De repente, pai

capítulo dois

- está dizendo que tem um bebê em sua casa!?, pegue o carro Mike, iremos para coronado hoje mesmo.- Clara gritava pela décima vez do outro lado da linha.

- calma amor!, irá assusta-lo desse jeito.- meu pai tentava acalmar a mulher que estava aparentemente assustada.

- eu vou ser tia!?, oh meu Deus... Cris!, seremos tios!.- Taylor berrava, me fazendo afastar o aparelho da minha orelha.

Eu estava a minutos olhando as diversas marcas de leite para crianças de zero a seis meses, céus.... cuidar de uma criança não estava em meus planos.

- mãe....eu preciso de ajuda.- fechei os olhos.- qual leite eu pego?....tem um azul, outro rosa, roxo.... não sei o que fazer.- fui sincero.

- pegue o azul, é ótimo para o crescimento do bebê.- assenti sozinho, colocando duas latas no carrinho.

- sabia que não era para ter ido procurar uma casa de magia.- resmungou Clara, arqueei as sobrancelhas.- oh.....

- sua mãe pediu a Deus uma namorada para você. Pelo visto, o neto veio primeiro.....ai clara!.

Pelo barulho, meu pai acabará de levar um tapa.

Busquei por fraldas, peguei dois pacote tamanho médio , jogando os pacotes no carrinho, peguei três mamadeira, recomendação de clara, uma para água e duas para o mingau.

Já na última sessão, observando os macacões infantis, não poderia deixar Sophia sem roupas, que a protegesse do frio.

- estamos indo para o coronado, devemos chegar pela manhã meu amor.... não se precipite antes de conversar comigo.- suspirei.- eu te amo.

- também te amo mãe.- a chamada foi encerrada, guardei o celular em meu bolso.

Passei minhas compras sozinho, pagando em seguida, não poderia demorar para voltar, em passos largos, cheguei a casa de dona Helena, Sophia dormia agarrada a sua chupeta.

Em um pedido mudo, pedi para que dona Helena me acompanhasse, fomos para minha casa, onde larguei as coisas no chão e no tapete felpudo da sala, coloquei diversos edredons deixando o lugar fofo, Sophia se acomodou no ninho, sugando sua chupeta lentamente.

Ela havia entrado em um sono profundo.

- não sei como lhe agradecer.- sorri sem graça.- obrigado por me ajudar senhora helena, se não fosse a senhora, eu estaria chorando junto com ela.

- está tudo bem, quando isso acontecer, não entre em Pânico, quando ela acordar, irá querer comer novamente, e irá precisar trocar a fralda, confio em você querido.- me abraçou brevemente.- se precisar, estou na casa ao lado, boa noite.

Vê-la se despedindo, foi como uma facada em meu peito, queria chorar, tenho medo de crianças, seu choro desesperador me faz entrar em Pânico.

Velando o sono da pequena, suspirei, ajustei a temperatura do ar , cobrindo o seu corpo com cuidado, precisava tomar um banho.

A água caia rapidamente em minha cabeça, não poderia demorar muito tempo, Sophia estava sozinha, e eu temia que o pior acontecesse.

Ela poderia se engasgar....morrer sufocada e eu não ver.

Vesti uma calça moletom, estendendo minha toalha, ao passar pela sala, observei a garota dormir como um anjo, peguei as coisas que estava no chão, colocando tudo em cima da bancada marmorizada.

Colocar por dez minutos a mamadeira em água quente....li o rótulo indicado na mamadeira, fiz o procedimento me sentando para comer algo, um sanduíche de queijo e presunto, e um achocolatado.

Quase me engasguei ao escutar um barulho, eu estava nervoso e tendo alucinações.

Lavei suas roupinhas na mão, colocando para secar em temperatura baixa, desliguei as luzes indo me deitar ao seu lado no chão da sala, observar minuciosamente o corpo pequeno me fez sorrir.

Desbloqueei o celular, indo diretamente para o Google.

Como cuidar de uma criança?
Ela pode morrer dormindo?
O que fazer quando ela chorar muito?

Apareceu vários sites de comprar, o livro exibido na tela havia me chamado atenção, e era apenas quinze dólares, todas as informações necessárias estaria naquele livro.

Fiz a compra, deixando o aparelho de lado , voltando a atenção para a pequena Sophia.

- não sei o que fazer com você....- sussurrei, passando meu indicador em sua bochecha branquinha.