Garp - A babá

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Procura-se babá para menino de colo

e para mais dois entre 6 e 7 anos.

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S/n leu aquilo no jornal de uma manhã sossegada.

Ela achou que não seria difícil, o salário era bom, ela tinha que concordar, e cuidar de um bebê de colo e duas crianças com certeza não seria difícil.

Ela já fora governanta em várias casas, tinha se formado em pedagogia, se tivesse alguém qualificada o suficiente para cuidar de três crianças seria ela.

Apesar de ser um assunto comicamente triste, ela sabia muito bem cuidar de crianças, mas jamais teria a sua. Estava quase com trinta anos e sua expectativa para o futuro era ser uma Mary Poppins que ia de casa em casa cuidar de jovens ou aquelas velhas loucas sem família que tem mil e uma histórias para contar.

Ela achou mais interessante a segunda.

Porém ela não pensou que aquela manhã sossegada onde ela sonhava com seu futuro, seria sua última manhã sossegada.

Luffy, Ace e Sabo eram três pestinhas que deram muito mais trabalho do que todas as crianças que ela já cuidou em sua vida. Os três meninos bagunceiros lembram uma versão diabólica de Zezinho, Luizinho e Huguinho.

Luffy, o bebe de colo, tinha a aparência ser o mais angelical dos três irmãos, entretanto era o mais encrenqueiro, mal sabia andar e já fazia um estrago na casa tentando subir em cima de todos os móveis, como se fosse um macaquinho. E definitivamente comia muito mais do que um bebe normal.

Ace o mais velho, que parecia um diabinho, e era um diabinho, tentou jogar um balde de água nela quando ela chegou, botar fogo na casa e queimar os panos de prato para acender uma fogueira no quintal.

E tinha Sabo o filho do meio. Sabo era um anjo. Ou ela achava que era. Tudo fez mais sentido quando ela soube que a mente diabólica por trás dos planos de Ace era o loiro.

Às vezes ela se sentia perdida, e às vezes só aceitava, mandava eles irem a merda, ou simplesmente sentava e aproveitava a confusão, entrando na brincadeira.

No caso, a fogueira com panos de prato, do lado de fora virou uma churrasqueira para marshmallows e doces.

Tudo durou um mês de confusões, brincadeiras e risos onde Garp nem mesmo aparecia.

No máximo mandava uma ou outra mensagem perguntando se ela ainda estava viva ou se Ace já a tinha feito de bobona.

Às vezes ela ficava olhando a foto de perfil de Garp. Quando se conheceram, ela mal teve tempo de conversar. Mas só pelas fotos no insta e no perfil, ela achava que ele é o tipo de idoso, que não é de se jogar fora.

Se ela fosse uns anos mais velha talvez ela teria coragem para começar a flertar. Mas no geral, não. Era babá de seus netos.

Porém em uma noite onde ela e os meninos adormeceram no sofá enquanto viam filme de terror, que era proibido para eles, mas que ela deixava eles verem contando que não contassem ao avô deles, Garp surgiu gritando na sala pegando os quatro de surpresa.

-O que está acontecendo aqui?!

Ela e as crianças acordaram no susto e ela teve que ser rápida para segurar Luffy que quase caiu do sofá.

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