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— VOCÊ É MUITO CAFAJESTE!!— Falei me levantando.

— Que??

— Você acabou de terminar, seu cafajestezinho de merda!!!

— Você tem um bom ponto.

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, a janela da sala foi quebrada por um tijolo onde tinha um pequeno bilhete.

"You are my little hell"

— O QUE FOI ISSO?!— Minha mãe desceu as escadas com meu irmão em seus braços.

— Alguém jogou isso aqui.— Entreguei para o meu padrasto que apareceu logo em seguida.— Certeza que foi o meu pai.

— Keisuke!— Meu pai e minha mãe falaram em um só tom.

— Vocês sabem que ele é um poço aberto, se ele sabe, ele não vai esconder, principalmente de mim. E eu ia descobrir, ele vem me ameaçando faz um tempo.

— Ele vem me ameaçando também.— Minha mãe falou e todos olhamos para ela.

— Como não falou isso antes?— Meu pai falou preocupado.

— Eu não estava me importando, apenas o bloqueava.

— Mãe e Filha são iguais não é?— Draken falou cruzando os braços.

O dia foi tranquilo, meu pai chamou o cara para consertar a janela. Segui meu dia normalmente, mas meu pai e Draken estavam tensos.

— JÁ CHEGA!! — Minha mãe gritou.— EU IA LEVAR O KENJI NO PARQUE, MAS É RIDÍCULO IR COM DOIS POLICIAIS FARDADOS AO MEU LADO!!— Kenji que estava do seu lado começou a chorar.

— Querida...

— Querida, nada!!! Veja, eles poderiam no mínimo ser disfarçados! Com eles me acompanhando parace que eu estou em prisão domiciliar.— Mamãe se sentou no sofá.— Preciso ir ao mercado, caso mande eles comigo, mande pelo menos eles disfarçados.

Minha mãe pegou Kenji e saiu pela porta da frente, eu ri da atitude dela, ela estava bem estressada com toda essa situação! A raiva que ela sente do meu pai biológico tá começando a transparecer.

Passei o resto do meu dia lendo e fazendo algumas coisas para o trabalho, quando olhei o horário já era de noite, sai o meu quarto e desci as escadas indo até a cozinha comer algo. Enquanto eu comia percebi o silêncio em casa, o que até era normalmente, mas visto a situação que a gente está a ansiedade deveria está a mil por aqui.

Fui até o quintal e estava vazio, entrei novamente vistoriando o resto da casa e estava completamente vazia, peguei o celular e não tinha mensagens.
Respirei fundo e coloquei meu casaco indo diretamente na delegacia, chegando lá entrei dando boa noite a recepcionista indo em direção a sala do meu pai.

— Você sai e me deixa sozinha em casa, tá ficando doido? E nem avisa.

— Perdão querida, tive uma emergência eu e Draken chegamos agora da rua.— Ele falava cansado.

— Vai voltar para casa?— Me sentei na cadeira em frente a sua mesa.

— Acho que sim, sua mãe já voltou?

Comme toi - Ken RyugujiOnde histórias criam vida. Descubra agora