Vigiar & Punir: Caso n° 307

Capitulo 32 | Caso n° 307

Taehyung desceu do carro e entrou em casa furioso. Não entendia porque Yoongi estava tratando Hoseok diferente. Certo que ele nunca demonstrou nenhum afeto pelo o mais novo e tudo girou em torno de um acordo entre eles. Mas Hoseok era diferente, ele ainda era um garoto que não sabia lidar e controlar suas emoções.

Talvez não fosse tão fácil para o mais novo aceitar algum tipo de rejeição vindo de Yoongi, mesmo que fosse por uma boa intenção. Taehyung queria entender onde Yoongi queria chegar com aquilo tudo.

Hoseok ficou descontrolado por um momento, deixou suas ações mudarem o destino de muita gente. Entretanto, se mostrou arrependido logo depois. Ele sentia que algo estava acontecendo, o mais novo enfrentava um conflito interno sozinho. Aquele garoto inocente estava tomando espaço novamente depois de causar tantos conflitos, só que Taehyung sentia que não era o momento para aquilo acontecer.

Não com a vida que eles estavam vivendo.

— Hoseok, vá para o seu quarto. – Taehyung vociferou firme. — Em alguns minutos eu irei busca-lo.

— Sim Taehyung, com licença.

Taehyung observou o mais novo sair desanimado em direção ao quarto oposto do que tinha costume de dormir os três. Entendia que foi necessário um certo castigo ser aplicado no mais novo, mas tudo estava ultrapassando os limites até mesmo para si próprio.

— Agora você vai me explicar direitinho o que caralhos aconteceu naquela sala. – Apontou o dedo para Yoongi.

— Hoseok não é uma propriedade minha, ele pode fazer o que bem entender de sua vida. – Yoongi se mantinha sério. — Desde que eu fique sabendo de tudo.

— VOCÊ O OFERECEU COMO UM VAGABUNDO, UM PROSTITUTO!

— Você vai abaixar o tom de voz se quiser conversar comigo. – Yoongi se aproximou e encarou Taehyung, odiava ouvir desaforo do outro homem. — Taehyung, o que você acha que vai acontecer agora? Hoseok vai encarar um mundo diferente, ele precisa se proteger sozinho. Eu jamais deixaria aquele homem tocar em seu corpo, eu nunca permitiria tal coisa. Mas se ele quiser, eu não vou impedi-lo.

— Aquele garoto, é nosso. – Apontou para o quarto. — Ele carrega o nosso nome em seu corpo e eu nunca deixarei que qualquer outro homem o toque.

— Hoseok será nosso quando ele entender que nada disso acontece por causa de um acordo. – Yoongi segurou na cintura de Taehyung e o trouxe para perto de si. — Seja sincero comigo, o que você está sentindo por ele?

— Eu sinto a necessidade de protegê-lo, só isso. – Taehyung tinha um biquinho fofo que não combinava nada com sua idade. — Lá na prisão eu disse a você que queria protegê-lo e para isso eu precisava o colocar entre nós dois, eu meio que me via nele.

— Eu vou proteger vocês dois! – Deixou um selinho para desmanchar aquele biquinho birrento. — Mas o mundo não é fácil, eu só estou mostrando o que ele vai ter que enfrentar. Taehy, você lembra que ele pode ser explosivo? Ele tem que aprender a se controlar ou nunca vai ter emocional para lidar com tudo que está pra acontecer.

— Você jura que só quer ensiná-lo a ser forte?

— Ele já é forte, Taehy! – Abriu um sorriso pequeno, quase invisível aos olhos de Taehyung. — Eu vou moldá-lo assim como eu fiz com você. Será lento, imperceptível, mas será necessário.

— Ele é só um garoto. – Se afastou frustado e se jogou no sofá. — Eu acho que ele está sentindo demais. Eu vejo nos olhos dele!

— Fomos as únicas pessoas que o ajudaram, estenderam aos mãos. O jeito que ele nos olha não é diferente de como ele olha para Seokjin e Jimin.