IMPROVISAÇÃO

Caça ao morceguinho

Olá pessoas!
Um pequeno aviso: essa história não vai ser grande, então, de modo geral, não vai ter muita enrolação no desenvolvimento.

E é isso, boa leitura!

*

Severus estava cansado, ele havia passado o dia inteiro tentando se livrar dos viscos, que por sorte seria o último dia daquelas coisas infernais na escola, e se escondendo do porco do Potter. O idiota não o deixava em paz, tentando o encurralar em qualquer canto do castelo, ele não sabia com exatidão o que o outro queria, mas sabia que não podia ser coisa boa.

Ele não achou que o Potter faria aquilo, mas ele deveria ter imaginado.

Tudo começou no café da manhã, o maldito deixou o salão encher para colocar em prática sua maldita ideia. Ele enviou para Severus um caixa enorme em formato de coração que se abriu sozinha e logo em seguida expulsou de dentro de si diversas pétalas de rosas vermelhas sobre ele, e, então, teve aquela declaração ridícula, aquele poema horroroso, que o Potter fez questão de ler para todos ouvirem.

Merlin, até o diretor ouviu aquela coisa vergonhosa. Foi tão ridículo que Severus não conseguia esquecer.

O maldito grifinório subiu em cima da mesa, mesmo com os protestos da professora Minerva e recitou:

Eu te peço perdão por te amar de repente,

Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos.

Das horas que passei à sombra dos teus gestos,

Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos.

Não fui corajoso o suficiente para enfrentar o mundo,

Para dizer ao mundo que te amava.

Mas, no silêncio, eu te protegia,

Escondendo nosso amor como um tesouro precioso.

Não foi covardia, mas compaixão,

Pois sabia das retaliações que viriam.

Hoje, peço perdão por não ter sido mais forte,

Por não ter enfrentado o medo e a intolerância.

Mas saiba, meu querido, que em cada suspiro,

Havia amor, mesmo quando não podíamos dizê-lo em voz alta.

E se algum dia a vida nos der outra chance,

Prometo que não hesitarei em segurar tua mão,

Assumir nosso amor com orgulho e coragem,

E enfrentar o mundo, pois o perdão é a chave da liberdade.

No final, Potter ainda teve coragem de inventar uma história que tudo foi para protegê-lo dos puristas do colégio e pediu desculpas para ele, olhando nos olhos de Severus.

Severus realmente o detestava.

Quando os sussurros de pessoas sentimentais começaram a chegar nos ouvidos de Severus, ele fez a segunda coisa que sua mãe mais fazia para se livrar de seu pai, ele fugiu.

Para a sua sorte ele não teria nenhuma aula com a grifinória naquele dia, mas isso não significa que ele teve paz. Em um breve intervalo entre a aula que teria com a sonserina e a corvinal, ele acabou se separando para ir ao banheiro e teve o desprazer de encontrar o grupinho de McNair, um colega puro sangue de sua própria casa.