tudo acaba. Eu estrangulei as duas, com minhas próprias mãos.

Hoseok ficou imóvel. Tentando manter sua respiração tranquila e escondendo a todo custo o seu medo. Se aquele homem estava ali, com certeza havia outros com uma ficha maior. E tudo só servia para deixá-lo ainda com mas medo.

— Jung Hoseok.

O garoto olhou em direção a voz. Havia um policial a sua espera e Hoseok sabia muito bem o que ia acontecer naquela sala. Todos os presos passavam por lá antes de ir até sua sela. Era lá que eles os revistavam por completo.

Respirou fundo quando o policial mandou tirar todas as suas roupas. Mesmo constrangido deixou ser revistado por completo, sentiu vontade de chorar quando foi invadido pelo os dedos do homem. Ele ao menos merecia está ali passando por toda aquela merda.

— Caso n° 307. Jung Hoseok, vinte e quatro anos e responsável pelo o assassinato do presidente da Coreia do Sul. Condenado a prisão perpétua pelo o meio jurídico do tribunal nacional da Coreia do Sul. Sela 7 e dois dias consecutivos na solitária aos sábados e domingos sem comida.

Hoseok concordou. Já havia cansando de negar tudo aquilo e tentar lutar pela a sua inocência. Nenhum advogado queria ficar do seu lado e ele sabia muito bem o motivo daquilo tudo. Sem defesa, não demorou para ser condenado a passar o resto de sua vida em um presídio. Estava ciente de que, sua vida seria aquilo para sempre.

— Vista está roupa. Você vai conhecer seu novo lar e seus companheiros de sela. – O policial jogou um macacão verde, ao menos era sua cor favorita.

Com os dedos trêmulos Hoseok vestiu a cueca branca e uma blusa da mesma cor e logo jogou o macacão sobre seu corpo. Escondendo todas aquelas cicatrizes. Pegou seu caixote e saiu sendo acompanhado de uma guarda.

A mulher tinha uma postura superior e não ligava para os comentários nojentos que os presos jogava contra ela. Apesar de todas as selas terem porta de ferro e apenas um local para passar a comida, parecia que todos aqueles já sabia que era a mulher a passear pelo o corredor.

Sentia as lágrimas querendo se formar em seu rosto e se assustou. Porque a tempos elas não se produziam naquele local e demonstrava sua fraqueza. Limpou uma lágrima solitária e ignorou aquilo, até parecia que estava começando a sentir as emoções tudo novamente. Já que nos últimos meses viveu como um fantoche, um boneco sem vida que era controlado pelo os outros.

Vigiar & Punir: Caso n° 307Onde histórias criam vida. Descubra agora