Eu não conseguia me lembrar da última vez que passei uma noite de sábado sozinho. Era como se toda a minha rotina tivesse sido quebrada, começando com minhas corridas matinais com Harry.
Algo havia mudado nos últimos dias e agora havia um peso invisível entre nós. Começou numa de nossas corridas, quando ele parecia quieto e distraído, e acabou se abaixando no chão quando sentiu cãibras. No café da manhã, ele claramente estava irritado, mas foi fácil entender: ele estava lutando contra alguma coisa. Estava irritado como eu, como se estivéssemos lutando contra a força de um imã que parecia nos puxar para um lugar diferente.Um lugar fora da zona de amizade.
Meu celular vibrou na mesa de centro, e eu quase dei um pulo quando vi a foto de Harry na tela acesa. Tentei ignorar o quente zumbido que senti ao ver que era ele quem estava ligando.
– Oi, Hazz.
– Venha para uma festa comigo hoje – ele disse simplesmente, pulando qualquer cumprimento tradicional. Era o sinal clássico de seu nervosismo. Ele fez uma pausa e depois acrescentou num tom de voz baixo: – A não ser que… merda, hoje é sábado. A não ser que você esteja com uma das suas não namoradas.
Ignorei a segunda pergunta implícita e considerei apenas a primeira, imaginando uma festa numa sala de conferência no departamento de biologia da faculdade, com garrafas de refrigerante de dois litros, salgadinhos e docinhos.
– Que tipo de festa?
Ele ficou em silêncio por um instante do outro lado da linha.
– Uma festa de estreia de uma nova casa.
Eu sorri ao telefone, cada vez mais desconfiado.
– Casa de quem?
Do outro lado, ele soltou um gemido de rendição.
– Tá bom, certo. É uma festa numa república da faculdade. Um cara do meu departamento e seus amigos acabaram de se mudar para um apartamento. Tenho certeza de que é uma espelunca. Eu quero ir, mas quero que você vá comigo.
Rindo, eu perguntei:
– Então vai ser uma festa de república? Vai ter barril de cerveja e Baconzitos?
– Draco – ele suspirou. – Não seja tão esnobe.
– Não estou sendo esnobe – eu disse. – Estou apenas sendo um cara de trinta anos que já passou do tempo da faculdade e agora considera uma noite de farra quando consegue convencer o Viktor a gastar mais de mil dólares numa garrafa de uísque.
– Apenas vá comigo, prometo que você vai se divertir.
Suspirei, olhando para a garrafa de cerveja quase vazia na minha frente.
– Eu vou ser a pessoa mais velha nessa festa?
– Provavelmente – ele admitiu. – Mas tenho certeza de que também vai ser o mais gostosão.
Tive que rir, e depois considerei minha noite sem essa opção. Eu tinha cancelado com Pansy, mesmo sem saber exatamente por quê.
Isso é mentira. Eu sabia exatamente a razão. Eu me sentia estranho, como se talvez estivesse sendo injusto com Harry ficando com outra pessoa quando ele parecia estar se dedicando tanto a mim. Quando eu disse para Pansy que precisava desmarcar, eu sei que ela percebeu algo na minha voz. Ela não perguntou a razão, nem tentou remarcar para outro dia, como Astória faria. Suspeitei de que eu não dormiria mais com essa morena em particular.
– Draco?
Suspirando, eu me levantei e andei até onde tinha deixado meus sapatos, ao lado da porta da frente.
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Playboy Irresistível - Drarry
Fiksi PenggemarUm lindo nerd. Um incorrigível Don Juan. E uma aula de química só para maiores... Quando Harry Potter escutou de seu irmão mais velho que ele precisava ter uma vida social e se libertar um pouco da faculdade, ele jurou que iria cumprir essa tarefa:...